terça-feira, 16 de agosto de 2011

O Prémio


- História contada pelo António, posteriormente meu colega de Colégio.


Ah! A terra vermelha da Morrumbala… Pegava-se à pele, à alma e à nossa vida!
O que mais gostava, nas nossas férias, era aquela liberdade de horas, de horizontes e de paz.
Ao lusco-fusco, as montanhas à volta tornavam-se lilases e à medida que o sol se escondia por detrás delas eram de um roxo forte, próprio para a despedida do dia.
A vila era pequena mas simpática. Na selva farta que servia de moldura, existiam várias clareiras onde se arrumavam a Missão, a Igreja, posteriormente o Colégio das Irmãs do Sagrado Coração de Maria e muitas cantinas (lojas do mato) que prosperavam no seu negócio muito variado. Os campos arroteados para as sementeiras mostravam pomares abrigados e um mundozito de coisas. Naquelas solidões de África era preciso ter à mão o indispensável para o dia-a-dia e para qualquer imprevisto. Os vizinhos ajudavam-se mutuamente e havia sempre alguém com uma bicicleta para ir levar o recado quando o telefone não funcionava ou até nem existia.
António, filho único do administrador da terra, andava na 4ª classe e sempre com bons resultados. Sua mãe era professora e continuava em casa aquilo que dera nas aulas.
Filho tardio de um casal que andara sempre em bolandas pelo interior da Zambézia, era cuidado como uma flor de estufa, principalmente pelo lado maternal.


Todos os anos, após os bons resultados escolares, António pedia como prenda uma bicicleta que lhe era prometida mas sempre negada a sua concretização.
A mãe conjecturava com o marido:
- Tu já viste o perigo que é o nosso filho numa bicicleta? Morrumbala não é plana… ele voaria por cima das descidas e subidas da estrada…
- Então não lhe devias ter prometido nada! Todos os anos é uma tortura para o rapaz!
António gostava de ir ter com o pai à Administração e este nem sonhava o que acontecia com o filho enquanto trabalhava no expediente do dia.
Um cipaio negro, amigo de António, emprestava-lhe de vez em quando uma velha bicicleta para ele fazer o gosto ao dedo. A bicicleta não tinha guarda-lamas, as rodas torciam-se num oito numa dança maluca e o selim afundava-se todas as vezes que havia um salto!
Uma bela manhã, António foi para a estrada de saída, estrada nacional que ligava a vila a Quelimane, cheia de subidas e descidas. Numa dessas descidas, António tirou as mãos do guiador, deixou de dar aos pedais e abrindo os braços gritou:
-Vou voar! Vou voar!
O cipaio correndo atrás dele esbaforido dizia-lhe:
- Menino pára, pára… Menino vai é para o hospital!
Quando chegaram os dois ao fim da extensa lomba, caíram exaustos.
O cipaio atreveu-se:
- E agora para subir? Olharam a vila muito altaneira, quase inatingível…
- Esperamos um pouco. - disse a António a arfar mas feliz da vida.
Tiveram sorte. Ouviram o roncar de um motor de carro e puseram-se atentos.
Era a camioneta de um dos indianos lá da vila. O homem parou e perguntou:
-Querem boleia? - Doces palavras! Num instante estavam em cima de uma montanha de mercadoria que o indiano fora buscar à capital.
Ronceiramente foram subindo a encosta e a cada solavanco quase voavam os três: António, o cipaio e a ginga!
Quando chegaram à Administração era hora de almoço e o pai já andava num desassossego olhando o relógio e a estrada.
António contou tudo ao pai. À noite, o marido teve uma conversa com a mulher:
- O nosso filho vai para o ano para Quelimane para continuar os estudos… Com certeza que não vais atrás dele! É um jovem responsável, precisa de crescer e de preparar o seu espaço, por isso, este ano, vamos dar-lhe uma bicicleta que bem a merece!
Quando António viu a sua nova bicicleta, estourou de alegria e, claro, preparou-se para um passeio!
A mãe gritou-lhe:
- Só aqui à volta do jardim! - O pai acudiu:
- Podes andar pela vila toda mas com cuidado!
António passou a fazer esse circuito, várias vezes ao dia mas controlado pelo relógio da mãe que quase desmaiava quando o filho chegava a casa com uns minutinhos de atraso!
Aquela mãe manipuladora sofria também com estes cuidados excessivos.
Um dia o pai chegou a casa e perguntou ao primeiro empregado que encontrou:
- O menino não saiu de casa? O empregado baixou a cabeça e respondeu:
- Xi, menino está muito triste… passou todo o dia na varanda e nem comeu!
O pai aflito dirigiu-se logo para a varanda para saber o que se passava com o filho e o que viu deixou-o atónito.
António sentado numa cadeira de palha olhava nostalgicamente para a bicicleta pendurada no tecto com umas cordas e suspirando imaginava as voltas que podia dar ou poderia ter dado num tempo de férias e num dia em que o sol, espreitando por entre as árvores, se ria dele.


