O frio da rua empurrou-a mais depressa para casa. Mal entrou o telefone tocou estridentemente. Sem tirar o casaco e o gorro de lã atendeu prontamente. Escutou uma voz masculina simpática e amável:
-Olá, como está? É a amiga da Ana Maria, não?
-Eu estou bem, sou de facto amiga da Ana Maria mas não sei quem me fala…
-Não acredito! Ainda ontem estivemos todos juntos no café da baixa, eu estava no grupo do Pedro Gonçalves e cumprimentei-a…
-Não me recordo de nada! Afinal o grupo era tão numeroso…
-Claro, passei despercebido aos seus olhos.
A conversa estendeu-se por largos minutos num jogo de esquivas e desentendimentos que levou Eduarda a pensar que ela não seria a pessoa com quem o senhor pretendia falar mas que, ao fim e ao cabo, era uma pessoa com quem se podia falar. Era inteligente, com uma voz bonita, amável e bem educado. Curiosamente havia muitas coincidências nos gostos de ambos e sobre vários temas… Contudo, desligou sem dizer o seu nome.
Mentalmente passou revista aos amigos da Ana Maria e do Pedro Gonçalves. Este último só acompanhava gente bem e do bom. Era assim como uma espécie de cartão de recomendação.
Eduarda admirou-se como não lhe desligou o telefone com as palavras exigidas para o momento mas confessava que ficara deslumbrada com a conversa brilhante do seu interlocutor misterioso e o mistério é, sem dúvida, bem atractivo.
No dia seguinte, ao chegar a casa, repetia-se o telefonema. Eduarda já o aguardava ansiosamente e devia dizer que se sentiria defraudada se o misterioso desconhecido não se atravesse a essa audácia e abuso. Desculpava-se consigo própria: é apenas curiosidade!
Desta vez a conversa foi mais longa e Eduarda foi obrigada a reconhecer a sua cultura e conhecimentos. Estava a par de tudo: da política do governo, da Economia, da cultura em geral, dos livros mais lidos em todo o mundo. Tinha uma ideia muito própria sobre a velha Europa e de quem mandava nela… Quanto a dizer o nome, nem sequer uma pequena abertura e o mistério continuava. Mistério que ele, astutamente, adensava.
E as conversas longas, diárias e interessantes continuaram por mais um mês… Eduarda insistia sempre em querer saber o seu nome, ameaçando que, no próximo telefonema, lhe desligaria o telefone. Ele desculpava-se dizendo que talvez o nome não encaixasse na figura que Eduarda já faria dele…
Uma noite ele perguntou-lhe o que fazia e Eduarda sentiu vontade em se abrir:
-Sou licenciada em Línguas e Biologia com doutoramento nos dois cursos mas, actualmente, tenho um sonho, publicar um livro…
-De estudo?
-Não, não! É antes uma espécie de testemunho ou missão! Como sabe, nasci em Moçambique onde vivi os anos mais felizes da minha vida e gostaria de publicar um livro sobre essa vivência, sobre o lado mais mágico desse país. Mas tenho tido alguma dificuldade com as editoras…
-Mas talvez eu lhe possa ser útil – interrompeu o senhor X – Tenho um amigo capaz de a encaminhar no que pretende. Vou telefonar-lhe já e amanhã poderá ir ao escritório dele falar-lhe sobre o assunto.
Eduarda não sabia o que pensar… Ia ao escritório de um desconhecido apresentada por outro desconhecido também… Era de loucos! Mas ele, apercebendo-se da sua hesitação, acrescentou convincente:
-Você não precisa de apresentação, é uma pessoa com muito valor e uma bagagem cultural enorme. Vai apenas falar com alguém que pode interferir naquilo que pretende.
Eduarda, convencida, apresentou-se na tarde seguinte no escritório do amigo do senhor X.
Ele já sabia ao que ela vinha. Eduarda procurou saber o nome do seu desconhecido ao que ele se esquivava sempre, parecendo que havia um pacto entre eles.
