(História que me foi contada pelo meu Pai)
No tempo do volfrâmio muita gente enriqueceu dando origem a uma grande onda de novos-ricos. O que lhes sobrava em dinheiro faltava-lhes em princípios e boa educação!
Na aldeia, alguns filhos da terra, que até tinham casas de negócios em Lisboa, voltaram para o burgo natal com os bolsos cheios de notas e ansiosos de ganharem a notoriedade que nunca tiveram. Compravam-se e restauravam-se velhos palácios e casas solarengas. Vinham os melhores mestres da arte do Porto para um restauro rico, de portas douradas e paredes pintadas a “fresco”. A mobília, então, causava um pasmo geral, nunca ninguém vira tanta riqueza junta, nem mesmo na casa do doutor e professor da aldeia consideradas pessoas de cultura e bom gosto. A completar todo este palco de vaidades, surgiam os bons tapetes, as tapeçarias murais e quadros de pintores célebres.
Toda esta movimentação era feita com o maior alarido porque era importante causar o impacto da admiração e até… de alguma inveja!
Falava-se em comprar títulos falidos e, de imediato, o Brasão era esculpido no grande portão de ferro e os documentos da compra guardados religiosamente no cofre-forte da casa.
A mulher do Joaquim habituada a cozer as batatas na velha panela da lareira, achava que o marido estava a exceder-se um pouco…
- Maria, que é que eles são mais do que nós? Só porque têm um canudo? E nós temos dinheiro que falta a muitos…
Depressa Maria se deixou deslumbrar com o estatuto de rica. Quando passeava no luxuoso automóvel conduzido por um motorista fardado como mandavam as regras, abria o vidro da janela ainda que estivesse frio e toda se empertigava para que o povo pudesse apreciar a sua toilette. O Joaquim, esse, montava bons cavalos e calcorreava as quintas que comprara, pensando como trabalhara nelas como um mouro.
Joaquim decidiu contratar a devida criadagem para que executassem o trabalho necessário para manter o palácio num brinquinho. Quantos mais melhor!
Tornaram-se presumidos, cheiravam a dinheiro e faziam gestos pedantes. Apesar do luxo e da posse sentia-se neles a raça de pobres, acanhamento de inferiores, bazófia de novos-ricos.
E de pretensões, nem se fala!
Um dia Joaquim chegou ao seu palácio a encontrou a sua Maria perdida de choro e de raiva.
- Então o que tens mulher, o que te falta? Sarna para te coçar é o que é!
- Joaquim, vê lá que na casa do Doutor se realizou um grande chá e nem se dignaram a convidar-nos… Sim, a nós que somos os mais ricos da aldeia e arredores.
- É por isso mulher que estás abatida? Já vais ver. - Tocando a sineta, logo surgiu uma criada para atender o seu novo patrão.
Dando-lhe uma nota gorda, disse-lhe:
- Vai lá abaixo à mercearia e compra dois quilos de chá!
A criada esbugalhou os olhos e perguntou, pensando que tinha ouvido mal:
- Dois quilos? Mas isso é muito…
- Que tens tu a ver com isso? Sou rico e posso comprar o chá que quiser…
Quando a encomenda chegou, Maria já feliz com tanto chá, resolveu ser ela a tratar da “cerimónia” para se habituar quando fosse ela a organizar uma reunião no seu palácio.
Pegou numa grande panela, encheu-a de água e, quando esta começou a ferver, meteu nela os dois quilos de chá que deixou cozer como se tratasse de hortaliça.
A criada pasmava!
Quando se puseram à mesa, sofregamente serviram-se do “bendito” chá que os tornava ilustres como os demais…
Joaquim fez uma careta.
- Maria, esquecestes-te do sal, do azeite e vinagre!
- Pois foi… - Chamou a criada e mandou vir os condimentos em falta.
Mesmo assim, não conseguiram tragar aquela mistela. Joaquim furioso reclamou:
- Raios partam as madames… chá para aqui, chá para acolá… afinal é esta porcaria que comem?
