sábado, 13 de fevereiro de 2010

Uma Fita Para o Cabelo


Aqui estou de fato de treino, toda solta, o cabelo liso a tapar-me metade da cara, o saco com os livros. Vou num grupo: a Teresa, a Carla e a Ana…

-Vamos tomar um café à pastelaria?
(O café tira-me a vontade de almoçar; a minha mãe recomenda-me sempre que não tome demasiado café, sobretudo a estas horas… mas vou com as outras.)
A Teresa pede um maço de cigarros. Tem a voz rouca, a Teresa, acho que é de fumar muito. Mas a voz rouca dá-lhe classe. A Teresa está sempre à vontade em toda a parte. Tem dinheiro para tudo e fala de imensas coisas que eu não sei.
Rasga o celofane do maço com perícia e oferece cigarros em volta. Eu aceito… não é o primeiro não será o último… Fumamos, sentadas à mesa de pedra da pastelaria um tanto chique e snob.
Somos só nós no lugar para fumadores. Falamos de tudo e de nada. A Teresa comanda a conversa quase sem nexo… E as outras riem com ela. Rio também, mas estou só. Estou só no grupo de quatro. Chamo o empregado com um gesto; gosto de chamar o empregado, ao menos… Dá-me uma sensação de importância.
- Outro café e um copo de água.
(Mais café Guidinha? Dá-te cabo dos nervos, filha, e tira-te o apetite...) Quero ter os nervos tensos. O coração a bater mais depressa. Não me importo nada com o apetite. Sou alta, escorrida, com as mãos grandes demais e o cabelo liso, teimoso, a tapar-me metade da cara… Falo devagar arrastando as palavras, como se um tédio imenso me esmagasse.
Deito a cinza no pires sujo de café, e a chávena fica a boiar numa bodega cinzenta, aguada…
Falam de música, do próximo concerto que vai haver na cidade.
- Tu vais Guidinha?
- Não sou Guidinha… - Sinto um vago enjoo do cigarro e do café no estômago vazio.
Queria estar alegre mas não consigo… as conversas sempre iguais parecem-me uma música de fundo, distante.
….

