terça-feira, 24 de abril de 2012

As Velhas Árvores...



Há momentos nesta caminhada em que me não apetece nada… mesmo nada! Sou como as velhas árvores… preciso de silêncio, de estender os meus braços e escutar a voz do vento! Há verdes novos que vieram na viagem da luz e na visita da chuva.


Há orquestras de som que é preciso ouvir, coisas preciosas que, sem tempo, não as descubro.
Há catedrais de tanto verde que me convidam a começar de novo a cada minuto mas… é preciso parar! Somos sábios se com o tempo aprendemos.
Quero usar a palavra como se fosse uma dádiva. E vê-la frutificar em dons de amor. Lavrar e semear no velho terreno de baixo das frondosas árvores onde cantam as rolas…
Mas hoje, não me apetece nada, mesmo nada… a não ser olhar os troncos onde o tempo ficou aninhado num sulco de finitude. Vou parar e buscar a memória que anda em esboços por diversos cadernos e rascunhos que não passaram daí. Há cansaços de tantas respostas dadas a mil solicitações. Esforços de pássaros que não aprenderam a voar…
O meu coração bate ao sabor dos dias agora cinzentos de uma primavera que se cansou, também ela, de tanto florir. Está bem oleado mas procura a capacidade de saber parar e escutar as perguntas que a vida lhe faz. Vive demasiado depressa, demasiado dinâmico. Tem o feitio de uma agenda onde só há datas, funções e dias a cumprir numa agitação doida, seguindo uma corrente de impulsos ao sabor das ondas que ele próprio agita.
Telefones, telemóveis, e-mails, direcções e contactos. Está retalhado de todas as indicações para estar em todo lado e afinal, em nenhum.
Quero ser como as velhas árvores que se quedam no mesmo sítio e todos os dias são surpreendidas pelas notícias do vento, pelos pássaros deslumbrados na folhagem renovada, pelo ruído de passos leves e de beijos trocados com amor.
Vou parar por alguns dias… Às vezes, precisamos apenas de ficar quietos e passar depois à etapa seguinte.
Talvez me encontrem por entre as velhas árvores, sem relógio, sem agenda, tecendo com paciência um outro tempo onde cada palavra tenha um sabor diferente e a vida se beba devagar.
“Ouve a canção que está no meu coração e canta-a para mim quando a memória me falhar!"
Na próxima curva, estarei à tua espera, partilhando sentimentos como os amigos fazem quando dão força às pequenas coisas e descobrem juntos o horizonte para além da estrada.

Parque da Lavandeira - Vila Nova de Gaia
Parque da Lavandeira - Vila Nova de Gaia
Hoje não, hoje não me apetece nada… fico com as velhas árvores!





