sexta-feira, 27 de agosto de 2010

As Minhas Rosas

Ao chegar a casa, ao fim da tarde,
Encontrei podadas as roseiras
Do meu pequeno jardim…

Dentro, deparei com uma pequena jarra
Com quatro botões de rosa.
E fiquei triste,
Porque eram as últimas
De tantas que o Senhor me dera…

Aquela jarra florida
Era o pôr-do-sol das minhas rosas…
Mas outras iriam voltar, a seu tempo,
Como o sol em cada manhã…

Pensei que a minha vida,
Para dar rosas, para florir,
Numa realização de serviço,
Para enriquecer e embelezar o mundo,
Tem de ser podada,
Uma e muitas vezes…



Há ramagens a cortar,
Há excrescências a eliminar,
Há ramificações supérfluas
-Que dispersam,
-Que enfraquecem,
-Que não deixam render talentos,
-Que não deixam servir e florir…

Reconheci, então, a necessidade
Destes cortes revigorantes,
Dolorosos,
Entristecedores…

Por detrás da tesoura cruel do podador
Está a esperança de mais rosas e mais belas,
Que o amor de Deus vai oferecer…

- Mário Salgueirinho


sábado, 21 de agosto de 2010

Aqueles Anos Sessenta...




Doirados? Não sei! Para mim foram e para as gerações que me seguiram e até mesmo para as que me antecederam. Era jovem, abri a as portas e janelas para o mundo. Ria por tudo e por nada porque a felicidade é assim: não tem explicação! Criei laços de Amizade com colegas e amigos e juntos celebramos a vida!
Parecíamos andorinhas soltas pelas ruas da cidade a construir a liberdade. Pegamos nas rédeas do tempo, domamos as horas e segundos e nunca mais paramos…
Peso nas mãos a alegria desses momentos – a alegria de comungar com os amigos como quem se partilha o pão da manhã ou os acorda com o jeito de acender o fogo da lareira e o espalha como luz até ao limite do céu…
Éramos muitos e íamos aos aniversários uns dos outros. Estava na moda oferecer-se discos, os velhos discos de vinil, singles ou long-plays estes últimos com capas lindíssimas.
A Casa Dot, ali na esquininha bem defronte ao Choitram, estoirava nesses dias. Apareciam pela primeira vez os cheques prendas, utilizados por todos para que o aniversariante não tivesse uma discoteca repetida. Depois era uma troca de discos e empréstimos para se gravar a última onda da música.


Dançava-se normalmente nas velhas garagens transformadas em Boïtes (ainda não havia o que hoje chamamos de Discotecas). Devidamente decoradas com fotos de artistas de cinema e dos cantores mais famosos. Luzes psicadélicas e, ao fundo, a peça mais preciosa: um gira-discos último grito e um montão de discos que vinham de todo o lado, postos a rodar pelo ou pela “pé de chumbo”, que se sacrificava com muito gosto (ou não) para pôr a malta toda a dançar.
O rock and roll tinha chegado há pouco e era um delírio! Do céu caía-nos o REI - Elvis Presley - e as mocitas suspiravam por ele e os quartos enchiam-se de fotos do “monstro” pelas paredes em todas as posições e tamanhos. E o incrível é que até as nossas mães gostavam do senhor do Rock! Depois surgiram os meninos de Liverpool! Pat Boone, o eterno rival do REI, e uma chuva de estrelas riscava o céu de uma ponta a outra passando por todos os continentes: Bob Dylan, Ricky Nelson, Cliff Richard, Rita Pavone, Gigliola Cinquetti, Adamo, Helen Shapiro, Roberto Carlos,Marino Marini, Renato Carosone, Nat King Cole, Paul Anka, Françoise Hardy, Rocco Granata, The Shadows, Bobby Darin, Sandie Shaw, Connie Francis, Hermans Hermits, Peppino di Capri, Domenico Modugno, Bobby Solo, Massimo Ranieri, Adriano Celentano, Chubby Checker, Frank Sinatra… E tantos, tantos outros… Seria impossível enumerá-los a todos!
Ficam de fora os LP das grandes orquestras dessa época, não porque tenham sido menos importantes mas porque ficaria de novo um post pesado…
Não pensem que passamos os anos sessenta a dançar… e a sonhar! Também! Mas estudamos, trabalhamos e fizemo-nos pessoas com coragem de rir, de sermos felizes, de sermos “reis” nem que fosse por um dia ou por alguns anos apenas.


