
Há qualquer coisa de solene na despedida de um ano…
Não é apenas mais um, é também um a menos. Procuro tomar-lhe o peso… E, feitas as contas do deve e haver, dou-te graças Senhor da Vida, que me susténs e conduzes.
Nem sequer te pergunto por quantos anos continuarei a contar os passos do sol.
Sei que um dia, como meus pais, partirei num pequeno navio e que me fundirei no corpo da terra. Peço-te apenas que possa então dormir o sono vertical das árvores.
A luz dói à sombra. Retira-lhe a máscara. Descobre-lhe o olhar inquieto, a ambiguidade dos gestos, a mentira das raízes. Por isso, a sombra em bicos de pés e com subtis artimanhas, repele a luz.
É esta a nossa dialéctica quotidiana. Por isso, neste novo Ano, queria ser como essas plantas que fogem da sombra e à procura da luz erguem os caules, perseguem um sol que não conhecem, mas a seiva é dele sinal e memória.
Somos tão grandes, Senhor, quando capazes de proclamar o dia em plena noite, de sofrer sem chamar pela morte, quando capazes de ouvir cantar as galáxias e celebrar a beleza, a tanta beleza que há no mundo.
Senhor, a tua bênção para nós neste novo Ano…

UM FELIZ ANO NOVO PARA TODOS OS MEUS AMIGOS, SEGUIDORES E… PARA AQUELES QUE PASSAM E DESCANSAM NA PALHOTA!
QUE EM CADA DIA DOS 365 DIAS DE 2011, SAIBAMOS REINVENTAR O SONHO E O ENTUSIASMO!
GRAÇA