quinta-feira, 28 de março de 2013

Amar a Vida




A vida é uma realidade maravilhosa. Mesmo a vida dos microvegetais e das plantas. Mais ainda a vida animal. Quanto mais elevada é a espécie, mais lembra o homem. A nossa atitude para com os animais é reflexo do nosso amor pelo homem. Não devemos matá-los ou impor-lhes fadigas e sofrimentos sem razão suficiente. Eles não são gente, por isso o seu valor não é como o do homem. Podem ser sacrificados por uma finalidade humana, mas sempre com respeito e o mínimo de dor. “O justo conhece até as necessidades do seu gado”, diz o livro dos Provérbios. O grande objectivo será sempre o rei da criação. O homem evita tudo a quilo que é nocivo à vida: frio, calor, humidade, ar viciado. Há remédios contra a maioria das doenças. A saúde é coisa preciosa. Os milagres de Cristo confirmam isto.
Um aspecto mais gracioso, alimentar-se razoavelmente, vestir-se de modo correcto, habitação humana condigna, higiene corporal, tudo isto faz parte da solicitude pela vida. O principal, porém, é sempre a vida. O próprio Cristo disse: “Não vale a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que as vestes?” (Mt. 6,25). O cuidado pela vida está profundamente enraizado no ser humano.




“Não matarás” não contém apenas a proibição de matar pessoas. Inclui toda a solicitude pela vida, desde a lesão causada por malícia até ao que acontece por imperícia, negligência ou imprudência. Inclui o combate contra tudo o que diminui a vitalidade: ar viciado, transgressões ao trânsito, mercadorias estragadas, trabalhar sem moderação ou não trabalhar o suficiente, o que mantém muita gente em nível inferior. Beber demais também é destrutivo, bem como apelar para os tóxicos. Parecem intensificar a vida, mas criam dependências desastrosas. Para os nervos, o grande perigo é o ruído. É que não existe protecção. O homem pode fechar os olhos, mas não pode tapar os ouvidos. Também há prejuízos causados pela palavra, pela calúnia, pela inveja e pelo descanso. Ficou verde de inveja, diz o povo. É cor oposta às faces sadias.
Ama a vida. Ela merece os maiores cuidados. É a grande obra de arte que Deus fez.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Dia do Pai





O meu Pai
Mora num ponto do infinito…
Partiu num dia de primavera
Disfarçado de andorinha.
Era o começo de uma tarde
E o sol beijava a boca da terra
Partiu sem um grito
Sabendo que a sua casa
Era num outro lugar…
Ficou a dor só minha
E aquele gosto de quem espera
E não sabe que é em vão
Cresce devagar a saudade
E conta-se o tempo sem retorno.
Pai, que é feito da promessa
Que mágoa alguma nos separaria?
Que é feito dos teus versos
No dia dos meus anos?
Que é feito dos sonhos que fizemos?
Plantámos tudo num tempo
Por onde o amor passou…




Sei que é outra vez tarde
Num campo que é teu desvelo
E entre asas e voos
Não sei se de uma andorinha
Escuto a voz do vento:
Filha, trouxe a semente
E tudo aqui floriu
Sou dono de um canteiro
Onde há estrelas
Versos e flores
Não estou distante
Chego ao amanhecer
E em cada tarde
Para que não tenhas medo
Da noite escura
E sem que possas saber
Velo o teu dormir
E parto de novo
Num leve esvoaçar!





sexta-feira, 1 de março de 2013

4ª Aniversário do ZAMBEZIANA


23 de Fevereiro de 2009 - 23 de Fevereiro de 2013


Não, não me esqueci do 4º aniversário do meu blogue… Do 1º passo com que, muito a medo, iniciei este caminho… Mas foi um fim-de-semana de muito trabalho, resultante dos “Sins” que ofereço, de coração aberto… esquecendo o tempo para mim! Ainda bem!
Estar ao serviço dos outros foi sempre um ideal de vida e quis vivê-lo com um fogo interior, cheia de muitos propósitos, de cantares felizes, onde cada estrela fosse um poema e as searas, um mar profundo onde encontrasse o infinito… Mas o tempo é cada vez mais diminuto.
Chego a acreditar que o dia já não tem 24 horas… À medida que caminho na vida, parece-me que me faltam horas… Será que o tempo correu depressa demais ou fui eu quem se atrasou?
Terei entendido que as horas são feitas de minutos, de segundos e que tudo tem de ser aproveitado para que não fique cá dentro a sensação de vazio?
O caminho é difícil mas, convosco, acredito que chegarei até aonde me propus chegar.
A minha Amizade por vós não tem limites, senão, deixaria de ser amor.
Agradeço-vos de coração a vossa presença assídua na minha “palhota”, a qual nem sempre consigo corresponder de igual modo… Talvez o tempo me tenha trazido o sabor do cansaço, sabor que não era de todo meu conhecido… Gostaria de continuar a ser valente, com imensa força e de aceitar a vida e a morte com serenidade, acreditando que, se hoje se está perdido… amanhã a esperança nascerá noutro lado qualquer…
Na planície não verei bem os cumes onde quero chegar… Há que subir… subir… custe o que custar…
Hoje, estou feliz com a vossa presença e carinho… Este aniversário não faria sentido sem vós… e todos os outros que se seguirem.
Deixo um beijo a cada um e a certeza do meu carinho.