Eduarda achou o senhor insuportável, quase antipático e saiu do escritório com a sensação que tinha dado passos em vão.
No dia seguinte o senhor X perguntava-lhe:
-Então como correu a visita?
Eduarda descarregou nele a sua decepção:
-Achei-o prepotente, convencido e um autêntico pedante…
O desconhecido reagiu:
-Pedante? Olhe que não… é o seu jeito natural mas é uma pessoa de muito valor e competente!
-Com aquela pose de conquistador barato? Tenha dó!
Entraram os dois numa discussão acesa. Eduarda atacava e ele defendia o amigo.
Daí por diante as qualidades do dito cujo faziam parte das suas conversas.
Um dia, Eduarda encontrou o intragável numa exposição de fotografia. Ele cumprimentou-a efusivamente e ofereceu-se para a acompanhar na visita ao salão, convite que ela declinou rapidamente desculpando-se que estava já de saída.
As conversas com o senhor X estenderam-se ao longo de um ano e Eduarda esperava-as como algo já precioso na sua vida. É que realmente é difícil encontrar uma pessoa com um grau de cultura tão abrangente e com uma conversação elevada e tão natural ao mesmo tempo.
Um dia, sem qualquer explicação, ele deixou de lhe telefonar. Eduarda pensava o que se teria passado: talvez estivesse doente, tivesse até morrido e sentiu verdadeira pena.
Mas um dia, volvidos quase três meses, como a lua que volta sempre nos seus quartos de tempo, ele telefonou-lhe.
-Mas o que lhe aconteceu? – perguntou Eduarda curiosa.
-Fui de viagem até África e estive no seu país… A cidade das acácias debruçada sobre o Índico… Tem razão a sua paixão por Moçambique.
Eduarda duvidou de tal viagem e ainda mais quando o senhor X lhe disse que fora integrado numa comitiva oficial do Governo. Devia estar a auto promover-se…
Mal desligou Eduarda ligou para um antigo colega jornalista, área onde ela também trabalhara e pediu-lhe que lhe arranjassem a lista das pessoas que tinham feito parte da comitiva do Governo que fora há poucos dias a África.
De posse de uma lista razoavelmente extensa onde figuravam os respectivos números telefónicos, Eduarda deu início a uma caça ao desconhecido. Arranjou um estratagema.
Era a secretária de um tal doutor Pimentel que estava a ligar porque o mesmo pretendia falar.
Os visados vinham ao telefone, Eduarda ouvia-lhes a voz e desligava.
Entretanto, as conversas nocturnas com o senhor X continuavam!
De eliminatória em eliminatória quando restavam três ou quatro nomes, Eduarda descobriu que um deles era do amigo antipático a quem ela fora recomendada pelo desconhecido.
Concluiu logo: ou ele nunca foi a África ou então ele é o seu amigo execrável. Esta última possibilidade deixava-a nervosa, ela que falara tão mal da dita criatura. A dúvida deixava-a mal disposta. Um dia resolveu tirar a prova dos nove: ligou para o escritório do amigo desconhecido e foi precisamente o senhor X quem a atendeu.
Eduarda sentiu que o chão lhe faltava e disse apenas:
-Então é você?
Nervoso e atarantado, afirmou:
-Não, eu não sou eu… - mas como não tinha como fugir, rendeu-se à evidência pedindo desculpa.
-Estava tão lisonjeado com o conceito que fazia de mim que não tive coragem de lhe dizer a verdade e ainda por cima quando o meu amigo, o meu outro eu, era tão mal tratado por si.
Eduarda pensou que ao menos ele tinha espírito e até uma certa elegância.
Encontrou-o algumas vezes no grupo do Pedro Gonçalves com o seu ar um pouco snob e convencido e cumprimentava-a sempre mas de raspão. Ainda lhe telefonou umas duas ou três vezes mas a verdade é que o encanto estava desfeito e quebrara-se o feitiço das conversas culturais que animaram durante um ano as noites de Eduarda.