Tocando a sineta, disse para a criada:
-Traga-me um bocado de toucinho!
rs rs rs
ResponderEliminarGraça
Muito boa a história e muito parecida com muitas que ouvi quando criança e que ainda hoje, de acordo com o momento, acontecem.
Uma boa semana para ti com paz e saúde.
Zizi
Berço sempre será berço, minha amiga Gracita!
ResponderEliminarE bem demonstrastes aqui...
Há coisas que dinheiro algum compra, principalmente os gestos nobres da alma.
Sempre belos textos... lindas histórias.
Deixo-te um enorme abraço, menina
Novos ricos são engraçados. Muita empáfia, pouca empatia hehehe
ResponderEliminarÉ como se diz aqui, " Classe é como castelo: não se compra, herda-se"
Beijo grande :)
Nossos pais sempre souberam contar boas histórias, beijo Lisette.
ResponderEliminarE eu amo essas histórias!
ResponderEliminarBeijosssssssss
Lindas histórias e passadas aqui tão perto.
ResponderEliminarA minha professora de ciências naturais contava que as senhoras endavam com camisas de dormir e assim se passeavam como se fossem os mais belos vestidos.
Olá Graça
ResponderEliminarO que faz a "falta de chá"!
Fizeste-me rir.
Adorei mais este teu "recordar".
Bjs.
A Maria disse ao Jaquim
ResponderEliminarMuito triste e despeitada
nem se lembraram de mim
Para beber uma chazada
A Maria referia-se aos vizinhos
Muito ressentida e com mágoa
Eles são uns pobres coitadinhos
a gente tem mais dinheiro que água
O Jaquim quis consolar a mulher
Em segredo disse ele à criada
Vás buscar chá para a gente beber
E traz logo uma bela sacada
Meteram tudo numa panela
E deixaram a água ferver
Mas aquilo saiu uma mistela
Que não se conseguia beber
O jaquim ficou muito triste
Disse à criada devagarinho
Traz um bocado de toucinho
Que sempre é melhor que isto
É verdade Graça, eu trabalhei na Suíça com alguns filhos desses Joaquins e dessas Marias, que ainda tinham as manias,de serem gente grande.
Eram do Fundão perto das minas da Panasqueira
ali da encosta da Serra da Estrela.
Um beijinho grande, com carinho
José.
Oi Graça,
ResponderEliminarVocê é uma ótima contadora de história, a gente consegue até a "ver" a cena. História bem contada e engraçada.
Bjs.
Graça
ResponderEliminarAgradou-me a sua visita ao meu espaço e fiquei feliz porque gostou.
Adorei a história dos Volframistas e apreciei a forma como o fez. Vou continuar por aqui.
Bjs
MariaIvone
Querida Graça!
ResponderEliminarEsta tem muita graça mesmo :))))))))))))))))
Há tanta gente assim, dantes como agora, assiste-se a cada uma que é mesmo de bradar aos céus!
Obrigada por me teres feito rir! Adoro tudo o que escreves! Já sabes, mas eu repito-me até te convenceres mesmo!
Beijinhos
Ná
E para a sossega não vai uma tigelinha de faisão...
ResponderEliminarBeijo querida Graça
Graça,
ResponderEliminarJá sabia, mas reforcei a ideia de que possui um enorme talento para contar histórias. Esta, então, está um brinquinho.
Beijo :)
Obrigado por me teres trazido à memória essa história picaresca e verdadeira! Olha, lembrei-me agora do nosso amigo L. a tentar comer os caranguejos inteiros, com casca, com tudo, em casa dos Mendes!
ResponderEliminarBeijocas.
Ótima historia graça!
ResponderEliminarBjs.
Oi
ResponderEliminarQue história só você
pra mostrar pra gente
essas reliquias.
Beijos...
Lúcia.
Querida amiga, gostei da história enquanto moralizadora, de que há principios que o dinheiro não compra, assim como o status social!
ResponderEliminarTem uma linda noite.
