Há pessoas que são como os rissóis dos cafés: uma perfeita desilusão.
São uma dor de cabeça para toda a gente: para quem os compra(que não voltará jamais ao estabelecimento), para quem os vende (que ouvirá as reclamações dos mais ousados consumidores), para os cozinheiros (que não tinham a intenção de fabricar tão malogrados pastéis) e para a generalizada classe de rissóis (que se vê ofendida por incompetentes representantes).
Há não muito tempo, cobicei um amigo, tal e qual um rissol de um café. Minto se disser que ele não me atraiu. Estarei a aldrabar descaradamente se disser que ele não estava perfeitamente recortado e estaladiço. Não era verdade se o acusasse de escorrer óleo, sujo e gorduroso, tal e qual aperitivo indigesto de uma tasca pitoresca.
Comprei-o. Na altura, nem sequer provei. Nem me passava pela cabeça que talvez não gostasse do sabor. Doseei a minha gula de o tragar de uma só dentada. Petisquei-o, maliciosamente. Tentei-o ao sabor dos meus lábios. Criei uma mútua ligação de expectativas.
Desiludi-me. A massa dourada e apetitosa fartou-me. Começou a ser demasiado espessa e desinteressante. O recheio tardou. E quando, finalmente, me dispus a saboreá-lo, era já muito tarde. Azedou.
Provavelmente, ele desiludiu-se. Porque pensaria, talvez, que eu soubesse o que comprara. Acreditava que o meu apetite jamais findaria e que eu seria incapaz de me desfazer dele. Enganou-se.
Como sou uma pacífica consumidora, não faço barulho por reclamações inconsistentes. Está visto que não tornei àquele café. Nunca mais vi quem me vendeu o rissol. Mandei uma receita aos infelizes cozinheiros: pastéis mais humildes e pequeninos, pouca massa, pouco óleo, muito amor e mais recheio. Generalizada a situação, perdi o apetite por muitos desses fritos. Mudei os meus hábitos alimentares: como saladas. Ao menos, não têm óleo. Nem massa. Não engordam e não prejudicam a saúde.
E, acima de tudo, são o que aparentam ser.
São uma dor de cabeça para toda a gente: para quem os compra(que não voltará jamais ao estabelecimento), para quem os vende (que ouvirá as reclamações dos mais ousados consumidores), para os cozinheiros (que não tinham a intenção de fabricar tão malogrados pastéis) e para a generalizada classe de rissóis (que se vê ofendida por incompetentes representantes).
Há não muito tempo, cobicei um amigo, tal e qual um rissol de um café. Minto se disser que ele não me atraiu. Estarei a aldrabar descaradamente se disser que ele não estava perfeitamente recortado e estaladiço. Não era verdade se o acusasse de escorrer óleo, sujo e gorduroso, tal e qual aperitivo indigesto de uma tasca pitoresca.
Comprei-o. Na altura, nem sequer provei. Nem me passava pela cabeça que talvez não gostasse do sabor. Doseei a minha gula de o tragar de uma só dentada. Petisquei-o, maliciosamente. Tentei-o ao sabor dos meus lábios. Criei uma mútua ligação de expectativas.
Desiludi-me. A massa dourada e apetitosa fartou-me. Começou a ser demasiado espessa e desinteressante. O recheio tardou. E quando, finalmente, me dispus a saboreá-lo, era já muito tarde. Azedou.
Provavelmente, ele desiludiu-se. Porque pensaria, talvez, que eu soubesse o que comprara. Acreditava que o meu apetite jamais findaria e que eu seria incapaz de me desfazer dele. Enganou-se.
Como sou uma pacífica consumidora, não faço barulho por reclamações inconsistentes. Está visto que não tornei àquele café. Nunca mais vi quem me vendeu o rissol. Mandei uma receita aos infelizes cozinheiros: pastéis mais humildes e pequeninos, pouca massa, pouco óleo, muito amor e mais recheio. Generalizada a situação, perdi o apetite por muitos desses fritos. Mudei os meus hábitos alimentares: como saladas. Ao menos, não têm óleo. Nem massa. Não engordam e não prejudicam a saúde.
E, acima de tudo, são o que aparentam ser.
Isabel Pinto Pereira
Vc tem razão Graça, alimentos naturais são muito melhores para nosso corpo e mente.
ResponderEliminarVou te explicar como colocar o selinho, tá
Faz assim, copia o q está na caixinha abaixo do selinho, depois vai no gadjet do blogspot e adiciona um de html, vai abrir uma janelinha e vc cola o q copiou, coloca um título ou escreve o q quiser e salva,depois vc o movimenta para onde quiser dentro do layout, parece complicado, mas é super simples, se vc não entender posso te explicar pelo e-mail ou msn se vc quiser, tá.
beijos muitos prá vc!