Talvez agora possamos dizer: Que importa os anos terem passado quando se viveu tanto??
No passado dia 16 deste mês fez 33 anos que o Rei partiu… Embora tenha decorrido tanto tempo acredito que só morrem aqueles que estão mortos na nossa memória, e na nossa saudade… Quem o esqueceu?

Bob Dylan - Blowin' in the Wind(1963)
Ricky Nelson - Poor Little Fool(1958)
Cliff Richard - Bachelor Boy(1962)
Rita Pavone - La Partita di Pallone(1963)
Gigliola Cinquetti - Non Ho L'Età(1964)
Salvatore Adamo - Tombe La Neige(1963)
Helen Shapiro - Queen for Tonight(1963)
Roberto Carlos - Calhambeque(1962)
Roberto Carlos - Que Vá Tudo para o Inferno(1965)
Marino Marini - Guaglione (1956)
Renato Carosone - Mambo Italiano(1955)
Nat King Cole - Ansiedad(1959)
Paul Anka - Diana(1957)
Françoise Hardy - Tous les garçons et les filles(1962)
Rocco Granata - Marina(1959)
Rocco Granata - Manuela(1959)
The Shadows - F.B.I.(1961)
Bobby Darin - Mack The Knife(1959)
Bobby Darin - Multiplication(1961)
Sandie Shaw - Puppet on a String(1967)
Connie Francis - Don't Break the Heart that Loves You(1962)
Hermans Hermits - Something Is Happening(1968)
Peppino di Capri - Melancolie(1965)
Domenico Modugno - Volare(1958)
Bobby Solo - Una Lacrima Sul Viso(1964)
Massimo Ranieri - Quando L'Amore Diventa Poesia(1969)
Adriano Celentano - Azzurro(1968)
Chubby Checker - Let's Twist Again(1961)
The Animals - House of the Rising Sun(1964)
The Mamas and the Pappas - California Dreamin'(1965)
Roberta Flack - Killing Me Softly With This Song (1973)
Dean Martin - That's Amore(1953)
Dean Martin - Sway(1954)
Miriam Makeba - Malaysha(1968)
The Beach Boys - Surfin' USA(1963)
Johnny Cash - I Walk the Line(1957)
Johnny Cash - Ring of Fire(1963)
Duo Ouro Negro - Muxima(1959)
Duo Ouro Negro - Mãe Preta(1961)
Chuck Berry - Johnny B. Goode(1958)
Frank Sinatra - My Way(1970)
Frank Sinatra - Strangers in the Night(1965)
Frank Sinatra - Something Stupid(1967)
Pat Boone - Love Letters in the Sand(1957)
Pat Boone - Autumn Leaves(1958)
Pat Boone - Quando Quando Quando(1962)
Pat Boone - Speedy Gonzalez(1962)
Elvis Presley - Jailhouse Rock(1958)
Elvis Presley - Love Me Tender(1956)
Elvis Presley - Kiss me Quick(1961)
Elvis Presley - Always on My Mind(1972)
Elvis Presley - It's Now or Never(1970)
The Beatles - Yellow Submarine(1969)
The Beatles - Hey Jude(1968)
The Beatles - Let It Be(1970)
The Beatles - Yesterday(1965)
The Beatles - I Want to Hold Your Hand(1963)
Natércia Barreto - Óculos de Sol(1968)




quarta-feira, 11 de agosto de 2010

102,000 Visitas!