Bjs
Sãozita
Como sempre adorei a história! Não te parece que ainda hoje estamos cheios de fanfarrões? Olha, eu noto isso agora com esta crise; sei de pessoas a quem já falta muita coisa dentro de casa, mas continuam a desfilar os carrões e as roupas de marca; telefones de última geração nos filhos de 12, 15 ou até 10 anos, mas dinheiro para pagar o condomíniso já não há. Um amigo meu contou-me um caso que parece história, mas é veríco: um vizinho dele tinha um tractor, pequeno, mas suficiente para os campos que tinha; o problema foi quando o vizinho comprou uma máquina grande e mais moderna; ele resolve que não pode ficar atrás...compra um igual...esqueceu-s de um pequeno pormenor...o portão do quintal era pequeno...o tactor teve de ficar fora.Bonito, não? Enfim...mudam-se os tempos, mas as mentalidades continuam uma desgraça. Um beijinho e parabéns pela bela escrita
ResponderEliminarEmília
Desculpa os erros...verídico, condomínio. Ai os olhinhs!!!!
ResponderEliminarBeijos
Emília
Querida amiga, adorei, meus pais também contavam lindas histórias, e todas tem no final algum tipo de aprendizado. Tenha uma linda semana. Beijocas
ResponderEliminarMinha querida Graça
ResponderEliminarUma história verdadeira, muito bem contada, como sempre, realmente foi a época do novo riquismo.
Deixo o meu beijinho
Sonhadora
Pois então, Graça?... A vida deu pérolas aos porcos que, sem saber o que fazer com elas... rs...
ResponderEliminarUma história e tanto, minha amiga. Excelente texto, como sempre, que vai nos prendendo e surpreendendo a cada linha.
Beijos e um bom dia para você.
A grande vantagem dos bons escritores e, já agora, dos pintores, é saberem fazer de cada situação um bom tema para uma crónica ou um quadro.
ResponderEliminarÉ isso que fazes para alegria de todos os que te seguem.
Beijo,
António
Bela história...Espectacular....
ResponderEliminarCumnprimentos
Adorei, como sempre.
ResponderEliminarO tempo passa, o tempo voa e os novos ricos continuam os mesmos e numa boa.
BeijooO*
excesso de chá...
ResponderEliminarmais vale ser
quem de facto somos
imperfeitos e simples
o resto? são histórias bem contadas!
beijinhos
Manuela
Querida Graça,
ResponderEliminarDeixo um beijo e duas palavras.
"Teci com fios de luz
O manto que te dei
Para te abraçar
Cada vez
Todas as vezes
Que te lembrares de mim."
Maria José Areal
Beijos
Ná
Ai Graça, estou aqui a rir montes (pra não chorar)!!! Como sempre, contas uma história como poucas aa espelhas conceitos tão profundos de vida! Parabéns!
ResponderEliminarBeijos amiga
Anne
Nunca vi ninguem assim- BRILHANTE- a contar histórias!
ResponderEliminarParabens
Ligia
AMIGA
ResponderEliminarEstou de vacances e por isso ha 6 dias que nao vejo televisao...
tambem pouco interesse tenho, ja chega quando desembarcar em Lisboa ficar a saber os podres todos...
Desta vez estou para os lados do Mar Adriatico.
Fotos tenho muitas como sempre!!!
Mas, o melhor fica para o fim e amanha sera a visita mais bela do programa, no entanto, espera-se chuva e neve e vai ser dificil fazer as tais fotos que eu tanto sonho...
Beijos.
Ate sabado.
Olááá, Como decerto se deve ter apercebido, estive ausente alguns dias, o que não me permitiu, quer agradecer suas visita e carinhoso comentário no meu Blog, quer vir aqui apreciar os seus sempre maravilhosos trabalhos e apoio a uma blogueira tão especial como você!
ResponderEliminarE que maravilhosa história nos contas hoje, como sempre "devorei" até ao fim, a lição nela contida é sublime!!
Quanto ao Garrafão que mandaste electrificar e veio de Moçambique, adoraria ver como ficou, será possível???