Sem nada para dizer um ao outro, o senhor X deixou de telefonar.
Afinal o senhor X era mesmo uma incógnita.
ResponderEliminarAcumulava com o senhor Y do escritório e com o Z no grupo do Pedro Gonçalves.
Há tanta gente assim.
Bom Domingo, Graça!
Beijo
Olá Graça!!! Nossa! Que delícia de conto! Você fez minha imaginação ir longe,achei que os dois iriam ficar juntos e tal...rsrsrs. Passei por aqui para desejar um ano fabuloso, cheio de realizações. Ando um pouco afastada do Blog..Mais sempre que posso dou uma fuxicada por aqui pois adoro visita-la. Já estava com saudades!...Mil beijos!!!
ResponderEliminarOI GRAÇA QUE CONTO MARAVILHOSO, O MELHOR É O SUSPENCE QUE O MESMO PROVOCA, PARABENS AMIGA, UM CONTO QUE NOS PRENDE DO COMEÇO AO FIM. MUITO OBRIGADA PELA VISITA, UM ABRAÇO FRATERNO CELINA.
ResponderEliminarOlá Graça
ResponderEliminarMais um belo texto que nos prende ...anseia-se pelo final!
Ter várias personalidades é não ter nenhuma!
Bjs.
Olá amiga Graça, adorei o conto e o que mais surpreende é que nunca pensei que o final fosse esse. Tens o dom de nos pôr a pensar e ás vezes sonhar. Afinal que falta de personalidade. Beijos com carinho
ResponderEliminarMuito bom e interessante seu conto.Parabéns pela bela narrativa.Beijos
ResponderEliminarBelas fotos e um encanto desfeito, deixa a magia para a imaginação da leitora. Se ele tivesse assumido quem era de início, teria coragem de continuar a ser o senhor X? Um conto que deixa o suspense no ar. Um abraço, Yayá.
ResponderEliminarUm conto muito bem escrito que me manteve presa à leitua da primeira à ultima linha e me encantou. E afinal a Eduarda nem chegou a publicar o tal livro.
ResponderEliminarMocambique é uma terra de encanto. Quem por lá passou carrega no peito a saudade para o resto da vida. Imagino então quem lá nasceu.
Um abraço e bom Domingo.
Olá Graça...
ResponderEliminarMuito bom o conto, parabéns pela textualização, gostei!
Grande bj no coração.
Lecy'ns
Um texto magistralmente bem escrito e com o supens guardado até à última linha! Bravo!
ResponderEliminar***
Beijinhos e feliz semana, Graça****
O texto me deixou fitada até a última linha :) parabéns... Olá amiga Vim te convidar a participar das brincadeiras pelo aniversário de 2 anos de renascimento da minha Ilha. O convite está acima das postagens e basta dá um clic que serás levado a festa. Temos 2 brincadeiras e a grande festa dia 13 de fevereiro. Te espero lá. Beijos no coração ♥ ♥ ♥
ResponderEliminar...Olá! Boa noite!
ResponderEliminarRealmente! Poucas vezes, um texto, me deixou apreensivo até a última linha! Muito bem escrito e elaborado!E, com o advento da Internet, e da Blogosfera,onde "conhecemos" diversas pessoas , que sequer "vimos", a possibilidade de isto acontecer, é muito "grande"!
Vim agradecer a sua participação em meu blog ! Muito feliz e honrado!Muito obrigado!
Boa semana!
Bye!
miles de gracias querida amiga y admirada escritora por regalarnos la sublime belleza e intriga de tu relato, besinos con todo mi cariño y feliz inicio de semana.
ResponderEliminarOlá Graça! Belíssimo conto!
ResponderEliminarDaqueles que a gente lê de ponta a outra num fôlego só!
Mas confesso, que fiquei desiludida pela desilusão final da Eduarda.
Como é possível que a mesma pessoa, em posições distintas, se possam mostrar tão diferentes aos nossos olhos... estranhos seres, nós somos, hein?
Dá que pensar...