Dizem que as visitas alimentam o nosso Ego… Será? Ainda não tinha reparado que já ultrapassara as CEM MIL visitas. Julgo que me sinto na mesma… Contudo, serena a princípio, devo confessar que este número foi uma carícia para o meu coração…
Quando iniciei este caminho parecia uma peregrina à procura de um sonho. Surpreendi-me como poderia ter andado tão só, se no mundo os homens se acotovelam…
Os amigos são virtuais – lembram-me constantemente! Virtuais ou não, acabou-se o deserto e a solidão… Fiz uma longa travessia… umas vezes meio perdida outras confiante… para voltar a ser uma pessoa social como sempre fui… Para sentir e sofrer a alegria ou a tristeza dos amigos que passam por aqui…
Hoje, quando o Sol nascia furando o enevoado desta manhã meio cinzenta por causa dos incêndios aqui à volta (no Concelho) surgiu um arco difuso, dardejando raios tímidos mas reconfortantes… pensei nas visitas ao meu Blog desde que ele nasceu em Fevereiro do ano passado. Não sei quem são… Os amigos fazem ou deixam comentários, mas vêem muitos mais que passam apressados e a correr… talvez para encherem os olhos de estrelas ou para aprenderem como faz um caminheiro… para ser fiel à sua missão!
Nenhum homem se basta a si mesmo! Andamos precisados uns dos outros, tal como os alcatruzes da nora, que giram ligadas entre si para cumprirem plenamente a sua missão.
Gosto de falar para o teu coração e, nem de propósito, hoje quando fazia a minha caminhada encontrei um trevo de quatro folhas. Dizem que dá sorte! Não a quero só para mim! Fiz um selo para todos vós que aqui passais levardes como recordação…


Cada folha tem um significado: AMIZADE RESPEITO SORTE FELICIDADE!
Confio em cada um de vós porque também apostei em cada um!
Sigo-vos neste caminho intricado onde todos queremos chegar a algum lado! E chegaremos!
Obrigada a todos por terem feito caminho comigo, pelo carinho que me dão e por esperarmos juntos a madrugada de cada dia, quando o Nascente se abre como se fosse uma flor de pétalas de fogo e deixa no horizonte uma presença… que é um poema de cor… E é nesse preparo que faz o anúncio de um novo dia e nos põe a todos a caminho…
Partimos como se fossemos começar tudo de novo?
OBRIGADA!


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Cinéfila... (editado)



Como já devem ter reparado, este post é bastante "pesado" e demora a carregar. Para tentar facilitar o acesso decidi dividi-lo em 8 partes acessíveis por links que publico de seguida a esta nota. A primeira parte é a introdução e a oitava é a conclusão, as restantes podem ser vistas de forma aleatória como aleatória é a ordem dos meus filmes preferidos que aqui publico. Espero que ajude a facilitar a "tarefa". Graça.




Cinéfila... (1)





Agosto é, por excelência, o mês de férias dos portugueses… Pára o Governo, as Empresas e as Repartições Públicas ficam a meio gás e… vão todos a banhos… ou não!!! Muitos inventaram novas férias… por causa da crise… uma dama muito em moda que paga as favas de tudo!
Embora já esteja aposentada, na minha memória, o mês de Agosto lembra-me sempre férias!
Os meses de Agosto e Setembro eram agitados em Quelimane… Vinham de férias os jovens que estudavam na Beira, Lourenço Marques e nas Universidades em Portugal… e era a loucura total! Se durante o resto do ano tudo nos servia de pretexto para festejar: “o Zé vai para a Tropa”, “o Manel casa-se”, “a Joana faz anos”, “a Emília vai estudar para a Metrópole”… logo se realizava uma festança de arromba a condizer com o acontecimento…
Mas nos referidos meses a minha “agenda social” transbordava às vezes com três festas no mesmo dia… Íamos a todas… um bocadinho a cada. O meu Pai reinava connosco: Então hoje é dia de correr as “capelinhas” não?
Tivemos a felicidade de ser criados com liberdade, que era pedida na mesma medida da responsabilidade!
Durante o ano, no tempo em que eu era uma cinéfila ferrenha, ia ao cinema três ou quatro vezes por semana. Nas férias ia todas as noites!
Comecei por “cheirar” os filmes… de longe, era eu uma garotinha… Talvez muita gente não saiba que, em Quelimane, o primeiro local onde foram rodados filmes foi na velha Associação Africana, de madeira e zinco, na Rua Heróis da Zambézia, pertinho da minha antiga casa (esta ainda era alugada…). O Karimo morava duas ou três casas a seguir ao Clube. Não se pode falar de cinema em Quelimane, sem falar no velho Karimo… De início eram só filmes indianos… grandes dramalhões de faca e alguidar como costumamos dizer…
Saíam de lá todos a chorar…
Quando fomos morar para a nossa CASA (ao lado do Sporting), já o Karimo tinha lançado a sua empresa cinematográfica no salão do Clube Verde que era pequeno para tanta gente que queria ir ao cinema. Só dois ou três anos depois, surgia o magnifico cinema Águia para regalo dos cinéfilos. Mais tarde, aparecia o Cine-Chuabo e, posteriormente, o Estúdio 222, localizado no Clube do Benfica.
Desde que estou em Portugal, o grande ecran foi substituído pelo da Televisão e com lugar cativo no sofá! Claro que não é a mesma coisa… falta-me o fascínio sonoro e a envolvência com o meio ambiente… Não quero dizer que deixei de ir ao cinema mas…não vou com a mesma frequência que ia em Quelimane…
Como Agosto é um mês lúdico resolvi partilhar convosco os trinta (e tal) “filmes da minha vida” e os meus actores preferidos… Quem sabe se não encontrarei coincidências em alguns dos meus amigos da blogoesfera?