Beijos e abraços e obrigado pela amizade, Zé Maria
Um momento bem-humorado de uma realidade que marcou muito o tempo e gente.
ResponderEliminarGostei muito.
Beijo
É caso para dizer: "Que falta de chá!"...
ResponderEliminarDivertido, mas não deixa de tocar um assunto pertinente - o detestável novo riquismo.
Beijo meu
Pois é, existem coisas que o dinheiro não compra.
ResponderEliminarGostoso ler mais uma de suas boas e divertidas histórias.
bjs
Sim, também ouvi os meus pais e avós falarem no volfrámio que saía de Portugal no tempo da segunda grande guerra, mas se uns enriqueceram parece que outros passaram um mau bocado, sobretudo nas grandes cidades, onde as filas para o pão eram grandes e tudo muito racionado.
ResponderEliminarO novo-riquismo ainda hoje se faz sentir em muitas zonas, embora a opulência não seja tão exagerada, mas a pose não é muito diferente.
Beijinhos
Branca
Boa noite, Graça.
ResponderEliminarAqui ainda é começo de noite, (18:48), cheguei espero atempo de sentar em tão linda mesa.
Agora vou ler a história com o café e uma fatia de bolo.
Boa viagem
Beijos
Achei esta história uma delícia de humor!
ResponderEliminarNão sei se é verdadeira, mas não me custa a crer que sim.
Ouvi várias histórias desse tempo, nenhuma com o requinte desta.
Dos volframistas recordo-me dos grossos e vistosos anéis, conhecidos por "cachuchos", verdadeiramente aberrantes.
É bem verdade que o dinheiro não compra tudo...
Uma noite feliz. Beijinhos
PS - Amanhã (daqui por meia hora +/-) há post novo no "LÍRIOS".
Certos gestos,parecem sinais guiando-nos pelo caminho;
ResponderEliminarCertos detalhes nos dão certeza de que existem pessoas especiais,
Assim como você que deixarão belas lembranças para todo o sempre:
Vinicius de Moraes
Obrigada por voce existir!Amo sua amizade...M@ria
São sempre um encanto as histórias que leio neste teu recanto, onde gosto sempre de voltar... histórias que a memória guarda e que descreves duma forma muito bonita.
ResponderEliminarUm beijinho, Graça
Chris
Sua postagem é bem real....Aqui costumamos chamar de "emergentes,novos ricos"mas falta a base,o berço,aquilo que a pessoa traz como bagagem da família que teve.....Dinheiro é muito bom,mas...
ResponderEliminarA Tais Luso,do "BLOG PORTO DAS CRÔNICAS" escreveu uma crônica muito oportuna sobre "Os novos ricos" e escreveu: "É muito engraçado ver as extravagâncias dos novos-ricos. Ainda mais aqui no Brasil onde a maioria é sobrevivente."Obrigada pelos votos dados a Camila, e logo que sair o resultado lhe aviso.Obrigada tbém pela palavra certa,na hora certa.Passe lá para conhecer a minha irmã.Ela passou um mês aqui comigo, embora cansada,fiquei muito feliz,pois sinto muita falta da família, aqui em Salvador.Foram muitos passeios,visitas aos parentes, e quando chegávamos em casa ficava desagradável deixá-la vendo TV e ficar no pc.
Um abraço ...não esqueça de abraçar o Nuno tbém.
Sua amiga,que adora as suas histórias!!!
Emilinha
Oi Graça, como sempre, um bela escritura... Abraço,
ResponderEliminarLais.
Bom dia Graça:
ResponderEliminarMais um post de excelência cara amiga, pois até te posso dizer que na parte final não me contive em rir pelo que a história apresenta.
Também recordei tempos idos em que o toucinho era quase o pão nosso de cada dia, outros tempos de muito sacrifício em que a falta de muita coisa nos levava a que o toucinho, o pão e o feijão com couve era um luxo para quem passou esses tempos de muito penar era o sumo da alimentação de muita gente.