segunda-feira, 16 de abril de 2012

Uma Mulher Diferente


Isadora Duncan nasceu em São Francisco a 26 de Maio de 1877, no seio de uma família de poucos recursos. O pai, Charles Duncan, tinha-se arruinado financeiramente em várias ocasiões mas a mãe, Mary Dora Gray, gozava de um certo prestígio como professora de piano. Isadora tinha três irmãos mais velhos. Quando o pai, um dia, abandonou o lar, sendo Isadora ainda um bebé, a vida tornou-se muito mais difícil para a família Duncan. Conheceram a miséria e aprenderam a sobreviver sem casa e sem dinheiro. Isadora detestava estudar mas com a mãe aprende o amor à liberdade, à beleza, à arte e à Grécia clássica. Nesta educação caseira não existe lugar para Deus e por isso, já na escola, Isadora enfrenta as professoras, contrariando-as em tudo! Recusa-se a assistir às aulas mas enfia-se na biblioteca municipal onde passa horas a ler os clássicos e os melhores escritores do seu tempo. Aos doze anos sabe mais da vida do que as raparigas do seu tempo. Decide pois dedicar-se à emancipação feminina, proclamando o direito de “todas as mulheres terem filhos apenas quando quiserem, sem prejuízo da sua honra”. Tal declaração na boca de uma jovem do século XIX era mais do que uma provocação, sobretudo na sociedade norte americana. Ao mesmo tempo, dança Beethoven, Schubert e Chopin… Inspira-se na sua música e sente-se fascinada pela filosofia dos poemas de Walt Whitman, poeta americano. Frequenta aulas de ballet por pouco tempo porque era contra dançar em pontas. Afirmava:” A dança deve sair da alma e não pode ser marcada em tempos e movimentos tão afastados da naturalidade e da liberdade”.
Dá aulas de dança a crianças ainda muito nova para ganhar algum dinheiro. Deixa São Francisco e parte para Nova Iorque, passando por Chicago. Aqui, apaixona-se por Ivan Miroski, um polaco, poeta, pintor e mendigo. Descobre que ele é casado e isso provoca-lhe uma profunda depressão.
A miséria continuava a ser a sua melhor companheira e aceita papéis numa companhia de pantomina e em teatros de terceira categoria para poder sobreviver. Com algum dinheiro, aluga um andar onde organiza um estúdio de dança. Pouco a pouco conhece gente importante que a convidam para dançar para eles e actua em recitais no Carnagie Hall.
Dança com pouca roupa como reacção ao ballet clássico.
Cansada de Nova Iorque, parte para Londres na maior das misérias. Aí, reencontra uma dama milionária que conhecera em Nova Iorque e que a convida para dançar para um público selecto mas minoritário. É o seu arranque. Todos se surpreendem com os seus pensamentos e as suas convicções sobre arte.
Mas ainda não satisfeita resolve ir para Paris que poderá ser o palco que ela tanto deseja. Conhece gente dos vários mundos da arte mas afirma sempre: ”Vim para a Europa para mostrar um renascimento da religião por meio da dança e não para dançar para burgueses vaidosos após um lauto jantar”. Foi acusada de destruir o ballet clássico. Foi pioneira da dança livre, sem restrições académicas, ou seja, daquilo a que actualmente se chama dança moderna.
A sua escola de dança, como dizia, era a natureza. Antes do corpo livre, era preciso libertar a mente. A sua rebeldia ficou bem patente na forma como se vestia: com pouca roupa, descalça e sem nada que lhe apertasse o corpo
A luta pela emancipação da mulher fá-la contrária ao casamento, o que escandalizava a sociedade de então. Embora tivesse tido quatro grandes paixões, apenas se casou com um que era russo e não o fez por convicção mas sim para que ele pudesse sair da Rússia. Segundo ela “ qualquer mulher que leia a acta matrimonial e a aceite merece as consequências. O amor não é assunto que se resolva com duas assinaturas”.
Finalmente decide viver na Grécia, a pátria dos clássicos que tanto ama. Dança entre as ruínas da Acrópole. Embriagada pelo ambiente, procura um local para a construção de um templo que seja escola de dança, seguindo as pautas da genuína música helénica. Compra um monte isolado de onde avista o seu amado Parténon. É Kopamos. Seria louca? Era mesmo assim, apaixonada por tudo o que fazia. “A Acrópole é a minha única fonte de prazer e inspiração” Mas Kopamos foi a sua ruína. Com poucos alunos parte para Viena e volta aos palcos e através de um agente famoso, consegue contratos na Europa. Mas não fica por aqui.
Ruma até à Rússia onde descobre a brutalidade do sistema que a choca. Volta para uma localidade perto de Berlim, onde conhece o famoso cenógrafo Gordon Graig por quem se apaixona e tem uma filha. Toda a cidade fala deste romance e Isadora convoca uma conferência onde fala sobre a dança, a arte e a libertação mas o escândalo é enorme. Torna-se no estandarte do feminismo. As suas actuações começam a dar frutos e a estarem completamente esgotadas. Termina a relação com Gordon e vai para Paris onde obtém os maiores êxitos. Conhece Singer, o rei das máquinas de costura, homem abastado que suporta todas as despesas da escola de dança. Isadora vive agora rodeada do maior luxo e apaixonada por Singer tem então o seu segundo filho. Três anos depois perde os seus dois filhos num trágico acidente que nunca esquecerá. Singer cansa-se da sua instabilidade e acaba com a relação.
Depois da morte dos seus filhos, perde o sentido da vida. Contudo, sendo uma mulher de vitalidade, reage e inicia uma viagem pela Europa. Em Itália dedica-se aos antigos hábitos: o amor livre. Fica grávida e regressa a Paris onde Singer a aceita mais o filho in utero que é de outro. Afinal Isadora é uma mulher especial!
Este filho, que lhe traria a alegria perdida com a morte dos outros, morre duas horas após o parto.
Mais uma vez renasce das cinzas e percorre a Europa já depois de Grande Guerra. Depois regressa a Nova Iorque onde Singer organiza uma grande festa em sua honra. Tem outra vez o publico a seus pés, o que dura pouco tempo…
A sua próxima paragem seria a Rússia. Quando de lá regressa e com o casamento desfeito com Serguei, está arruinada. Com o pouco dinheiro que tem viaja para Niza onde conhece Pablo Picasso com quem mantém relações.
Apaixonada por carros, enamora-se por um Bugatti e pelo seu vendedor por quem fica obcecada. Na noite de 14 de Setembro de 1927 os dois iam nesse carro quando, subitamente, a echarpe que Isadora levava enrolada ao pescoço se prende numa roda estrangulando-a!