Desta lista, 90% foram vistos em Quelimane e por alguma razão nunca os esqueci…
Aqui vai a lista aleatoriamente:


-África Minha



Nome original: “Out of Africa” Ano: 1985 Realizador: Sydney Pollack Elenco Principal: Meryl Streep (Karen Dinesen Blixen), Robert Redford (Denys George Finch Hatton), Klaus Maria Brandauer (Barão Bror Blixen / Barão Hans Blixen), Michael Kitchen (Berkeley Cole), Malick Bowens (Farah).

O livro e o filme relatam a história real da baronesa dinamarquesa Karen von Blixen-Finecke, uma mulher independente e forte que dirige uma plantação de café no Quênia, por volta de 1914. Para sua total surpresa, ela se descobre apaixonada pela África e pela sua gente. Casada por conveniência com o Barão Bror von Blixen-Finecke, apaixona-se pelo misterioso caçador Denys Finch Hatton.





-Música no Coração



Nome original: “The Sound of Music” Ano: 1965 Realizador: Robert Wise Elenco Principal: Julie Andrews (Maria von Trapp), Christopher Plummer (Capitão Georg von Trapp), Eleanor Parker (Baronesa Elsa Schraeder), Richard Haydn (Max Detweiler), Peggy Wood (Madre Abadessa).

Partilhe a mágica e apaixonante história verídica da família mais popular do cinema. Julie Andrews fulmina o ecrã como Maria, uma espirituosa mulher que deixa o convento para se tornar ama dos sete filhos do Capitão Von Trapp, um aristocrata viúvo cujas regras não deixam espaço para música e divertimento. Vencedor de cinco Óscares da Academia, incluindo Melhor Filme, este clássico imortal tem algumas das melhores canções do cinema.



-O Sétimo Selo



Nome original: “Det Sjunde Inseglet” Ano: 1957 Realizador: Ingmar Bergman Elenco Principal: Max von Sydow (Antonius Block), Gunnar Björnstrand (Jöns), Nils Poppe (Jof), Bibi Andersson (Mia), Bengt Ekerot (Morte), Åke Fridell (Ferreiro Plog), Inga Gill (Lisa), Erik Strandmark (Jonas Skat).

Um cavaleiro desiludido, que regressa a casa depois das cruzadas, encontra o seu país vivendo um ambiente de terror ocasionado pela peste negra, que ataca as populações sem piedade. Vive-se o pavor colectivo do fim do mundo, onde todas as desgraças são interpretadas como maus agouros e como castigo de Deus infligido aos homens pelos seus pecados. A igreja aproveita-se desta situação, para ganhar poder sobre o povo, que se lança nos seus braços para salvação da alma.
Max von Sydow interpreta o cavaleiro que tenta resolver os mistérios da vida e da fé, enquanto dura um jogo de xadrez com a própria Morte. Uma das grandes obras de Ingmar Bergman e da cinematografia mundial.


Cinéfila... (2)



-Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse




Nome original: “The 4 Horsemen of the Apocalypse” Ano: 1962 Realizador: Vincente Minnelli Elenco Principal: Glenn Ford (Julio Desnoyers), Ingrid Thulin (Marguerite Laurier), Charles Boyer (Marcelo Desnoyers), Lee J. Cobb (Julio Madariaga), Yvette Mimieux (Chi Chi Desnoyers).