Mas lá está o lado verídico da história em que muitos ricos que nadam em dinheiro, muitas vezes não tem a felicidade total porque o dinheiro não é tudo na vida mas, que actualmente no estado em que este país está, ele é o que comanda a vida nas mãos destes actuais experts que em tudo só vêem o lado deles à base do vil metal que os cega desordenadamente.
Rico post amiga que como sempre, tu nos sabes brindar com a tua forma mágica de deitar cá para fora aquilo que é bom para todos aqueles que te seguem com grande admiração e carinho.
Que continues sempre assim desta forma tão rica é o que mais te desejo.
Bjos, continuação de boa semana e muitas felicidades.
Graça,
ResponderEliminarteus contos minha amiga, são de real admiração. Histórias bem contada, de jeito rico de contar.
mas uma coisa me deixa encafifada e vou te falar:
Tenho a impressão que você é uma bela poetisa. Já tropecei contigo meio a tantos poemas, sem autoria escrita em baixo que me leva a pensar que são tuas.
Aproveito e desde já te parabenizo, hoje dia 20 quando navegas na poesia e tão belas letras declaras em poemas...
Tenha uma noite linda e um dia
fantástico.
Bjs
livinha
Mais uma belíssima história.
ResponderEliminarA mania...o novo-riquismo...já vem de longe...
A Graça tem histórias fantásticas.
Vale a pena colocá-las aqui.
Beijinho/Irene
Essa história é engraçada e muito comum em nossas plagas. Tanto cá, como lá, bruxas há. Dizem alguns.
ResponderEliminarMeu bisavô , um simples mascate, semi alfabetizado, também comprou os títulos para os filhos. Títulos de conde e coisa e tal.
Não restou nada daquilo, tanto da riqueza dos nosso volframistas, quando da titulação. Virou areia.
O seu texto está particularmente belo, enquanto lia, eu sonhava com o calcorrear, com as quintas.
Parabéns e obrigado pela partilha. Beijos de sempre.
A verdade incontestável é que dinheiro não compra polidez, delicadeza,requinte...enfim, normas de boa educação.
ResponderEliminarO pior é constatar que isso não é uma simples história, é fato corrente no mundo em que a gente vive, onde ter é muito mais importante do que ser.
Perfeito esse texto, Graça, aliás como tudo que você escreve.
beijo
Querida amiga Graça
ResponderEliminarUm maravilhoso Final de Semana.
Passando para lhe deixar um beijinho com carinho.
Fique com DEUS.
Sú
Querida Graça!
ResponderEliminarAmiga, quem me dera ir contigo e com o teu "personal translator"... sortuda :)))))
Não te esqueças que me deves uma...
Beijooooooooooooooos
Ná
Minha amiga, pode crer! Esse negócio de novo-rico é uma bobagem sem limites. Eles torram o dinheiro àtoa e, por fim, voltam à miséria de onde vieram. Pior de tudo é que a miséria deles é espiritual. Irônica e saborosa tua prosa, gostei muito.
ResponderEliminarViste a foto da Fafá, minha sobrinha, já recuperadíssima, na lateral do blog? A tua vela acesa valeu e os pais dela mandam-me agradecer-te sempre. Mas, um dia, ela o fará pessoalamente, digo, virtualmente, pois tem sido uma aluna exemplar na sua escola e uma criança boa e graciosa.
Ah, vais bater um papinho com a Elizabeth? Por favor, diga a ela que só não vou por esses dias por estar recuperando-me de uma gripe e o frio londrino provoca-me alergias, hahahaha.
Boa viagem, querida!
Deus os acompanhe, a ti e a teu filho!
Beijos nesse teu generoso coração!!!
Os nosso pais contavam histórias encantadoras, ouvi algumas parecidas...
ResponderEliminarEsta está particularmente bem escrita!
Beijinhos
Gostava de ter uma amostra de volframite,
ResponderEliminarpara a minha (pequena) colecção!