81 comentários:

  1. Terras e gentes quem nem a todos trazem semelhantes memórias
    umas são nostálgicas
    outras alegres e boas
    outras ainda sem outro sentido
    que não seja um tempo para ser esquecido
    em embora, sem querer,
    não o conseguir esquecer

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  2. As bicicletas e as histórias.

    Também tenho as minhas e ainda consigo ouvir os gritos do meu irmão "Não m'a estragues!", "Olha o muro!" "Já tem um arranhão!" e ainda vejo aquele acto de afinação da direcção e, à noite, as corridas cronometradas que se faziam no passeio e o meu irmão todo arranhado e ensanguentado por ter, literalmente, voado e aterrado, derrapando, na terra batida da carreira (zona onde, dentro do jardim, se deixava o carro).

    Beijo

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  3. Gostei da história, a liberdade que se sente em cima de uma bicicleta é maravilhosa.

    BeijooO*

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  4. Olá Graça
    Linda estória. Muitas mães são superprotetoras achando que estão fazendo o melhor para os filhos, e as vezes estão a prejudicá-los.
    Bjux

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  5. Graça voltou! Eu já estava me contorcendo de saudade, igual ao Antonio com vontade de andar de bicicleta, rs.
    Minha amiga, mãe controladora é um problema...mas é mãe. Meu pai, felizmente, era um grande ciclista e muitos tombos eu levei até me ajeitar no celim e no guidom. Daí por diante, ninguém me seguraaaaaaa!!!
    E lá vou eu, amigaaaaa![risos]
    Uma maravilhosa semana e fique com Deus nesse lindo coração!!!

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  6. Boa Tarde, Graça:
    mais uma passagem das muitas histórias e vivências em terras de África. Tb tive as minhas, embora de uma outra forma, quando estive em Angola no serviço militar.
    A bicicleta em África... é TUDO! Para mim -que ando de vez em quando numa- é a saudade daquela que eu tive lá para os 15/16 anos.
    Em relação ao texto, o que mais me impressiona é as côres e cheiros que descreves sempre com tanta minúcia. Parece que estou lá...!!!
    Beijo, Amiga
    do
    RUI

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  7. Graça querida
    Adorei ler mais uma linda estória como sempre são as suas, que de uma ou outra forma me faz recordar sempre algo da minha infãncia.
    Eu nunca tive nenhuma bicicleta mas quando apanhava o meu pai distraido ia dar uma volta na dele, mas era tão grande que eu andava por debaixo do quadro o que não me dava grande equilibrio, por vezes meu pai descobria poque eu magoava-me e não lhe mentia, era a verdade que fez com que ele nunca me batesse.
    Beijinho

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  8. AMIGA

    Estive uns dias fora... Andai por este Portugal.
    Visitei Amigos ,Matei saudades.
    espreitei sempre o blog mas...não escrevi.
    Hoje...
    Voltei.
    E vim deixar beijinhos

    Gosto-te... De Verdade

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  9. Amiga Graça como sempre uma história excelentemente narrada que nos prende até ao final. Fiquei com pena do António, mas será que o pai não conseguiu convencer a mãe a deixá-lo andar novamente?
    Beijinhos
    Maria

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  10. Olá Graça

    Recordações da nossa África que vivem em nós...