- Tão tarde, Guida?
A mãe está à espera apesar de fingir que não, entretida com umas flores que dispõe numa jarra da sala.
- Demorei-me com umas colegas na pastelaria...
- Tomaste café antes do almoço?
- Tomei! – revisto-me de calma para aguentar o interrogatório.
A mãe deixa as flores, chega-se a mim, afasta-me o cabelo da cara e dá-me um beijo. Mal correspondido: tenho vergonha das expansões de sentimento, não me sinto à vontade. No fundo, o que é, é que sou seca, má e dura como um calhau…
- Fumaste, Guida?
- Fumei com o grupo. Não é mal nenhum…
- Eu ainda não te disse que é mal…
Almoçamos as duas. Continuo só, fechada nas minhas inquietações. Não posso explicar que me apetece quebrar com tudo, começar outra vida, fazer alguma coisa grande, sair desta pasmaceira...
- Quando começam os exames?
- Para a semana…
- E andas tão descansada?
- Mãe! – e é outra vez como um grito que não posso conter - estou farta disto tudo queria desistir de estudar…
A mãe olha para mim sem dizer nada. Nos seus olhos passa uma expressão de surpresa, talvez de medo. Mas recompõe-se.
- Andas nervosa, cansada… havemos de ir ao médico… (e fico outra vez só, mais só)
- Eu não sei o que hei-de fazer…
- Ó Filha, também não exageres! - A mãe resiste, quer que tudo seja normal, decente… Recusa-se a aceitar o meu desespero, a reconhecer que a medida transborda e que as soluções de remedeios já não servem… Mas eu preciso de lhe dizer tudo sem rodeios… Enquanto comemos, caladas, ensaio dentro de mim um discurso completo: “A Mãe já pensou que eu não quero ir para a Faculdade? Não há nenhuma carreira que me interesse, já pensou que a sua filha é uma inútil, uma incapaz? Oh mãe, eu gostava de ir para fora, ganhar prémios internacionais e a mãe diria: - Tenho orgulho de ti, filha! - Isto é que não… esta vida que se arrasta sem motivação, chata e eu, a remanchar, com preguiça e comichão na cara por causa da cabelo que me tapa os olhos…”
A mãe interrompe o meu discurso interior, para dizer como quem faz uma descoberta:
- Ó Guida, devia ficar-te tão bem uma fita larga à roda da cabeça. Queres experimentar? Assim o cabelo até te faz mal à vista…
E de repente aquela frase tão simples chama-me à realidade. A mãe encontrou uma solução: a fita larga e tesa, bem esticada, a disciplinar o cabelo teimoso; a cara fica lavada, sem farripas, o olhar desimpedido…
Agora compreendo que é disso que a minha vida precisa: de uma sujeição, de uma ordem, que afaste as sombras e me deixe olhar a direito , para diante.
- Queres experimentar?
- Quero mãe…
- Então hoje, depois das aulas, vamos à Baixa para escolher uma fita ou muitas de várias cores... Podes ir comigo? Não combinaste nada com o grupo? – a mãe olha-me quase com ansiedade.
- Vamos as duas à Baixa…
A mãe sorri. Não diz nada, mas adivinho o que pensa: “Antigamente quando andavas na primária gostavas muito de ir à Baixa comigo fazer compras, lembras-te? Lanchávamos as duas…Tu escolhias sempre os bolos de chocolate… era uma festa, para ti e para mim.”
E sinto uma súbita vontade de chorar. Os olhos da mãe brilham, com um brilho húmido.
Calamo-nos descascando a fruta… (Que foi que aconteceu? Eu cresci, mãe, já não sou a Guidinha, já não me contento com bolos de chocolate. Mas fui a tua Guidinha e conversámos muito… E tu ensinaste-me tudo! Com certeza ainda tens muito que me ensinar, mãe. Olha a fita para o cabelo foi uma óptima ideia… Quero começar a arrumar a minha vida).
Numa loja própria bem conceituada, Guida escolheu a primeira fita de um azul-escuro. A empregada indicou-lhe um espelho. Escovou os longos cabelos lisos e colocou a fita. Olhou-se no espelho e sentiu os olhos brilhantes de vida. A mãe por trás, sorria-lhe.
Guida virou-se lentamente e deu um beijo à mãe. Sentia-se renascer. Julgara-se muito senhora de si, conhecedora do seu caminho. Estranhos cuidados do destino que parece comprazer-se em servir-se de pequenos nadas para advertir as consciências. Bastou apenas uma fita no cabelo para aceitar que era apenas uma adolescente.
- Desculpa mãe! Ainda há lugar debaixo das tuas asas?
As duas já não escutam o burburinho, o ruído do trânsito nessa tarde de Verão, naquele abraço as suas almas encontraram-se e tiveram a noção que seriam no futuro, muito mais mãe e filha.



56 comentários:

  1. VOCÊ, amiguinha, é, simplesmente, um sonho, entende?
    Que eloquência verbal e preciosismo literário apaixonante.
    Fico sempre pasmo, atónito e perplexo pela sua forma mágica de sentir o que escreve.
    A adolescência?
    Tem que se diga, não é?
    Uma fita deslumbrante.
    Linda.
    Beijinhos amigos de pureza.
    Com uma admiração constante.

    pena

    EXTRAORDINÁRIA!
    PARABÉNS SINCEROS.
    Adorei. DIVINAL!

    ResponderEliminar
  2. Um fita para enfeitar os cabelos..Uma roda de amigas para contar belas histórias..
    Muito legal o seu texto, amiga.

    A amizade é tudo o que mais temos de valor nesta vida.
    A sua por exemplo..
    Muito obrigada pelo seu carinho.
    Deixei um Prêmio para vc, neste lindo cantinho
    http://sandraandrade7.blogspot.com/
    Espero que goste. Vc,é merecedor dele.
    Um grande amigo, sempre presente e nos dando forças.
    Muito obrigado.
    Sua amizade é tudo...
    Carinhosamente
    Sandra

    ResponderEliminar
  3. Querida amiga Graça,

    Comovi-me com o teu belíssimo conto. Fez-me lembrar a minha adolescência e quando comecei a fumar só porque todas as minhas amigas fumavam e era chique, dava classe, status!!!
    As parvoíces que fazemos... só consegui deixar de fumar há uns dez anos atrás.