Saudações poéticas
Graça, nos sentimos no colo de nosso pai ouvindo historias que ficam para a eternidade! Obrigada por propicionar momentos tao gostosos!
ResponderEliminarBjs com carinho
Lulu & Sol
Adoramos sua presença no mimochic!
Rs , já estamos com saudades, rs
Quando você não aparece
ResponderEliminaro dia não acontece
pássaros ficam mudos
barcos se perdem,
e as ondas vão para alto mar
a procura do vento...
£UNA
Amor & Paz no seu dia!Beijos meus! M@ria
Esta fez-me sorrir a mim e também a toda a casa que teve que a ouvir, senão julgavam que era tolinho.
ResponderEliminarAbraço do Zé
Preciosa e Notável Amiga:
ResponderEliminarUm texto fabuloso e notável, bem ao seu estilo de excelência.
Penso que fala do apelidado "Novoriquismo".
E, a Cultura que falta? Aplica-se a si,mas não a estes ricos em face das circunstâncias de enriquecimento apressado.
Escreve num estilo lierário perfeito.
Quem não gosta? Penso que todos gostam, para mim, é já uma referência obrigatória da Blogosfera.
Parabéns.
"Potes" de Beijinhos puros de amizade e parabéns sinceros.
Com respeito imenso e admiração constante.
Sempre a admirá-la
pena
Bem-Haja, talentosa amiga de fascínio.
Notável.
Adorei.
É perfeita.
kkkkkk....Muito boa essa história!Os novos ricos sempre querem aparentar o que não tem,ostentar,e isso é algo que nunca irei entender!Excelente sua cronica!bjs,
ResponderEliminarPara quem não sabia o que era chá, foi uma boa tentativa... eheheh... a história é divertida...
ResponderEliminarHá inúmeras histórias de novos ricos... exemplos de pessoas que conheci pessoalmente:
"A minha mobília é toda Luis xis vê... (Luis XV)"
"Quero 3 metros de livros para a minha estante"
"Comprei um frigorífico. Só me falta comprar o gelo para meter lá dentro"
Beijos, querida amiga.
Olá Graça!
ResponderEliminarSempre brilhante nos seus relatos!!!
Nobreza de educação e de alma não são comprados com dinheiro...já se nasce com elas!!
Um beijo e gostei demais!
Sonia Regina.
Muito bom! A educação e a boa etiqueta não estão relacionadas com dinheiro. Os novos ricos daqui deveriamm ler o seu texto (risos). Um abraço e um beijão.
ResponderEliminarOlá
ResponderEliminarSorri ao ler esta história tão bem contada e recordei-me de certo livro de Aquilino Ribeiro em que também se foca esta falta de cultura e "excesso" monetário!
Abraço
Olá Graça, que coisa hein...Já que estamos falando de volfrâmio, lembrei de estanho. E do estanho, lembrei dos Botões de Napoleão, que são as 17 moléculas que mudaram a história.Ao invés de comprar 2 quilos de chás eles deveriam ter comprado o livro e economizariam o "toucinho".:):)
ResponderEliminarBeijos, amiga querida . Adorei seu post!!!
GRACINHA:adorei este texto, porque também me traz à memória histórias que minhas avó e bisavó contavam desta vida dos volframistas!
ResponderEliminarMuita gente não sabe "que o hábito não faz o monge"!Felizmente que o dinheiro não compra tudo, senão imagina "quantos diplomas de engenheiro" se podiam passar ao DOMINGO"...
BEIJINHOS, querida.
Mª ELISA
Graça,este texto está muito real pois lembro-me de a minha avó contar historias passadas com ela identicas a esta
ResponderEliminarMuitos beijinhos
Graça
Fizeste-melembrar um livro do meus escritor favorito, precisamente intitulado "Volfrâmio".
ResponderEliminarCreio ser escusado dizer de que autor - brilhantíssimo - estou a evocar...
Minha inesquecível mãe dizia: "quem nunca come mel, quando come se lambuza" ou "quem nasceu pra dez reis, nunca chega a vintém". Muito bom. Adorei.