    Uma narrativa soberbamente descrita que me prendeu até ao fim.

    Amor de mãe , um pouco exagerado.

    Bjs

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  11. Que linda história essa!Adorei!Teu jeito de contar é lindo! um beijo,tudo de bom,chica

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  12. Uma história comum, parecida com as que vivenciei
    mas que se torna bela, pela beleza da narração,
    do cenário, da infância...
    Gostei do que li, vou voltar...
    Beijo,
    Lúcia

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  13. Basta-me um pequeno gesto,
    feito de longe e de leve,
    para que venhas comigo
    e eu para sempre te leve...

    Cecília Meireles

    Beijos poéticos......M@ria

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  14. Amiga Graca,

    Bem haja pelas consideracoes!

    O artigo ja foi, pelo jornal noticias, publicado!

    http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/1273452

    Miller A. Matine

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  15. Preciso calibrar os pneus da minha e comprar umas joelheiras. Um abraço, Yayá.

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  16. Amiga Mágica de Ouro:
    Uma descrição fantástica dos seus anos em África.
    Penso que nunca os esqueceu.
    O seu texto está concebido de forma profundamente poática e sublime.
    Parabéns. O seu encanto literário fascina e maravilha.
    Beijinhos amigos de respeito, gratidão e estima elevada.
    Sempre a admirar o seu talento ímpar e notável.

    penA

    È EXTRAORDINÁRIA.
    A SUA PUREZA E BELEZA DA SUA ESCRITA GIGANTESCA APAIXONA.
    BEM-hAJA, ESCRITORA DE SONHO.
    FANTÁSTICA.
    ADOREI.

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  17. Minha querida Gracinha, graças a Deus já estou melhor, passei mal mas já lá vai.
    Obrigado pelo lindo comentário que me deixou adorei a sua visita pois já tinha saudades, lindas são as narrativas dos seus lindos tempos de menina são saudades que jamais se podem apagar, fica com Deus e os anjos, beijinhos de luz e paz imensa...

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  18. Gostei!Sentir liberdade em cima de uma bicicleta..eu ia já andar numa ..mas era daqui para fora..
    Beijinhos
    Aparece gosto muito de ler as tuas "histórias"
    Beijinhos
    Graça

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  19. Graça amada!
    Primeiro digo da alegria de sua visita...sempre me deixa feliz. Das suas histórias, elas me trazem o gosto bom da infância, as "brigas" com as irmãs e a saudade constante de minha Pãe.
    Beijuuss n.a.

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  20. As mães de tanto amor por vezes exageram...Eu,
    não sendo rapaz adorava bicicletas e tenho
    histórias, por causa delas. Hoje não ando de
    bicicleta, sei lá porquê...ou sei!!!
    Beijinhos e tudo de bom para si.

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  21. ...regosto mio
    mia su cálida
    jara que de tí
    en tú camino
    atravieso,dale
    y dile a ella
    que aqui estuve
    zarza del viento
    y jazmin con miel
    en sus labios
    que para ti rosa
    GRACA amiga mia
    mio de mi alma
    alma alma en tí
    tu senda ya
    luz del amanecer...




    un fuerte abrazo repelto de rosasblancas:



    j.r.s.

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  22. Graça!

    Quando criança também desejei muito um bicicleta nova,pois a minha era feita de pedaços de várias bicicletas velhas!

    Jamais a consegui e creio que se a tivesse possuído também e colocaria como uma pintura em um quadro...

    Doce história!

    Um beijo!