Parabéns e bjs gdes
Eiiiita que lindo e forte conto *_____*
ResponderEliminarNão consegui parar de ler. Está ótimo, a forma que você escreve tira qualquer problema, sentimento, distração da cabeça, e nos redireciona só para o que está sendo relatado. Meus mais sinceros parabéns.
Adorei lê-lo ;)
Sucesso SEMPRE viu? E obrigado pela visitinha lá no meu Blog ♥
Beeijão ;*
Ewerton Lenildo - Academia de Leitura
papeldeumlivro.blogspot.com
@Papeldeumlivro
Interessante, texto, Graça! Aliás, são-no sempre.Estas desilusões são mais comuns do que pensamos. Por exemplo aqui no caso dos blogs...pelas palavras escritas, há já quase 3 anos, tenho já uma imagem de cada um dos amigos que visito; parece-me que seria capaz de os identificar na rua. Mas...será que seria? Já conheci duas amigas de blog e, queres saber uma coisa...são muito diferentes daquilo que imaginava. Não me estou a referir ao interior, mas ao aspecto exterior; não as imaginava nada assim. Foi bom tê-las conhecido; a amizade ficou ainda maior, mas a fotografia essa, tive que a substituir na minha mente; agora tenho a foto real, muito diferente, mas muito boa. Um beijinho, amiga e uma bela semana
ResponderEliminarEmília
Olá Graça bom dia:
ResponderEliminarAqui presente estou neste teu lindo cantinho, eu tenho andado enfermo e como tal, a minha ausência aqui tem sido por motivo desta minha enfermidade que, a pouco e pouco vai arribando.
Este teu post faz-me lembrar uma cena que se passou comigo à uns anos onde a imaginação nos leva a coisas incríveis mas, quando chega o lado da verdade ela se reflecte por vezes de forma diferente.
É um post muito bom e que serve de um aviso à navegação daqueles que no imaginário pensam uma coisa e ela é outra.
Bjos, bom início de semana com muita saúde e muita paz.
Graça, boa noite!
ResponderEliminarQuebrado o encanto, já mais nada havia a fazer, já que o Sr. X não conseguiu dissuadi-la da má impressão causada no primeiro encontro.
Muito interessante, o texto, gostei!
Beijinho,
Ana Martins
Graça,
ResponderEliminarA curiosidade acaba com qualquer ilusão...
Se ela não ficasse tão curiosa, estariam conversando até hoje (rsss). Mas se o "X" era tão antipático, melhor esquecer.
Adoro estas tuas histórias.
Bjs.
Uma bela semana pra ti minha amiga...beijos.
ResponderEliminarE lá se acabou o encantamento :(
ResponderEliminarAmiga Graça, mais valia não ter insistido em descobrir quem era de verdade o "gentleman" que afinal, aparentemente, era um pretensioso qualquer ^^
Há realmente pessoas com dupla personalidade, este era um eles.
Gostei imenso do conto, como sempre.
Beijo
Ná
Texto bom, é assim: prende a gente até o fim, para então nos encantar de vez.
ResponderEliminarQue contista, você é, Graça!
Beijos,
da Lúcia
Maravilhoso texto, como disse a minha amiga Lúcia nos prende até o fim.
ResponderEliminarTenha uma boa semana!
Saudade de você no meu humilde cantinho.
Beijos!
Graça, a amizade é com um vaso. Quando partido nunca mais volta a ser o mesmo.
ResponderEliminarUm beijo amigo
Um conto maravilhoso pela foça da palavra que nos prende até o seu final e gostaria que continuasse.
ResponderEliminarTenha uma boa semana.
Beijos.
Bela história com boas ilustrações.
ResponderEliminarhttp://ventanadefoto.blogspot.com/
Graça Pessoa Amiga,
ResponderEliminarUm maravilhoso conto com um desfecho surpreendente. O senhor X e o amigo do senhor X eram as faces da mesma medalha. Desfeito o encanto prevaleceu o desencanto.
.....