Duas famílias argentinas de origem francesa e alemã decidem ir para a Europa para defender seus ancestrais durante a II Guerra Mundial.





-Quem Tem Medo de Virginia Woolf?




Nome original: “Who’s Afraid of Virginia Woolf?” Ano: 1966 Realizador: Mike Nichols Elenco Principal: Elizabeth Taylor (Martha), Richard Burton (George), George Segal (Nick), Sandy Dennis (Honey).

Martha e George são casados, já estão na meia-idade, são intelectuais, se amam e se odeiam. Depois de uma festa na casa do pai de Martha, o presidente da universidade onde George leciona, o casal retorna até a sua residência próxima. Já de madrugada, e bastante embriagados, eles acolhem Nick e Honey, um jovem casal que também estava na mesma festa e mora longe. Nick é outro professor da universidade.
Quando os jovens chegam, estão também embriagados. Constrangidos com o clima tenso entre George e Martha, que acabaram de ter uma violenta discussão, eles recomeçam a beber junto com seus anfitriões. Martha se insinua abertamente para Nick e humilha George que, despeitado, "inventa" um tipo de "jogo da verdade", induzindo as pessoas a seu redor a confessarem detalhes intímos. Só que George não diz quando fala a verdade e quando mente sobre si mesmo, enquanto seus confusos interlocutores dizem mentiras que pensavam ser verdades - geralmente escondida e escabrosa, mas logo desvendada pelos outros.





-Ben-Hur




Nome original: “Ben-Hur” Ano: 1959 Realizador: William Wyler Elenco Principal: Charlton Heston (Judah Ben-Hur), Jack Hawkins (Quintus Arrius), Haya Harareet (Esther), Stephen Boyd (Messala).

Os números falam por si: 100.000 fatos, 8.000 figurantes, 300 cenários e um orçamento imperssionante, no seu tempo o maior da história do cinema. Os criadores de Ben-Hur fizeram-no o maior e o melhor dos épicos bíblicos de todos os tempos.
Charlton Heston confere uma presença musculada e moral no papel de Judah Ben-Hur, um nobre Judeu da Palestina cuja heróica odisseia inclui ser escravizado pelos Romanos, uma arrojada fuga de um barco de escravos durante uma batalha, vingança contra os seus carrascos durante uma violenta corrida de quadrigas numa arena e um fatídico encontro com Jesus Cristo. A carismática interpretação de Heston valeu-lhe o Óscar de Melhor Actor. Vencedor do Melhor Filme de 1959, com o lendário William Wyler a conquistar a estatueta de Melhor Realizador pela terceira vez, o filme venceu um total de 11 Oscares - um feito inigualado até Titanic fazer-se ao mar em 1997.






-O Nome da Rosa




Nome original: “The Name of the Rose” Ano: 1986 Realizador: Jean-Jacques Annaud Elenco Principal: Sean Connery (William of Baskerville), Christian Slater (Adso of Melk), Helmut Qualtinger (Remigio de Varagine), Ron Perlman (Salvatore), F. Murray Abraham (Bernardo Gui).

É obra do demónio! Sussurram alguns quando uma série de bizarras mortes se abatem sobre um mosteiro italiano no século XIV. Outros associam as mortes com o Livro das Revelações. Mas o frade William of Baskerville tem outra opinião. Ele tenciona descobrir o assassino utilizando a dedução e a observação - as armas de um herege.
O vencedor do Óscar da Academia para Melhor Actor, Sean Connery é o astuto Irmão William nesta fascinante adaptação do êxito de Umberto Eco. Christian Slate interpreta Adso, o jovem e inexperiente assistente de William, prestes a atravessar um despertar sexual e intelectual singular, F. Murray Abrahams é a arrogância feita homem no papel do Inquisidor-Mor. O realizador Jean-Jacques Annaud filmou este enigmático mistério no verdadeiro mosteiro do século XXII onde sombrias figuras encapuçadas tudo vigiam como gárgulas.






-Lawrence da Arábia




Nome original: “Lawrence of Arabia” Ano: 1962 Realizador: David Lean Elenco Principal: Peter O’Toole (T. E. Lawrence), Alec Guinness (Prince Feisal), Anthony Quinn (Auda Abu Tayi), Jack Hawkins (General Allenby), Omar Sharif (Sherif Ali), José Ferrer (Turkish Bey).