    Sonia Regina

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  23. Olá Graça! Que prazer imenso foi a tua visita a meu novo cantinho;o)
    Estava com intenção de vir aqui convidar-te mas fui de férias duas semanas, e o tempo corre, corre...
    Essa história de bicicleta é uma delicia, e faz-me lembrar toda a alegria que tive quando ao fim da sexta classe recebi de meu pai a minha primeira bicicleta. Uma bicicleta de 2° mão e que tinha comprado à filha de um imigrante rico que em um ano ou dois, fez construir meia dúzia de chalets para alugar aos turistas no pinhal do Sitio da Nazaré, muito pertinho da nossa casa;o)
    Enfim, há dias com alegria e dias com frustação. E tanto um como outro, ensinam a vida!

    ¤ Big BIZZZOUZZZ et belle fin de semaine à l'avance ¤
    Cremilde.

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  24. Muito lindo e emocionante texto repleto de belas e naturais imagens.Beijos

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  25. Graça querida, toda vez que leio essas tuas estórias me delicio... visualizo as imagens como se um filme passasse pela minha imaginação. Tens o dom, minha amiga, tens o dom! Beijos,

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  26. Bela forma de contar, num texto onde a beleza impera. Não sabia de ti, não te encontrava, só
    agora, num blogs a quem nunca escrevi te encontrei. E gostei que o meu desejo se realizasse.

    O relato do facto é lindo!

    Um beijo,

    Mª. Luísa

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  27. Texto empolgante e fotos magníficas!
    Passando pra te dar um grande beijo brasileiro, querida Graça!!!

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  28. Olá Graça. Mais uma bela história. Estou de volta depois de um período de férias. Beijos e saudades.

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  29. Olá, Graça!

    Decidiste fazer um desvio ao presente e voltar atrás no tempo, que se percebe fazes com imensa satisfação e prazer:Regressar ao lugar das coisa simples, em que uma vulgar e maltratada bicicleta conseguia fazer a felicidade de gente igualmente simples - como o António.Como os tempos eram então diferentes ...!
    Conseguiste dar um cheirinho a África a esta história cheia de cor, e lindamente contada - como sempre.Parabéns!

    Beijinhos, bom fim de semana.
    Vitor

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  30. GRAÇA
    è mesmo a minha flor




    A ti...
    Flor de porcelana...
    Que no meu jardim...
    Floria...
    E me deixava feliz...
    E que recordo...
    Com muita saudade...
    E deixo...
    Nestas linhas...
    Uma singela homenagem...
    À flor...
    Mais linda...
    Que Angola tem...
    E que o mundo já viu...

    LILI LARANJO

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  31. Querida Graça!

    Não te preocupes, por favor.
    Tal como tu, também eu tenho estado mais fora do que dentro e muito ausente destas lides...
    Olha amiga, mandava-te com muito gosto a morada e até gostava que me viesses visitar. Estamos sempre a falar nisso e nunca concretizaste a tua promessa.
    Acontece que tive uma avaria no computador e perdi os contactos de todos ao amigos. Estou a tentar recuperá-los.
    Nem Skype, nem MSN, nem e.mail.
    Contacte-me, quando puderes.

    Volto mais logo para ler o teu conto e comentá-lo.

    Beijinho

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  32. Estou colhendo cada gota de esperança pra transbordar em versos de felicidade.

    (Sirlei L. Passolongo)

    Beijos e o meu carinho....M@ria

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  33. Olá querida.
    Tudo bem?
    Que linda história!
    Passei para desejar um bom fim de semana.
    Beijinhos,
    M. Céu
    http://coisasgirasmcf.blogspot.com/

    P.S. Já enviei email com os preços das bolsinhas.