Uma vida tão apaixonada e ao mesmo tempo tão trágica como a desta lendária bailarina foi retratada em filme.
Parecida fisicamente com Isadora, Vanessa Redgrave foi a actriz escolhida para interpretar esta personagem num filme inglês de 1968 que tive a possibilidade de ver e concluir que nem sempre o desejo (mórbido) de alcançar todos os sonhos pode trazer a felicidade.






- Texto parcialmente adaptado.


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Amor Partido


(História contada pelo meu pai)

Jorge olhava pela centésima vez o seu bonito relógio de pulso… O nervosismo era um formigueiro que começava a dominar o corpo todo. Vive-se atemorizado com a possibilidade de fracassar… era isso; às vezes o medo paralisa-nos. Mas medo de quê? Vivia com Maria Luisa um amor bonito desde os bancos do Liceu. Não conhecera outro amor e ali estava o desfecho natural e há tanto tempo esperado pelos dois: o seu casamento!
Da porta de entrada da Igreja olhou vagamente os convidados que já deviam estar na sua totalidade e poisou os olhos nos pais de Maria Luisa que, com um sorriso e um gesto de mãos, o convidavam à calma. Pensou na velha tradição: a noiva deve chegar sempre atrasada! Mas que raio, quem teria inventado tal teoria? Alguém por certo que nunca casara ou não tivera um amor. Olhou de novo o relógio: passava das 14 horas e o enlace estava marcado para as 13h!
Maria Luisa exagerava! Desceu até ao local aonde estavam os pais da sua noiva e a sogra descansou-o:
- Quando saímos, ela já estava vestida, as malas prontas para a vossa viagem de lua-de-mel e aguardava apenas que chegasse a cabeleireira para a pentear e colocar o véu! Sabes como é, quer ficar ainda mais bonita para ti…
Jorge sorriu enlevado e pensou que a compensaria de tanto esforço.