ResponderEliminarBeijos,
Furtado.
PS= A capa do Livro do ABC postada, não é a mesma do livro original, apenas busco imagens na web condizentes com as postagens. Obrigado pela observação.
* Tita aí um "de", que está a mais, e acrescenta um espaço no "fizestemelembrar"...
ResponderEliminarGraça
ResponderEliminarÉs insuperável na prosa, insuperável!
Tua descrição, piscicológica, dos ambientes e das situações são sempre perfeitas!
Tens uma técnica notável minha amiga, aprecio-a e encanto-me com ela!
sou um amante e um fã de seus textos e de suas histórias!
Grato por mais este momento emocionante!
Querida amiga.Li e reli e pensei!Como este texto está em uso,pois é o berço diz tudo,que vale ter tanta coisa,se abrem a boca e sai asneira,actual mesmo sem o tal volfrâmio.Hoje em dia é o satatus de cima a baixo,mas deviam ficar mudos na hora de falar,gostei muito.Beijinho e bfs
ResponderEliminarOi Graça,muito bom o texto, a historia é cheia de dados e observações,porém com um conteúdo profundo, a verdade é que aqueles que querem enriquecer a qualquer preço,ou muitos que já o são, esquecem que a verdadeira riqueza é a educação os bons modos,e isso o dinheiro não compra.Beijos.
ResponderEliminarGraça, diverti-me bastante lendo a sua história. O chá, como a poesia, não é para todos.
ResponderEliminarBeijo.
Olá Graça, obrigada por mais este texto maravilhoso.
ResponderEliminarDe facto muita gente enriqueceu com o volfrâmio. O pai de um agricultor meu amigo não sabia o que fazer a tanto dinheiro e então substituiu o pão por bolo. Todas as refeições eram acompanhadas com pão de ló. O primeiro automovel que apareceu na aldeia foi o dele, com direito a motorista.
Todos os dias o motorista fazia a seguinte pergunta: Para onde vamos hoje, senhor António?
Ao que ele respondia: Sem destino sr Barbosa.
Só que o Volfrâmio não durou sempre nem o dinheiro.
Depressa enriqueceu, depressa ficou pobre, deixando a família na miséria.
Bom fim de semana
Bjs
Srsrsr! Ainda bem que o ridiculo não os matou!
ResponderEliminar***
Beijinhos e um felicíssimo fim de semana*******
Querida Graça,
ResponderEliminarVinha tomar um chá contigo, mas parece que ainda estás in London!
Have a nice evening!
Beijos
Ná
Deliciosa estória, do quotidiano daquela época, como só tu sabes contar no teu estilo muito próprio.
ResponderEliminarOs volframistas eram os negociantes do volfrâmio [vulgo minério], os seus exageros eram mais que rocambolescos, desde os dedos cheios de anéis, até à caneta de tinta permanente no bolso pequeno do casaco e a leitura do jornal [sem saberem ler nem escrever], os melhores chapéus de feltro; viviam [como os ricos] à grande e à francesa.
Terminada a guerra, acabou a exploração das minas e... acabou o dinheiro fácil [para os volframistas, não para os mineiros], quem não se soube orientar ficou a ver navios...
Um beijo amigo.
Jorge
Só hoje pude voltar a fazer um post, mas tive que fazer de uma forma como "NUNCA antes tinha feito"...
ResponderEliminarisso originou que eu não posso escolher o tipo de letra, justificar o texto,
escolher a cor da letra, enfim...
um sem número de diferenças que não me agradam, de todo.
Quem sabe, não será este o ponto de partida para eu "desistir" da blogosfera...
Peço desculpa a quem me visita, se a aparência do post não for a mais aceitável, mas...muito sinceramente, não consigo fazer melhor.
AMIGA
eu escrevi: até sábado, não foi?
Cá estou.
Bom fim de semana.
Abraços outonais.
"Finos clarins que não ouvimos devem
ResponderEliminarsoar por dentro da terra, nesse mundo
confidencial das raízes, — e arautos sutis
acordarão as cores e os perfumes e a
alegria de nascer, no espírito das flores."