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  34. Olá querida amiga graça
    mais uma bonita história
    essas coisas de criança
    ficam sempre na memória

    O António sempre quis voar
    suas asas não tinham penas
    o pior de tudo foi ao poisar
    fez umas arranhadelas pequenas

    Os seus pais eram protectores
    e quando isso é em demasia
    torna-se as vezes em opressores
    não deixando espaço à autonomia

    É preciso deixa-los voar
    como fazem os passarinho
    não estar sempre com a asa no ar
    ai coitadinhos coitadinhos

    Está uma mãe protectora
    mesmo aqui juntinho a mim
    já passa muito da hora
    que disse para ele estar aqui

    e ele já tem asas e penas
    mas ainda não sabe voar
    porque a mamãe galinha
    está sempre a cacarejar

    Aquela dos Troikianos
    até me fez doer a barriga
    de tanto rir

    Um beijinho grande grande,
    José.

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  35. Ah, o lusco-fusco! O mormaço embaçando a paisagem e todo o vermelho esfumaçado ao fundo!! Evoquei com sua história momentos nostálgicos! O primeiro amor, a bicicleta!!
    Bom fim de semana!! Beijus,

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  36. Graça
    Mais uma boa história pra se ler.
    Saibas que nunca me permitiram andar de bicicleta.
    A minha portuguesinha tinha medo de que me arrebentasse no chão.
    Mas não fiz isso aos filhos.
    Mas, confesso tenho lá minhas manipulações com eles.
    Beijinhos

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  37. Minha querida Graça

    Tu tens o condão de nos prender às tuas letras do princípio ao fim...são histórias de todos nós e a maneira como as escreves, quase que nos transportamos no tempo e até os cheiros e as cores dá para sentir...adorei.

    Deixo um beijinho com carinho e se me quiseres conhecer mais um bocadinho, estou aqui:
    http://rosanazul-rosana.blogspot.com/

    Será um prazer servir-te eu a a Rozana uma chávena de chá.

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  38. O que teria feito a António para ser privado da sua bicicleta naquele dia? Coitadito!

    Amiga Graça, quando se começa a ler os teus contos não se para nem para por nada.
    A descrição do anoitecer marcou-me imenso. Gosto desse momento do dia, especialmente no Verão em dias quentes.
    Lindo.
    Parabéns e beijinhos



    PS. Continuo à espera que me contactes.
    Se não tens o meu mail, deixo-o aqui só para ti, depois remove-o.
    nafer1951@gmail.com

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  39. Nem somando todas as minhas dúvidas e incertezas
    não deixarei de seguir sempre em frente.
    Não é duvidas que trago no meu coração,
    mais uma convicção de que vencerei todos os obstaculos
    que hoje paresse não ter fim.
    Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem
    perder o que temos de melhor em nós a fé
    ,,bem maior que temos em nossas vidas.
    E isso não vou perder nunca.
    Hoje só quero deixar muito amor e carinho
    pois você mereçe tudo de bom
    nessa vida.
    Estarei aqui sempre que Deus me permitir
    você tem contribuido para que
    a cada dia me sinta mais forte.
    Creio posso viver melhor
    e muito mais feliz com seu carinho.
    Deus abençoe seu final de semana beijos no coração,Evanir.
    Muita paz no coração.
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
    Se queremos progredir, não devemos repetir a história,
    mas fazer uma história nova.(Mahatma Ghandhi)

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  40. Você tem um jeitinho delicioso de contar histórias...Junta as palavras e solta no coração da gente...Um beijo, minha querida.

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  41. Mais uma passagem das vivências em terras de África, tantas histórias contadas com esse jeito tão especial!
    Beijinhos

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  42. Oi Amiga , boa noite, adorei a historia o teu geito gostoso de contar, os dois lados da questão a do garoto querendo realizar o sonho andar livre em sua bicicleta, e a da mãe cuidadosa com medo que ele se machucasse, tenho certeza que encontraram uma solução, talvez com a ajuda do pai. Um abraço querida. Celina

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  43. Oi Graça,
    Fico feliz com o seu retorno e ainda trazes uma bicicleta para tornar mais doces as lembranças!
    Fiquei com dó do menino António... pois sei como é bom pedalar com liberdade.
    Beijocas.