    As relações pais e filhos podem ser outra complicação. Há uma fase em que todos reagimos um pouco como a tua personagem, é a fase que eu chamo "da parvalheira" "the generation gap". mas se for bem acompanhada tudo resulta bem.
    Como uma simples ideia de uma fita para o cabelo rebelde... uma atenção contida que não perseguição nem repressão, trazem muitos jovens de volta do perigo da ostracização e de todos os perigos que daí advêm.

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  4. Na adolescência aprende-se muita coisa...

    Texto maravilhoso.

    Beijos querida amiga.

    ResponderEliminar
  5. Menina bonita do laço de fita, minha amiga Gracita, às vezes esperamos por grandes gestos, mas um pequenino pode transformar a nossa vida, um simples laço que, apesar de ser laço não amarra, mas nos ajuda a procurar novos caminhos, descobrir novos portos.
    Amo tuas histórias!
    Beijinhos em teu coração

    ResponderEliminar
  6. É simplesmente maravilhoso cá vir ler estas histórias de comover até às lágrimas... :) Linda. São estes detalhes, como a fita, que nos devolvem muitas vezes à realidade, e nos fazem avançar... Beijinhos e bom fim-de-semana!

    ResponderEliminar
  7. Olá Graça, tenho que dizer-te que as tuas palavras
    deixadas lá no meu cantinho me deixam sempre emocionado, obrigada pelo o teu carinho,

    uma Graça encantadora
    escreve tão lindamente
    como uma boa escritora
    deste ou doutro tempo

    Uma fita no cabelo
    uma filha adolescente
    as asas duma mãe galinha
    para proteger sua filhinha
    sempre em qualquer momento

    um beijinho grande,
    José.

    ResponderEliminar
  8. Entrei por aqui,

    mas derrapei e fui lá dentro pôr no cabelo uma fita azul escura daquelas que agora, apenas uso na ginástica

    mas que fizeram parte da minha vida durante muito tempo, para disciplinar as franjas teimosas

    e senti saudades das minhas "viagens" à Baixa, com a minha mãe e dos lanches na pastelaria Ferrari, das torradas aparadas cheias de manteiga e das lojas onde se compravam tecidos a metro e os empregados eram nossos amigos, porque sabiam sempre quantos metros eram precisos para fazer um casaco...

    Hoje, quem é que sabe quanto metros de talento

    são necessários para escrever uma boa história?

    A GRAÇA!!

    um beijo

    Manuela

    ResponderEliminar
  9. Uma história linda da adolescência que me leva a pensar que tem algo em comum comigo! como gostei de te ler Graça, obrigada por me trazeres recordações adormecidas.
    Bjs

    ResponderEliminar
  10. ai senti falta de tanta coisa te lendo, de ter amigas de verdade pra sair juntas pra algum lugar, do cabelão que vinha até a cintura e das mil formas de enfeita-lo, ai como a gente sempre quer que a adolescencia passe e como ela passa voando, assim como, me parece o resto da vida...seus textos sempre impressionam pela perdeição, Parabéns amiga!

    ResponderEliminar
  11. oi Graça.
    um laço de fita, quanto isso pode mudar a vida da gente, seja laço, seja grampo, seja abraço...é o que nos desperta que importa, é o que nos chama para a vida, aquele chacolhar que nos leva a razão...
    nunca se sabe em que ponto da vida, ela passa a ser diferente,,,
    e quando os filhos se unem a nós ou se afastam de vez.
    gosto muito dos teus textos, com uma inocante historia deixas gravada uma grande mensagem para nós.

    beijo

    Rosan

    ResponderEliminar
  12. Tão bom "ouvir-te" nos teus contos... Parabéns por este lindo...

    Beijos
    Anne

    ResponderEliminar
  13. Boa noite Amiga.
    Por momentos fez-me lembrar um daqueles episodios da serie "o sexo na cidade", mas depois fui absorvendo o texto e percebi a mensagem.

    Bom Domingo a todos.