Como nota à margem, gostei de ver a bela ex-Avenida da República, salientado o Hotel Tivoli, o Prédio Nauticus e... lá ao fundo Prédio "Catembe" [bebida de vinho misturado com coca cola], com o "Garrafão" e a garrafa da "Coca-Cola" no lado oposto, e ainda, como cereja em cima do bolo, a maravilhosa a Estação dos Caminhos de Ferro de Moçambique, considerada uma das 10 mais belas do Mundo.
Alonguei-me demais num comentário que poderia ter sido mais curto, mas África só a sente quem lá viveu.
Beijo amigo,
Jorge
Gostei da história.
ResponderEliminarUm esquema bem feito e todas as palavras nos conduzem a uma descoberta de alguém e alguma coisa.
Haja imaginação e nós todos criamos personagens articulados com os nossos sonhos e desejos as nossas visões e os nossos medos.
Mais um interessante conto, bem ao estilo da Graça, que nos consegue sempre prender e encantar na leitura. Imaginação é algo que não falta á minha querida amiga!
ResponderEliminarGostei imenso.
Bjs
A sua facilidade para contar histórias, criar cenários e personagens interessantes é muito ímpar, minha amiga! Faz-nos viajar e refletir sobre a construção psicológica dos participantes. Abraços, sempre e muita saudade!!!
ResponderEliminarQue maravilhosa essa história. A sua forma de contar as história me encanta. Por vezes a curiosidade atrapalha demais.
ResponderEliminarBeijos e ótima semana.
Amiga Graça.
ResponderEliminarGostei imenso do texto que nos prende desde o inicio,como nos deixa em suspense,assim é um pouco a vida de cada um.
Beijinho e boa semana.
Evidentemente!... Quando não se sabe ser cavalheiroso.
ResponderEliminarCircunstâncias como as que narras dão-se frequentemente, mas também ao revés.
Trabalhei bastantes anos no mundo editorial e as experiências vividas davam para escrever um livro.
A tua narrativa, como sempre, excelente, e até deixa antever um certo corte autobiográfico, mesmo assim, lindo.
Abraços e a minha admiração
Bastante interessante este conto, Graça. Como pode uma pessoa ser tão simpática ao telefone e tão desagradável pessoalmente?
ResponderEliminarBeijos e um bom dia.
Querida Graça, pisei a areia da dúvida como pisasse reticências até que me alcançou a água salgada e fria com a cor da realidade. Um conto bem construido, de final surpreendente. Sempre um prazer "te ler".
ResponderEliminarBjs, abraço apertado. Uma semana de alegrias para você. Inté!
PS - Amiga, muito obrigada por me alertar sobre a ausência da caixinha de comentários. Só me dei conta de que não a liberei quando publiquei o poema hoje, pela manhã, quando li a sua mensagem. Acho que estou mesmo irremediavelmente velha. rsrsrs De novo, bjs.
O que esperas para publicares o TEU LIVRO? Dúvidas sobre o teu valor literário já não existem...Não te compreendo, amiga! Força!
ResponderEliminarDeixo já seis encomendados e outros, que seguirão pelo Indico.
beijo
Teresa (Quelimane)
Graça, querida!
ResponderEliminarPerdoe toda esta demora! Somente hoje venho agradecer por sua amável visita em meu blog. Passei um tempo fora e somente agora estou retomando meus contatos. Pois, fiquei imensamente feliz em conhecê-la. Graça, acredite! Eu já lia seus comentários lá no nosso amigo Osvaldo... Sempre, sempre!
Por aqui tudo muito especial.
E sim, eu volto!
Beijo no coração
Graça,
ResponderEliminarMudei de casa...:)serás sempre bem vinda!
Beijos,
AL
GRAÇa
ResponderEliminargostei como sempre, de te ler.
agradeço a visita e os parabéns.
venho dizer que sinto mágoa
por estarmos aqui à tanto tempo
vivermos tão perto
e não termos tempo para um café.
sexta feira vou estar na casa lusoAfricana
praça das flores
Edifício Fontanário
ás 21horas..