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  44. Falar da infância é viajar no tempo, é mexer com as emoções. Linda essa crônica, e as fotos são de uma expressão muito forte, parabéns!Gostei muito da crônica e daqui, também já sou sua seguidora. Obrigada pela visita amiga, um ótimo domingo. Um abraço.
    Ivana - Reserva de Emoções

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  45. Olá amiga Graça!

    esta estória transportou-me no tempo.
    enquanto não tive a minha primeira bicicleta, andava descalço nos carreiros roubados ao mato, que de atalho serviam a brincadeiras do faz de conta. imaginava-me de bicicleta a exemplo de outros que as tinham. até que um dia com o primeiro ordenado aos 16 anos a comprei e fiz os ditos carreiros com ela, dei muitos tombos, mas valeu. hoje as brincadeiras dos miúdos passam pela tecnologia e sentados, salvo raras excepções.

    aqui respiro África, obrigado!

    beijo e kandandos meus... inté.

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  46. Amiga Graça passei para desejar um bom restinho de domingo e uma excelente semana.
    beijinhos
    Maria

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  47. Este comentário foi removido pelo autor.

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  48. Náo existe receita...para educar um filhos, beijo Lisette.

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  49. Graça passei para deixar um beijinho e desejar
    que esteja bem.

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  50. .

    .

    . e eu re.digo o Guma . por.que nesta página respira.se áfrica . como um fôlego cromático e um suspiro de dentro para dentro de um momento exacto .

    .

    . da qualidade da escrita à preciosidade in.equívoca e até rara das imagens . a vibração traduz um tempo . que embora passado . aqui é e será sempre tão vindouro .

    .

    .

    . um beijo . graça .

    .

    .

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  51. Teu amigo viveu essa aventura tendo à espreita uma mãe aflita a limitar s passos desses ousados vôos. Minha avó era na minha infância a dona do "não', embora meu avô, meu cúmplice de peraltices, fugisse comigo na garupa da sua bicicleta e eu voava por entre as plantações e caminhos tortuosos ode íamos em busca de aventuras para colher frutinhas no pé de árvores.
    Beijão querida.
    San

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  52. Graça,

    O meu beijo e o meu imenso carinho! Saudades!!!

    AL

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  53. Lamento que o António não tenha tido toda a liberdade que ardentemente desejava.
    Demasiada protecção nem sempre é boa solução na educação.
    Gostei muitíssimo da forma solta, fluída e rica como escreve.

    Espero ter a honra duma visita sua.

    Ana Sofia

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  54. Graça
    Bem mereceido estar publicado essa produção.
    O que é do humano em termos de construção do ser é tão igual na generalidade, tanto quanto as paissagens que são feitas dos mesmos componente. Diferentes e singulares, por outro lado.
    Amei o texto e identifico tanto dessa minha mesma época, desde a terra vermelha que se apega na pele e marca, assinala nossa ligação com a mesma, a terra.
    Aqui tudo bem.Desejo que contigo e os teus também.
    Beijos
    BELO TRABALHO

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  55. Olá Graça, que tudo permaneça bem contigo!

    Este texto me fez lembrar minha infância. Eu também tinha uma bicicleta e passava o tempo todo andando após a volta da escola, e foram tantos atrasos para o jantar, fazendo os deveres escolares porque parecia que nunca cansava, é isso, nunca me cansava andar de bicicleta, creio que foi a primeira sensação de liberdade que senti!
    Muito belo texto Graça, como sempre tem postado por aqui, parabéns!
    E grato por tuas sempre gentis visitas e comentários desejo que você e todos ao redor tenham intenso e feliz viver, abraços e até mais!

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  56. Olá querida.
    Vim desejar uma boa semana e avisar que há sorteio no meu blog.
    Beijinhos,
    M. Céu
    http://coisasgirasmcf.blogspot.com/

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  57. Gracita, adorei sobre o que disse sobre a ESPIRITUALIDADE em minhas páginas e muito me toca,pois conheço muito sutilmente a tua história de vida e da tua perde que tanto amava.
    Acho-te forte, sensível e resignada dentro da tua serenidade que é plenamente visível.
    Abraços, minha amiga muito querida!