    Beijo

    ResponderEliminar
  14. Lindo texto amiga.
    Adorei!
    As mães "galinhas", sempre de asas abertas a tentar proteger as suas crias de todo o mal.
    Linda e emocionante história em que um pequeno gesto de AMOR e SABEDORIA, pode mudar tanta coisa.
    Feliz dia dos namorados e um óptimo Carnaval.
    Jinhos grandes

    ResponderEliminar
  15. Querida Graça,

    Comovi-me com o seu belíssimo conto.
    Fez-me lembrar alguns momentos da minha adolescência!
    As parvoíces que vamos fazendo ao longo da vida...
    As relações pais e filhos são sempre complicadas.

    Bo fim de semana.
    Beijinhos.

    ResponderEliminar
  16. Un beso con cariño respeto y admiración..

    Un abrazo
    Saludos fraternos..

    Feliz día de San Valentin..

    ResponderEliminar
  17. Pois é Gracinha, para dar ao pé ainda não dá, a minha perna ainda não está para folias.
    Além de que aqui em Sesimbra o Carnaval é em grande e há sempre muita gente e confusão.
    Se não chover talvez vá amanhã ou 3ªfeira ver o desfile das escolas de samba.
    Como o desfile é na é na avenida é mais fácil, não andar aos encontrões.
    Jinhos amiga.

    ResponderEliminar
  18. Olá Gracita :)

    E na simplicidade de uma fita, a reciprocidade de sentimentos. Gosto da forma como enriqueces os teus contos :)
    Bom domingo para ti e para o Nuno.

    Beijo/Abraço para os dois.

    Norberto

    ResponderEliminar
  19. Graça

    Há textos que não se comentam. Este é apenas um deles. Todavia, gostei muito da foto (faz-me lembrar a minha irmã quando adolescente usando bandelete) e o aor inocente da mesma, e retiraria, para além de Amizade que é todo o texto, duas frases: "Continuo só, fechada nas minhas inquietações. Não posso explicar que me apetece quebrar com tudo, começar outra vida," e depois, impressivamente: "Desculpa, Mãe, ainda há lugar debaixo das tuas asas?"

    Mais do muitos textos são as histórias de vida, de verdade e de amor. Como esta.

    beijinho amigo

    ResponderEliminar
  20. Bom dia minha linda.
    Ei li todo o conto,maravilhoso.
    Eu q sou mãe entendo muito disso.Tenho uma menina de 14 anos e esta acredita q já sabe o q quer e q já cresceu o bastante para tomar as suas própiras decisões.
    Meu papo é careta,mas enfim...Tudo ao seu tempo,vou administrando como posso,quem dera um laço de fita resolvesse a questão rs.
    Obrigado pela visita amiga.
    Um beijo grande.

    ResponderEliminar
  21. ...o que conta aqui não era a fita no cabelo,
    e sim o olhar carinhoso da mãe a dizer estou
    aqui...sempre estarei para lhe proteger.
    assim, qqr fita de qqr cor, fica linda
    em nossas querenças.

    Graça querida linda,
    você tem o de nos encantar
    com seus escritos ricos de
    sensibilidade.


    que lindo isso, my God!

    deixo bj

    ResponderEliminar
  22. Olá. Boa tarde
    Grato pela sua amável visita ao meu espaço.
    O seu é muito interessante, bem harmonioso e elaborado, narrativas, questionário e belas poesias.
    Parabéns
    Voltarei para ler mais.
    Comprimentos
    LUIS 14

    ResponderEliminar
  23. Olá linda Graça,

    que lindo texto..muitas de nós passamos por essa fase e necessária mudança.
    Gostei muito!

    Quanto às caixinhas...deixo o meu email : clubeautista@hotmail.com

    e o meu blog de artes : aminhaartenasceuporamor.blogspot.com
    ali se podem ir vendo as coisas que fazemos assim como os valores etc...
    Via e-mail acertam-se detalhes.-)

    Beijinhos com carinho

    ResponderEliminar
  24. Moça da fita, que bela lição.
    A mãe há sempre de proteger e nunca se cansa de mostrar a filha que estará sempre por perto.

    Apesar de crescidos, serão eternas crianças.

    Beijo e obrigada pelas palavras carinhosas no blog
    Estava precisando ontem. Obrigada de coração.

    ResponderEliminar
  25. Boa Noite, Graça.

    Passei para deixar beijos.