O futuro sogro fez-lhe um reparo:
- O teu padrinho e amigo também ainda não chegou… Jorge despertou.
- É verdade! Se calhar perdeu-se, ele já não vem a Lourenço Marques há tanto tempo… Bem lhe disse que apanhasse um táxi!
Enquanto subia de novo a escadaria da Igreja, pensava em Sérgio e na amizade que os unira sempre. Tinham sido colegas na primária, embora Sérgio fosse dois ou três anos mais velho e vizinhos durante o tempo que Sérgio permaneceu em Moçambique. Os aniversários eram comemorados sempre juntos na casa um do outro. Quando Sérgio foi estudar para a África do Sul, Jorge pensara que perdera um amigo. Mas não! Enquanto teve a família em Lourenço Marques, Sérgio vinha todos os anos passar férias com os pais e lá vinham as festas, os passeios e as idas à praia como antigamente. Posteriormente, a família mudou-se toda para a África do Sul para estar mais perto do filho e irmão. Sérgio era agora um arquitecto famoso à frente de uma grande imobiliária. Nunca mais voltara a Moçambique. No entanto, nunca cortara os laços com Jorge que por diversas vezes fora convidado de Sérgio e família na grande cidade sul-africana. Apesar do poder e bem-estar conquistados, Sérgio continuava o mesmo rapaz simples da Polana!
Jorge não hesitou na escolha de padrinho para o seu casamento. Sérgio sentiu o convite como uma homenagem à amizade e aceitou com alegria. Combinou então que deixaria o seu mês de férias para o grande acontecimento. Queria rever a sua terra natal e os velhos amigos da sua infância.
-Não vais conhecer Lourenço Marques! A nossa cidade expandiu-se, está linda e moderna!
Já sabes, ficas em minha casa, não permitiria outra coisa…
-Agradeço-te, meu caro, mas prefiro que me arranjes um bom hotel e me alugues um carro pois quero dar uns valentes passeios… e tu, estás em vésperas de te tornar num homem sério e respeitável e tens muito que fazer!
Levou consigo Maria Luisa quando foi buscar o amigo ao aeroporto. Em jeito de brincadeira, mas carinhosamente, este disse-lhe:
- Jorge, os meus parabéns pela linda morena que arranjaste para tua mulher. Se houver outra igual por cá caso-me também…
Maria Luisa ficou mais ruborizada que um pimento e não conseguiu dizer uma palavra.
Jantaram todos juntos na casa dos pais de Jorge e as novidades foram surgindo aos poucos.
- Compramos um apartamento muito moderno perto da casa dos pais da Maria Luisa… já sabes filha única, há que contentar os sogros. A decoração está a cargo da minha noiva que tem muito bom gosto… como ela já está de férias poderá mostrar-te o nosso ninho e tu, como perito na área, poderás dar a tua balizada opinião…
- E tu, não tens férias? – Perguntou curioso.
- Só uma semana antes do casamento. Guardei o resto do tempo para a nossa lua de mel… E sorria para Maria Luisa com um ar de cumplicidade…
Jorge olhava de novo o relógio… Desapertou um pouco o nó da gravata, sentiu que a tarde estava mais quente que o habitual. Procurava desesperadamente assegurar-se que tudo estava bem! Mas o relógio da Igreja deu uma badalada… Uma hora e meia depois da hora estipulada? A esta hora já devia ser um homem casado!
Desceu de novo as escadas até junto dos seus futuros sogros e sentiu que também eles estavam inquietos.
- Vamos a casa num instante… pode ter acontecido alguma coisa e a Maria Luisa estar até a precisar de ajuda…
- Vou convosco – disse sem pensar.
-Não, não. Seria deselegante, fazes as honras enquanto a noiva não chega.


Mal chegaram a casa, estranharam ver as janelas todas fechadas e um pesado silêncio caiu sobre eles. Ao abrirem a porta chamaram:
- Maria Luísa! - Correram ao seu quarto. Havia um perfume suave no ar. O vestido de noiva estendido sobre a cama era um desmoronar dos sonhos daqueles pais. Encostado à almofada de rendas um grande envelope branco chamou-lhes a atenção. Abriram-no de imediato:
-“Queridos Pais, perdoem à vossa filha que parte para a felicidade, depois de ter descoberto o verdadeiro amor. Casámos esta manhã pelo civil. Sei que o Jorge não merecia isto mas, um dia, ele há-de compreender. Deixei-lhe uma carta no apartamento e espero o seu perdão. Amo-vos muito e quero-vos na África do Sul a viverem perto de nós. Acreditem que estou muito feliz.”
Que sabemos nós do mistério que envolve as pessoas? Onde estão as palavras, sólidas como colunas, para explicarmos a nós próprios e aos outros, os nossos fracassos, os nossos enganos e as muitas perdas que vamos experimentando na vida?
Não sei o que aconteceu ao Jorge. Sempre acreditei que a destruição e a derrota dos nossos sonhos, numa leitura serena e confiante, é apenas aparente. Que, nessa base, pode ser edificado o sonho mais positivo de todo o nosso trajecto de vida.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Aniversário