Cecília Meirelles
Feliz Domingo e excelente semana prá voce!Sempre Beijos...M@ria
Graça
ResponderEliminarHá tantas coisas que o dinheiro não pode dar.
Por exemplo a silhueta, a forma de estar, de
conversar e também simpatia e humildade.
Rica a análise desse texto.
beijos,
Mª. Luísa
Olá Graça, querida amiga!
ResponderEliminarComo serve que nem luva, aos dias que correm, com a devida adaptação.
Uma legião de gente (mal)formada, toma conta de nosso país. Não conseguiram acumular conhecimento e educação, saber estar. Reluzentes por fora, mas sem conteúdo. Irão deixar um legado que demorará muitas gerações a requalificar.
Excelente narrativa da realidade da época, mas onde concluímos que os anos passam e pouco ou nada muda nesse capítulo.
Bj e kandanos meus e o desejo de um óptimo domingo em paz e alegria.
Querida amiga, passei a deixar-lhe uma beijoca e votos de uma boa semana
ResponderEliminar(e olhe...já está!)
Minha querida amiga
ResponderEliminarPassando para matar saudades e deixar um beijinho.
Sonhadora
...bella narración
ResponderEliminarllena de ti
para todos
feiz semana GRACA...
J.R.S.
Querida Graça, só tu para me fazeres rir, nesta manhã tão outonal! Estas histórias de encantar, não são apenas fábulas de aldeia, algumas correspondem mesmo à realidade, ainda hoje há situações muito similares, quando se trata dos novos ricos, como estes do antigamente. Mudam-se os tempos, as mentalidades permanecem.
ResponderEliminarBeijo, querida, de muito carinho, em ti.
Carlos
Olá, Graça!
ResponderEliminarFinalmente venci a inércia - que tem muita força - e aqui cheguei ao seu blog.A Fernanda, da Casa do Rau, vai ficar contente, pois que já por várias vezes me tinha incitado a vir até cá, e eu também vou ficar, pois que passarei a ser sua visita - e a ler as suas bonitas e bem contadas histórias.
Um abraço.
Vitor
Olà querida amiga Graça!
ResponderEliminarEstou passando para desejar que tenhas um bom dia,e espero que esteja tudo bem contigo.
Um beijinho grande,
José.
Realmente, antigamente, os rurais tomavam muito pouco chá de pequeninos. Era mais... sopas de cavalo cansado.
ResponderEliminarSempre ouvi a minha Mãe contar que a maior parte das pessoas tomaram pouco chá quando lhes faltavam "boas maneiras".
Beijossssss
Um chá de príncipe escorregava mesmo bem agora. Tenho no meu jardim e convido-a para me acompanhar. Tenho uma história idêntica passada em Angola mas com o chá de Principie. Eu só precisava de levar o açúcar.
ResponderEliminarDeliciosos contos, agradáveis de ler. Agradeço o teu tempo e empenho.
Beijo.
O volfrâmio fui um metal muito buscado durante a primeira guerra mundial, também na segunda, já que era empregado para endurecer o metal com que se fabricavam os canhões, e as minas mais importantes estavam em Portugal.
ResponderEliminarGostei da tua historia que tem fundamentos para ser verídica.
Um grande abraço
Minha Querida Amiga Graça,
ResponderEliminarCom adorei este seu post e como sempre fiquei a pensar: Actualmente o volfrâmio virou política e os novos ricos de agora são o espelho do que narrou! Não passam de uns labregos a quem a fortuna apareceu não se sabe como, ou talvez se saiba! Que pena a vaidade cegue e não os deixe ver os disparates que dizem e fazem na sua iletrada incompetência... Mas julgam-se uns senhores, coitados! Mas mais coitados somos nós que arcamos com o seu egoísmo e nulidade tornando-nos cada vez mais pobres!!!
Um beijinho muito amigo
Histórias que ficam para sempre, beijo Lisette.
ResponderEliminar