O realizador David Lean segue a odisseia heróica da personagem T. E. Lawrence (Peter O'Toole), neste espectacular retrato da jornada deste oficial britânico pelo Médio Oriente. Destacado para a Arábia durante a I Guerra Mundial, Lawrence reuniu corajosamente as diversas facções árabes inimigas numa única frente de guerrilha, levando-a a brilhantes vitórias nos traiçoeiros campos de batalha do deserto, onde acabaram por derrotar o dominante Império Turco.
A obra de arte de Lean, foi aclamada mundialmente pelos críticos em 1962, e venceu sete Óscares da Academia, incluindo o de Melhor Filme. Posteriormente, o filme sofreu grandes cortes e as imagens estiveram perdidas durante trinta anos. Essas cenas dramáticas foram agora restauradas para esta versão do realizador. Apresentada no seu formato widescreen original, este novíssimo e restaurado LAWRENCE DA ARABIA, recria uma experiência cinemática desconhecida das audiências desde a estreia do filme em cinema.





-A Piscina




Nome original: “La Piscine” Ano: 1969 Realizador: Jacques Deray Elenco Principal: Alain Delon (Jean-Paul), Romy Schneider (Marianne), Maurice Ronet (Harry), Jane Birkin (Penelope).

Neste drama psicológico do gato e do rato que mistura ciúme e sedução na piscina de uma vivenda de luxo sobre a Riviera Francesa, sentimos a tensão comparável à dos Negócios Estrangeiros, romance de Albert Camus, especialmente em a oposição entre calor e água.



Cinéfila... (3)



-Luzes da Ribalta




Nome original: “Limelight” Ano: 1952 Realizador: Charles Chaplin Elenco Principal: Charles Chaplin (Calvero), Claire Bloom (Terry), Nigel Bruce (Postant), Buster Keaton (Companheiro de Calvero).

Chaplin interpreta o papel de Calvero (o "Comediante Vagabundo", conforme se lê num velho cartaz pendurado no seu quarto), que salva a vida de uma jovem bailarina (Claire Bloom) perdida e desesperada, e apadrinha-a até ela encontrar o êxito e a felicidade...





-De Repente no Verão Passado



Nome original: “Suddenly, Last Summer” Ano: 1959 Realizador: Joseph L. Mankiewicz Elenco Principal: Elizabeth Taylor (Catherine Holly), Katharine Hepburn (Violet Venable), Montgomery Clift (Dr. Cukrowicz).

Elizabeth Taylor e Katharine Hepburn receberam ambas nomeações para o Óscar de Melhor Actriz de 1960 por esta poderosa adaptação da peça de Tennessee Williams.
A bela Catherine Holly (Elizabeth Taylor) é internada numa instituição psiquiátrica após testemunhar a horrível morte do seu primo nas mãos de um grupo de canibais. A tia de Catherine, Violet Venable (Katharine Hepburn), tenta levar o Dr. Cukrowicz (Montgomery Clift), um jovem neurocirurgião, a acabar com as obsessivas alucinações de Catherine por via cirúrgica. Mas neste processo, o Dr. Cukrowicz descobre que as alucinações de Catherine são de facto verdadeiras... e demasiadamente horríveis...





-O Clube dos Poetas Mortos



Nome original: “Dead Poets Society” Ano: 1989 Realizador: Peter Weir Elenco Principal: Robin Williams (John Keating), Robert Sean Leonard (Neil Perry), Ethan Hawke (Todd Anderson), Josh Charles (Knox Overstreet).

Quando o carismático John Keating (o vencedor do Oscar Robin Williams) é admitido como novo professor de Inglês num colégio particular para rapazes, os seus métodos de ensino pouco convencionais irão revolucinar as tradicionais práticas curriculares.
Com o seu talento e sabedoria, Keating inspira os seus alunos a perseguir as suas paixões individuais e tornar as suas vidas extraordinárias. CLUBE DOS POETAS MORTOS, um dos mais brilahntes sucessos de bilheteira da história recente do cinema, arrebatou audiências e crítica em todo o mundo com as suas brilhantes actuações, cativante história e soberba realização!