    Renata

    ResponderEliminar
  26. Graça,

    no teu texto,me reconheço(tirando a parte do cigarro,que nunca aprendi fumar,embora as minhas amigas fumassem).Simbiose entre mãe e filha,isso eu falo bem...rsrsrs

    Basta a minha filha acordar, já sei do seu humor, se está triste, alegre... rsrsrsrs


    Um grande beijo,

    Linda Simões

    ResponderEliminar
  27. Graça
    Muito belo o seu texto, lemos e embrenhamo-nos nele, vamos ao mesmo tempo desfiando as nossas próprias recordações.
    Lindo.

    beijinhos
    Sonhadora

    ResponderEliminar
  28. Histórias da adolescência que ficam para sempre e por vezes, apetece vive-las outras vez.
    É sempre uma aventura...
    Um beijo grande e uma excelente semana
    Chris

    ResponderEliminar
  29. Bigada minha linda :)))
    Beijinhos grandes e uma boa semana*

    ResponderEliminar
  30. Que bem retratada a crise da adolescência. Uma crise. Há tantas. EStendem-se depois pela vida fora, mais acalmadas, como os cabelos desta filha. As fitas! Também usei e adorava. A menina da foto és tu? Beijinhosmuitos cheios de admiração por uma escrita tão cheia de vida e bela, muito bela. Tá-tá

    ResponderEliminar
  31. Graça,lindo e emocionante esse encontro de mãe e filha!Fiquei muito sensibilizada com o maravilhoso final!Bjs,

    ResponderEliminar
  32. Obrigada pela visitinha calorosa... Obrigada tbm pelo apoio!!! Bjssssssss

    ResponderEliminar
  33. Querida Graça, que bonito este conto.

    Refleti com ele quase que de imediato: quando nascemos queremos o peito, o cheiro e o aconchego da mãe; crescendo mais um pouquinho, vemos a mãe como nosso modelo; mais um pouco, porém, já na adolescência, as amigas passam a ditar as regras, passam a ser nossas cúmplices. Mais tarde, ambas maduras, a filha volta seus sentimentos e suas necessidades em busca da mãe; quer o colo de outrora, quer alguém para confiar, quer aquele aconchego, quer aquela que sempre a guiou. Quer a mãe amiga, que um dia esquecera como amiga. E está ali ela, sempre a espera da filha. É o reencontro.

    Meu carinho
    Tais luso

    ResponderEliminar
  34. Crida Graça, mais um texto que me deixou presa ao teu blog... beijinhos e obrigada pelos conselhos.
    P.S. e tinhas razão quanto ao meu trabalho porque realmente animação é o que falta .

    ResponderEliminar
  35. Graça,


    Amei o seu texto viu...


    abraços
    de paz.


    Hugo

    ResponderEliminar
  36. Boa noite Graça,
    a adolescência nem sempre é fácil mas por vezes situações aparentemente difíceis se resolvem com um simples gesto ou decisão certa.

    Adorei o seu conto, belíssimo!

    Beijinhos,
    Ana Martins

    ResponderEliminar
  37. Que bela história Graça. E tanta gente a poder identificar-se com ela. Gestos tão pequenos, curtas palavras sábias, podem trazer alento a vidas que parecem vazias e sem sentido. Aqui foi uma simples fita de cabelo.
    Um grande beijinho,
    Maria Emília

    ResponderEliminar
  38. A história que relembra um fato, nos transporta ainda mais adentro, quando o fato ocorre com o leitor. Uma espécie de farol que ilumina um canto que ficou obscuro no lago da sua memória. E foi assim que aconteceu comigo, em outras circunstâncias; com o mesmo fato, sem a mesma poesia, a fita e o aconselho. Saí-me só. Quedei-me só, e cheguei ao mesmo resultado, com mais tempo, angústia e dor. Mas cheguei; chegamos, pois não? Felicidades, sempre. Beijos.