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  58. Passei muitas vezes férias na Morrumbala e tens razão, aquela terra vermelha (que nãohavia em mais lado nenhum) ficou para sempre agarrada às nossas vidas e recordações!
    Beijo
    Teresa (Quelimane)

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  59. Minha Querida Amiga Graça,
    Coitado do António ... Ter uma Mãe destas é fogo!
    Quanto às terras vermelhas isso não é só na Morrumbala pois apanhei com elas em diversas zonas de Moçambique mas igualmente em Angola. A propósito lembro-me de duas viagens uma em "comboio auto" em Angola, de Nova Lisboa a Dalatando, e outra de comboio em Moçambique, de Nacala a Catur, onde quando as terminámos ao tomarmos banho para tirar o barro que tínhamos no corpo, resultado do pó com o suor, entupimos as canalizações... Foi um sarilho para as desentupir!
    Estórias cheias de saudade...
    Beijinhos muito amigos.

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  60. Olá amiga bom dia:

    Uma bela história que em parte me faz recordar aquelas terras vermelhas.

    Por algumas também passei e que tanto recordo com muita alegria.

    Aquilo que nos fica gravado na alma jamais será esquecido e tu, aqui vais deixando bons lugares de recordações sem fim contadas com a primazia que de ti sai com muita eloquência.

    São sempre histórias belas que marcam umas datas e momentos muito felizes.

    Naqueles terrenos vermelhos, o cheiro da terra era como um bálsamo vindo do céu sobre as nossas cabeças.

    Bela história amiga e, a bicicleta que naquele tempo era quase um luxo para alguns, hoje é considerado um brinquedo que através das novas tecnologias se vai esquecendo no tempo.

    Mais uma história que fica gravada aqui neste teu tão belo Blog.

    Bjos, felicidades e tudo de bom te desejo.

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  61. Pelo visto tuas férias foram preciosas, diante do texto vejo a riqueza que foram. Olá amiga vim depositar um beijinho e te convidar para uma festa no dia 1º de setembro o convite se encontra na Ilha e dia 3 chegarei em Portugal, quem sabe dê para marcarmos um encontro. Um restinho de semana com muita luz e paz!

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  62. Tua presença é constante
    a saudade permanente;
    vejo-te nas estrelas
    sinto a tua luz...

    Marisa de Medeiros

    Amor & Paz prá voce! M@ria

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  63. Amiga de Ouro:
    Conta-nos histórias de fascínio. Retrocede no tempo com um valor indescritível na sua escrita de sonho.
    Parabéns sinceros. Já lho tinha dito no comentário anterior, mas é um privilégio estar aqui, neste "cantinho" admirável e sublime.
    MUITO OBRIGADO pelo "documento" da sua visita linda que já registei no que sou.
    Beijinhos amigos de respeito e estima pelo seu talento gigantesco.

    pena

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  64. Bom dia Graça
    Mas que bela crónica. Viver em África enche-nos a alma de histórias e de vidas simples mas cheias de ternura e de um encanto único.

    É preciso esquecer o drama da guerra e olhar toda aquela floresta carregada de silêncios e sentir cada pessoa na sua simplicidade de vida.

    Gostei muito desta crónica. Relato de uma época onde também fomos e fizemos história.

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  65. Hummm... A mãe desse texto se parece muito comigo, rsrs.
    Amiga, seus textos sempre me prendem à leitura pelo conteúdo e habilidade com que são escritos.
    Aplausos!!!

    Amada,
    Tua amizade sincera e pura
    Ilumina meu céu...
    Acorda a aurora, faz minha vida raiar
    Leva embora a tempestade
    E meu Sol volta a brilhar!

    Carinhos mil pra ti, viu?
    Beijos
    Suelzy

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  66. ...LUZ
    DORA
    ORO
    DI
    AGOSTA
    DEL
    ALMA
    PARA
    TI
    GRACA...