Hoje faço anos! Meu Deus, o meu coração envelhece jovem… Não quero pensar no tempo para não enrugar a minha alma e continuar a amar os outros. Estou satisfeita comigo e com a vida mesmo nos dias cinzentos em que as sombras me envolvem!


O meu caminho é a minha medida! Hoje, sento-me um pouco à beira desse caminho… Com as mãos sobre os olhos vejo o meu passado com a distância que me é possível… Lembro-me do último postal cheio de versos (era assim todos os anos…) que o meu pai me ofereceu no dia do meu aniversário. Da minha mãe que me enfeitava o dia com muitas surpresas agradáveis… Dos amigos, tantos, meu Deus… Dos que me amaram e que já partiram… Da minha casa onde fomos tão felizes… Do meu cão que cresceu comigo… Dos milhares de sonhos neste rio da minha vida, com o meu nome e o meu rosto…

Hoje subo esse rio da minha memória…

Nasci num dia 3 de Abril, quente e perfumado, no quarto nº 3 do Hospital Distrital de Quelimane, ali a cinquenta metros do Rio “Bons Sinais”… Terei sido um bom sinal para os meus pais, família e amigos? Tenho feito por isso e à medida que uma ruga me surge no rosto, transfiro-a em forma de rosa para o meu coração para que a possa dar aos outros.

“É proibido esquecer o amor” Também tenho um passado mais recente que me deram um marido e um filho maravilhosos. Nem tudo foi como eu queria? Claro que não! Quem pode dizer que teve tudo? Curiosamente, do muito que recebi, nada pedi! Também não pedi a cruz mas tinha, por certo, a dimensão dos meus braços.

Dada a situação das coisas, tenho de agradecer quarenta e dois anos de trabalho que me proporcionaram uma reforma tranquila. Talvez a minha oração de hoje deva ser apenas um pedido para continuar o meu caminho com a mesma vontade de sempre!


Hoje, queria um dia diferente. Que o dom da vida fosse partilha do melhor que tenho. Queria cantar (eu que não sei cantar…) e dançar à volta de uma mesa, cheia de coisas doces em cima da toalha mais bonita da minha mãe! Queria encher-me de música e de poesia e olhar demoradamente cada uma das coisas a que chamo minhas. Queria conviver com os amigos e brincar com as crianças a quem dedico os meus sábados.

E o futuro? Sei que é muito mais curto do que todo o caminho percorrido! Deixo-o nas mãos de Deus… como sempre o fiz. Queria ainda apanhar papoilas e semear por entre elas gestos de felicidade por todos quantos me rodeiam… Queria que todos fossem mais solidários entre si nesta viagem misteriosa que é a vida.

Queria ainda ver o meu país com trabalho para todos… Que os jovens pudessem sonhar e ver os seus sonhos realizados… Que Portugal continuasse a ser um cantinho de brandos costumes à beira mar plantado…



E há ainda meia dúzia de sonhos para pôr de pé… Conseguirei? Pelo menos é essa força, essa fé, que me leva a esperar com determinação que os possa colher numa curva qualquer da minha estrada… Então, poderei adormecer com um sorriso nos lábios e dizer: Valeu a pena!

E sem presunção que os amigos possam acrescentar: “Hoje, o mundo ficaria mais pobre se tu não existisses”.


Hoje, faço anos!