    ResponderEliminar
  39. Olá Graça
    Palavras para quê? É um conto, é a vida e a vida desperta-nos nos pequenos gestos, nas pequenas coisas. A simplicidade dá-nos a realidade e a partir daí tudo é mais fácil e mais bonito. Não há idades, há sim saberes que nos despertam e transmitem por uma simples fita colorida.
    Gostaste do meu Alentejo? Fico contente por desfrutares de um pequeno "aquecimento" virtual.
    Com este frio e chuva eu e a minha Cusquinha "dançamos" ao som das labaredas da lareira.
    Bjo grande e excelente semana
    Diogo

    ResponderEliminar
  40. Comovente até às lágrimas.

    Graça, as suas palavras voam de forma mágica a dizer como ninguém as "pequenas" coisas da vida.

    Um beijo

    ResponderEliminar
  41. Graça, querida!
    seus textos sempre me fazem lembrar de alguma passagem carinhosa do passado,
    laço de fita (sempre gostei)
    bolo de chocolate (ainda, é o meu preferido)
    conversa com as amigas (e, as vezes me sentindo só)
    abraço de mãe (é tudo de melhor que existe neste mundo)
    fica com DEUS, minha linda e,
    tenha uma boa semana!
    bjs no seu coração,

    ResponderEliminar
  42. Um laço de fita e nada mais, simbolizando um reencontro entre mãe e filha, um novo caminhar.
    Muito lindo seu texto, Graça. Mais um dos lindos textos com que você presenteia seus amigos e leitores.
    Obrigada.
    Beijos

    ResponderEliminar
  43. Querida Graça,

    que texto lindo repleto de ensinamentos. Quantas vezes precisamos de laços de fitas a nos fazerem enxergar realmente as nossas necessidades ... O que é mais valoroso e mais importante na vida!

    muito obrigada pela partilha. Gostei muito!

    beijinhos,

    Gisele

    ResponderEliminar
  44. Gosto dos teus contos,das tuas histórias sempre variadas e lindas que leio com muito prazer.
    Beijos
    Ligia

    ResponderEliminar
  45. Houve um tempo que era imprescindível um bonito laço no cabelo, não se concebia sair com as amigas de outro jeito, rss
    beijos, ótima semana

    ResponderEliminar
  46. Graça querida
    Um beijo


    BEIJOS


    Beijos são sempre beijos
    De tarde, à noite...
    Ou mesmo de manhã...
    Deixam ternura...
    Matam saudades...
    E conservam a vida...

    LILI LARANJO

    ResponderEliminar
  47. na adoloscencia é a fase de assimilar todos os ensinamentos, aprende-se tudo, até a fumar!

    ResponderEliminar
  48. Querida amiga Graça,

    Venho deixar-te um beijinho antes de ir nanar.
    Bom resto de semana, muito feliz.

    Beijinhos,

    ResponderEliminar
  49. Olá Graça!
    Todas as vezes em que leio seus textos me coloco em cena.
    Sempre achei que tinha grandes amigas na adolecência, mas na verdade, daquela época só restam poucas amigas de verdade.
    As minhas amiguinhas, tinham como referência as próprias mães e a minha estava sempre muito ocupada com meu pai, então nunca tive diálogo nesse tempo e tinha de inveja das outras amigas com suas mães.
    Só hoje é que converso com a minha mãe as vezes me vem um pouco de mágoa por ela não ter me dado a atenção que eu tanto desejava. Um simples "toque" e a vida é modificada.

    Um xero grande!

    ResponderEliminar
  50. Graça.
    Que texto maravilhoso...
    Sò quem tem ou teve ( eu tive 3) filhas adolescente é que pode compreender o conflito pelos quais elas passam nesta passagem da vida. Não é facil, mas as vezes basta pouco para trazê-las a realidade e mostrar-lhes novos caminhos. Nesse caso foi uma simples fita,
    que teve o poder mágico de abrir portas e janelas...

    Ah,estive ausente, passei por um trauma e tanto
    bjs e saudades

    ResponderEliminar
  51. Muito gostoso de ler o seu conto.

    beijinho

    ResponderEliminar
  52. Como sempre, ao ler teus textos, visualizo a cena e me vejo assistindo, como num teatro...tens uma forma de narrar as coisas tão simples da vida, como quem filma uma cena, com tantas ´minúcias e detalhes que nem é preciso fechar os olhos para imaginá-las, basta ler-te.
    É um privilégio ser tua seguidora, leitora e espectadora, amiga Graça!
    Beijos.

    ResponderEliminar