Oi Graça!!!
ResponderEliminarEstou sempre atrasada com os meus amigos, desculpa a demora.
É que o tempo às vezes não nos ajuda e nos faz deixar os amigos queridos de lado, me desculpa a demora, por favor!
Fico feliz por Rabiscando esta te ajudando a postar os selos.
Espero que tudo de certo.
Beijinhos
Ângela
Oi Graça!
ResponderEliminarAmei essa serie de fotos preto e branca! Que lindo, alem de serem lindas, trazem em si essa nostalgia, esse tempo que faz parte de voce...
Especial!
E que menina linda voce foi! Uma anjinha muito fofa! :)
Abraços
É, hoje uma alimentação saudável é tudo.
ResponderEliminarAbraços
Oi, Graça!
ResponderEliminarMuito importante esse post, tendo em vista que muitos alimentos consumidos na rua são de baixa qualidade, mas as nossas saladas são muito mais saudáveis e limpas. Também fiz essa opção.
Obrigada pela sua presença e, se me for permitido, aqui estarei de muito bom grado.
Ótimo final de semana!Bjs
Informar e avisar as pessoas neste sentido é um caso muito importante, muita coisa se passa neste aspecto que refere em muitos locais deste país.
ResponderEliminarUm post útil que servirá de aviso a muita gente para que vejam bem o que consomem.
Muita coisa deste género existe espalhada pelo nosso país mas nós consumidores, temos que agir também à nossa maneira para que não estejamos a comer gato por lebre.
Gostei imenso deste post que é de grande utilidade para quem o possa ler.
Bjos, felicidades lhe desejo..
Que 'saboroso' naco de prosa! É mão de mestre quem consegue conciliar um português tão escorreito com a ironia e o sarcasmo num poder de síntese notável.
ResponderEliminarQuem não tropeçou já na vida com esses 'rissóis' cada vez mais abundantes e que enxameiam toda a nossa sociedade? Parabéns à autora desta belíssima crónica.
"Há pessoas que são como os rissóis do café: uma perfeita desilusão." E nesta frase a autora do texto com uma "doce ironia culinária", diz tudo! Quantas pessoas com o seu encantador aspecto (tal como os rissóis) enganam profundamente. Falta-lhes o tal recheio (amor) e não só azedam no estômago, como o que é muito pior no coração.Parabens. Sonhador.
ResponderEliminarGraça,
ResponderEliminarPor essa razão e por outras, eu prefiro as chamuças – que se vendem um pouco por toda a parte (sendo umas melhores do que as outras) e que juntam os saberes indianos e portugueses para nos demorarmos em sabores moçambicanos… E se tivermos por perto uma “Laurentina” (*), então…
Duarte
……………….
(*) Como não a temos, um vinho branco frio também serve.
Será possível que esta gente não percebeu que se trata de uma metáfora,de uma parábola que visa o comportamento humano, a essência humana para além da aparência? Só falta mesmo pedirem agora a receita dos rissóis...
ResponderEliminarGraça...
ResponderEliminarFelicito-te pela subtileza do teu texto!
Também estive em Moçambique. Passei por vários locais, inclusivamente po Quelimane, a terra do chá, mas estive bastante tempo no Alto Molocué e em Inhanbane
Beijos...
… Curioso! Parece-me que só o leitor “Anónimo” é que percebeu… A quem, já agora (porque é tão sábio na interpretação dos comentários dos outros leitores) agradeço que me esclareça: afinal é uma “metáfora” ou uma “parábola”?
ResponderEliminarSr. Duarte:
ResponderEliminarCurioso digo eu, porque bastar-lhe-ia consultar um qualquer dicionário de língua portuguesa para resolver tão comezinha dúvida. O texto em questão encerra ambas as figuras - metáfora e parábola: a primeira, porque utiliza a substituição de uma palavra por outra, pela relação de semelhança subentendida; a segunda, porque recorre a uma alegoria que encerra conteúdo moral. Posso acrescentar que uma parábola é sempre uma metáfora, mas nem todas as metáforas são parábolas. O texto a que nos referimos é como as suas chamuças que têm os dois saberes. Há outra semelhança: as chamuças são sempre fritos, mas nem todos os fritos são chamuças. Agora não responda porque tenho mais que fazer do que o aturar. Cumprimentos.
“Sans rancune” e sem semântica: os rissóis são o que são; e as pessoas também.
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