Se for preciso vou buscar-te..
queria ver-te e quero que toques o meu livro
Cantar África..
porque o vaia amar..
também o fiz com muito Amor
beijos e diz-me alguma coisa...
Sua amizade transformei na minha felicidade, Minha felicidade é ver sua
ResponderEliminarvisito no meu blog.
Hoje não consigo expressar toda minha alegria, simplesmente mesmo levando
uma colinha só para saber de você.
Triste seria para mim se nem isso pudesse fazer mais ..
Eu quero apenas estar sempre perto de você foi esse o unico meio que
no momento Deus esta me permitindo.
Tem momentos que devemos entender nossas limitações.
Paz e Luz.
Beijos meus no seu coração..Evanir
Belissimo conto, cinco ***** . Estou de acordo com a Teresa.
ResponderEliminarMonhé
Minha amiga querida!
ResponderEliminarSempre é muito gostoso te ler. Quanto ao seu pedido, faço com muito carinho, amiga. Me dê uma dica: que tipo de imagem queres que eu coloque? Cor?
Beijocas, minha amada!
Querida Soninha
ResponderEliminarCores quentes de África e imagens inerentes ao mesmo tema! Eu sabia que podia contar contigo! Beijo de gratidão.
Beijocas.
Graça
Quebrou-se o encanto.
ResponderEliminarMuito bom o seu conto.
bjs
Que suspense, achei que cairiam um nos braços do outro.
ResponderEliminarque pena!
sou uma eterna romantica! kkk
abraços!
Parabéns!Texto muito bem escrito!Uma 4ªF iluminada e repleta de bênçãos! Estou seguindo teu mosaico de seguidores e agradeço se me seguires de volta em meu mosaico! Seja bem vinda ao meu espaço, nosso espaço! Abraço fraterno e carinhoso!
ResponderEliminarElaine Averbuch Neves
A sua história prendeu-me até ao fim....porque creio..., que toda a gente tem algo semelhante....E então deste tempo de Internet, é a coisa mais fácil de acontecer.....Mas uma coisa lhe garanto....Nem sempre corre mal....Há muitos bons e felizes resultados....
ResponderEliminarBeijo
Olá Graça!!!
ResponderEliminarMais um belo texto... adoro "lê-la".
Diga-me pf se recebeu o meu mail.
beijinhos
A mentira tem perna curta...Gostei de ler.
ResponderEliminarDesejo que esteja bem.Bj.
Irne
Adorei! Hoje nós temos o computador e a danada da CAM.
ResponderEliminarUm beijo grande
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBelas fotos e lindo texto!
ResponderEliminarBjos na alma
Gracias por tu visita y tu amable comentario.
ResponderEliminarUnas magnificas fotos y un magnifico comentario.
Un beso.
Que linda história, querida pena que não tenha um lindo final, mas é onde leva a mentira, não é mesmo. Beijinhos carinhosos para ti e tenha um lindo final de tarde.
ResponderEliminarOlá mais uma vez.
ResponderEliminarO seu comentário está publicado sim, está junto ao titulo do post "reflexões", depois do bolo de cenoura.
Respondi-lhe via mail, mas não sei se recebeu, porque faço no gmail responder e não me aparece o seu endereço de mail, mas como é através do blogger, talvez tenha recebido.
Aqui no seu blog, procurei, mas não encontro o seu mail. No meu blog está lá o meu endereço (ratolinha17@gmail.com).
Há coisas que respondo só via mail, que foi o que fiz consigo.
Fico à espera de saber se recebeu ou não, ok?
Beijinhos Graça
Olá minha querida,
ResponderEliminarEu não sei se chegaste a ver o comentário
em respeito a postagem do Senhor X em teu blog de
mimos, pois que não estava a conseguir abrir
a página de comentários.
Voltando agora mais feliz e poder assim
deixar-te um abraço...
Linda semana pra ti
Bjs
Livinha
O mistério acabava por dar uma imagem diferente da que a realidade veio a mostrar. A fantasia nem sempre se realiza ou confirma.