-O Último Tango em Paris




Nome original: “Ultimo Tango a Parigi” Ano: 1972 Realizador: Bernardo Bertolucci Elenco Principal: Marlon Brando (Paul), Maria Schneider (Jeanne), Maria Michi (Mãe da Rosa), Giovanna Galletti (Prostituta), Luce Marquand (Olympia).

Entre no mundo inquietante e sensual de O Último Tango em Paris, e prepare-se para o mais controverso filme das últimas décadas.
Nomeado para dois Academy Awards - Melhor Realizador (Bernardo Bertolucci) e Melhor Actor (Marlon Brando) - e transpirando uma energia sexual jamais vista em algum filme, antes ou depois, este é um clássico cintilante que chocou a nação ... e alterou a face de uma forma de arte. Ele (Brando) é um Americano de 45 anos a viver em Paris, assombrado pelo suicídio da sua mulher. Ela (Maria Schneider, Jane Eyre) é uma bela Parisiense de 20 anos, noiva de um jovem realizador. Apesar de desconhecidas, estas duas almas atormentadas juntam-se para satisfazer as suas necessidades sexuais num apartamento tão despido como as suas tristes, trágicas vidas.
Apanhados no ritmo incontrolável de uma dança carnal, que não conseguem parar, estes improváveis amantes elevam a sua paixão a limites eróticos, para lá da sua imaginação.






-Os Dez Mandamentos




Nome original: “The Ten Commandments” Ano: 1956 Realizador: Cecil B. DeMille Elenco Principal: Charlton Heston (Moses), Yul Brynner (Rameses), Anne Baxter (Nefretiri), Edward G. Robinson (Dathan), Yvonne De Carlo (Sephora), Vincent Price (Baka).

Absolutamente grandioso e extraordinário, poucos filmes podem apresentar o esplendor e o espectáculo da notável obra de 1956 de Cecil B. DeMille, "Os Dez Mandamentos".
Filmado no Egipto e no Sinai, com um dos maiores cenários alguma vez construído para um filme, esta versão conta a história da vida de Moisés (Charlton Heston), desde os seus tempos de favorito do Faraó (Yul Brynner), que voltou as costas a uma vida privilegiada para conduzir o seu povo à liberdade. Imagens inesquecíveis fazem deste filme, uma experiência única.






-O Passageiro da Chuva




Nome original: “Le Passager de La Pluie” Ano: 1970 Realizador: René Clement Elenco Principal: Marlène Jobert (Melancolie ‘Mellie’ Mau), Charles Bronson (Coronel Harry Dobbs), Anne Cordy (Juliette), Jill Ireland (Nicole).

Sob os cenários naturais de uma estância balnear do sul de França em época baixa, uma mulher, surpreendida por um violador, consegue matá-lo e esconder o corpo. No dia seguinte, um desconhecido pergunta-lhe porque o matou. Começa aqui um jogo de gato e de rato entre a expediente donzela (que recusa admitir a autoria do crime) e o implacável investigador (decidido a fazê-la confessar), num atmosférico clima de thriller que revolve apenas entre os dois personagens. Charles Bronson estava no seu período de ouro. Perspicaz, cruel, misógino e omnipresente, num thriller francês (e com a voz dobrada) onde surge só ao cabo de vinte e seis minutos. Enigmático e carismático sob o perfil de rudeza, é a sua presença misteriosa que faz respirar a película. Marlène Jobert, pelo contrário, não poderia ter sido pior escolhida. Sem qualquer credibilidade durante a violação e acções subsequentes, a única coisa que joga a seu favor é o sorriso, mas apenas lho vemos no final. Do mesmo realizador de Paris em Chamas (1966), Plein Soleil (1960), Brincadeiras Proibidas (1952) e Os Malditos (1947), chega-nos um ensaio policial com argumento e diálogos de Sébastian Japrisot, mestre do policial literário e escritor aclamado (já tinha escrito diálogos para Charles Bronson em Adeus, Amigo, de 1968). Demasiado cerebral, perde intensidade pela deplorável prestação da protagonista e pela ausência de elementos que espicassem a curiosidade para além da questão inicial. Algumas das variáveis são custosamente forçadas (nomeadamente na viagem a Paris) e há demasiadas reviravoltas perto do final, para tanto marasmo até então. Com outra actriz, poderia ter sido outro filme.