    UN FUERTE ABRAZO :

    J.R.S.

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  67. Uma bela história,em narrativa angelicl,escrita por uma da vida ninfa,como se fosse,voce permanece em meu peito,amada amiga fraterna!

    viva la vida

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  68. Conheci a Morrumbala e era uma lugar aonde apetecia passar férias.
    Monhé

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  69. Graça, finalmente chegou o meu prémio do concurso do seu blog. Foi uma satisfação imensa. Vou guardá-lo num lugar de hora entre os meus troféus.
    Os Correios estão passando por uma crise, demorou demais, mas valeu a pena a espera.
    Estou lhe escrevendo por aqui porque não achei o seu e-mail. Então dizer alguma coisa da sua crónica; uma história sensível que a memória pedia para ser contada. Gostosa de ler, de imaginar o ambiente, aquela atmopsfera tão diferente e tão igual - isto é, que parece tão próxima da gente.
    Um abraço amigo.

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  70. José Carlos
    Fiquei feliz por ter recebido o seu prémio (merecido) Pensei que tivesse ido a pé ou..a nado!! Para a semana iria reclamar através do registo... Na hora!
    Beijo e boa semana.
    Graça

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  71. Porque é que se dizia que as galinhas de Morrumbala não tinham moela? Nunca soube, mas o que é certo é que comi lá dois dias e moela é mentira...
    Abraço do Zé

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  72. Graça

    sempre bom passar por aqui e ver as tuas recordações...

    Tenho livro novo...

    O Meu livro o meu amor...
    deixo para ti com carinho


    ....
    Um livro é sempre um passo em frente na nossa vida.
    Este meu livro tem um sabor especial.
    é o meu mimo às crianças que diariamente comigo estiveram e estão nas escolas por onde passo.
    Coloquei nos contos, um encantamento especial espero que entre no vosso coração.

    Um beijo

    Cidalialaranjo@yahoo.com.br(9.90)

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  73. Uma bonita história de África, Graça, onde a descrição ambiental é tão perfeita que nos sentimos transportados para dentro dela e dos vastos horizontes de um Continente de sonho...

    Beijos

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  74. Um dia todo lindo pra ti minha amiga,,,beijos e muita poesia pra ti.

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  75. Já estava com saudades de visitar a tua casa, Graça, mas, não tenho estado em casa e a internet se torna menos acessível; hoje vim a Famalicão e vou aproveitar para visita os amigos. Adorei a história que nos leva a essa maravilhosa África com os seus cheiros e caracteristicas bem distintos. Mas, apesar das diferenças, há na história factos que se assemelham aos de qualquer outro continente; em todos há gente que anseia por um pouquinho de liberdade, nem que seja só a de ir e vir em cima de uma bicicleta, seja ela nova ou a cair aos pedaços; mães preocupadas em excesso e que por isso não dão aos filhos a liberdade de voarem quando já estão prontos para isso, há muitas em cada canto e esquina; esquecem-se que um dia eles voarão, com permissão ou não e que muitas vezes darão valentes tombos só porque não os deixaram aprender a voar na altura certa. Adorei o post e brevemente aqui me terás de volta. Fica bem e um grande beijinho
    Emília

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  76. "Amigo é assim...
    Um verso, uma canção...
    Um riso, um abraço.
    Um ombro.
    Uma irmão de Coração."

    Sirlei L. Passolongo

    BOM FDS E BEIJOS MEUS! M@ria

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  77. Graça,
    Uma bela história, forjada na memória dum tempo em que as coisas eram temperadas na segurança dos afectos...

    Beijo :)

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  78. áfrica tua

    vossa

    desejava apenas um cheiro, a manga ou a banana talvez

    com ele, posso inventar um lugar que desconheço onde o António cresceu

    um beijo

    manuela

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  79. Para um rapaz ficar sem a bicicleta, é amputar-lhe a liberdade, a imaginação, a conquisa... tudo aquilo que faz dele ainda um rapaz... :)beijo

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