ResponderEliminarCumps
Olá, Graça!
ResponderEliminarNem sempre se consegue um bom final principalmente com uma mentira, não é mesmo? Texto surpreendente, prende até o fim sem o normal 'final feliz'.
Beijos!
Olá, Graça!
ResponderEliminarNem sempre se consegue um bom final principalmente com uma mentira, não é mesmo? Texto surpreendente, prende até o fim sem o normal 'final feliz'.
Beijos!
Ahahah! Graça, já me estava a sorrir desde o princípio e a ver o fim da história. Autenticidade não rima com mistério. Há um ditado que diz "Quando a esmola é grande o pobre desconfia", neste caso como noutros na vida real, quando se aparenta demasiada perfeição, quando tudo é tão aparentemente coincidente, até a viagem ao país de eleição da personagem principal, é mesmo de desconfiar. Sedutores "baratos" e quanto mais charmosos, importantes e endinheirados, mais enganadores, normalmente nao têm que fazer ao tempo e ao dinheiro, vivem uma vida de tédio e de vícios, querem é divertir-se à custa dos outros.
ResponderEliminarBeijinhos para ti, grande mulher.
oi Graça td bem??? seus texto como sempre nos prende ate o fim, e quando acaba sempre com gostinho de querer mais bjs boa quinta feira.
ResponderEliminarOi Graça,
ResponderEliminarMuito bem escrito seu texto. Assim como a vida, é o mistério das coisas que canta e encanta. Estive viajando, voltei, mas ando com preguiça de escrever e as voltas com o casamento de minha filha. bjs
Uma delícia de texto! Amei!
ResponderEliminarBjs e obrigada pelo carinho constante,
.
ResponderEliminarPágina refinada e inteligente.
Valeu ter vindo...
Estou seguindo o seu blog, mas
adoraria se você seguisse o meu.
silvioafonso
.
Querida Amiga Graça,
EliminarBela e muito verdadeira a sua crónica! E que saudades me fizeram as fotografias da cidade! Por vezes a verdade faz-nos perder a magia do sonho... foi o caso!
Beijinhos muito amigos e laurentinos.
se a voz era bela
ResponderEliminara conversa interminável e perfeita
a sedução, o que os fazia continuar
foi pena
não sei se o senhor seria apenas tímido ou enganador, não quero julgar
mas perfeita, é a narrativa e se fosse à beira do Índico até eu me deixaria enganar!
um beijo, Graça
Beautiful photos!
ResponderEliminarWish you a beautiful weekend.
Greetings from Norway, Mette
Graça minha querida
ResponderEliminarNão tenho conseguido abrir a tua caixa de comentários e de alguns blogues, penso que já resolvi o problema mandando o computador para limpar, estou aos poucos a retomar aqueles que não emtrava.
Excelente texto, a mentira a nada nos leva.
Beijinho e uma flor
Pensei que me tinhas deixado uma "dica" para uma grande e esperada notícia...
ResponderEliminarConta lá amiga querida Graça, vais finalmente publicar um livro?
Beijo
Ná
Uma ótima oportunidade para o Senhor X rever o seu relacionamento interpessoal e, quem sabe, conseguir a simpatia da Eduarda.
ResponderEliminarBelo conto Graça.
Beijos,
Furtado.
Um Dia todos entenderam coisas que hoje parece não ter muito sentido .
ResponderEliminarO amor que tentei de todas as formas semear através da vida real .
E na virtual onde encontrei as minhas lindas amizades sem face conheci
a alma de cada um que tive a felicidade de chamar de minhas lindas amizades.
Amor para mim é fazer feliz, perdoar, seguir em frente,
Entregar sem medo ser amigos verdadeiros.
Não tenho medo da morte, pois sei que um dia ela virá e eu nao poderei fazer nada.
Tenho certeza que sempre tentei fazer de tudo por todo mundo que eu tanto
amo e tento ensinar através de palavras o verdadeiro caminho .
Decepção não mata,
eNSINA a vIVER é por tudo isso que devemos aprender amar e perdoar sempre.
Um final de semana na paz e na luz.
Beijos meus no seu coração..
Como é bom ter sua amizade!!.
Evanir..
Graça
ResponderEliminarConto impecável com um tema que nos é muito presente hoje em dia com a internet. Interessante...
beijos
Anne
Gostei do conto e do modo como o narra.
ResponderEliminarAnónima de Lisboa
É sempre uma delicia ler-te!...
ResponderEliminarBeijos, Graça!
AL
Adorei, como sempre, a sua narrativa.
ResponderEliminarQualquer tipo de relação baseada na mentira, não leva a lado nenhum.
Um beijinho
bom fim de semana
cvb
Minha querida
ResponderEliminarComo sempre as tuas histórias são pedaços de vidas que tão bem passas a quem te lê.
Para quando passadas para um livro?
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
QUERIDA AMIGA, PASSEI PARA AGRADECER, MUITO OBRIGADA , PELO COMENTÁRIO. AGRADEÇO POR MIM E PELO NOSSO AMIGO LIDIO PELA SUA BELA INSPIRAÇÃO UM FINAL DE SEMANA BEM LEGAL. ABRAÇOS CELINA.
ResponderEliminarBela crônica!!!
ResponderEliminarE tu, quando arranjas um amigo pouco simpático que te publique os contos??
Precisamos saber e quando será o lançamento, ok?
abs,bs,
Graça,excelente conto!Eu adorei,mas foi uma pena que pessoalmente não se bicaram os dois!...rss...bjs e bom final de semana!
ResponderEliminarMuito bom, Graça!!! Seu texto me prendeu ate o fim... Adorei sua narrativa, impecável! Parabéns!!!
ResponderEliminarBeijocas!!!
.
ResponderEliminar.
. graça,,, .
.
. este Seu re.canto é um oásis . um canto mayor numa blogosfera tão necessitada disso mesmo .
.
. e,,, . na próxima sexta.feira sigo para junto do Seu índico . estarei também no Dubai e na Tailândia . e espero trazer.lhe fotografias bel.íssimas . para matar saudades . daquele que é . o oceano mais bonito do mundo . o qual e graças a Deus . me é dado todos os anos .
.
. um bom domingo .
.
. um beijo meu e até breve .
.
.
Olá Graça!
ResponderEliminarEspero que tiveste um óptimo fim de semana!
Vou parar com o 'Sky my Camera...' mas será prazer imenso vêr-te por aqui:http://www.blogger.com/profile/12309485701972118992
***
Beijinhos e feliz semana****
Olá Graça
ResponderEliminarBelo texto, de facto, quando se inicia a ler não se para até chegar ao final. Suspense é sempre um estilo bem estimulante para o autor.
No caso de teus textos, todos são excelentes porque percebe-se o cuidado, o carinho e tua competência para escrever.
Beijos
OLÁ GRAÇA !
ResponderEliminarBonito conto, que prende do principio ao fim, como já foi dito anteriormente, por tantos amigos. Mas....será conto ? ou realidade ? Já tive uma ou duas experiências , um tanto desagradáveis, assim parecidas. Quando conversamos através de um ecrã, muitas vezes a pessoa que está do outro lado, vista ao vivo e a cores, não tem nada a ver connosco !!! Desilusões!!! No entanto, não deixa de ser um conto muito bonito, bem escrito e talvez sirva para chamar a atenção para estas situações. Beijs.
Parabéns! Lindo e profundo! Muito bem escrito! Amiga, dei boas risadas com a tua escolha do sapato: o "sapato pé", por ser cômodo, arejado e pronto pro que der e vier! Volte sempre, viu! Obrigado pelo carinho! Um sábado iluminado!Abraço fraterno e carinhoso!
ResponderEliminarElaine Averbuch Neves
http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com/
Querida amiga espero te encuentres ya bien del todo,un abrazo ,J.R.
Eliminar