Fica do outro lado do mundo e do tempo também. Rodeada de buganvílias vermelhas que já não existem e debruçada sobre velhas acácias que mal floriam nos diziam que estava próximo o Natal. Chamavam-lhe o “navio” por causa da configuração redonda da sua varanda. Nela vivi quase uma vida. Continua a ser para mim “a Casa”! Posso ter esquecido algumas lembranças mas, da Casa, jamais. Elas persistem como correntes de afecto que me recordam cada cantinho com a sua história, ora entrançada em gargalhadas, ora mergulhada em lágrimas de tantas despedidas. Há cheiros fortes a lembrar doçura e rumores suaves da brisa vinda do rio que dançavam no canto da nossa varanda nas noites mais quentes do ano. Do jardim chega-nos o aroma quase sensual da “rainha da noite”, principalmente quando beijada pelo luar. A minha varanda é como o cais de muitas chegadas e partidas. Ali venho saudar quem passa e quem chega. Ali venho dizer adeus com sorrisos molhados a amigos que nunca mais voltei a ver. A Casa guarda segredos e tesouros de conversas sem fim. Oiço o ruído alegre da festa dos meus quinze anos, o meu desabrochar para o mundo dos adultos. A experiência do primeiro batom e os centímetros a mais dos primeiros sapatos de salto alto. Há um tropel de sonhos novos, desconhecidos, dentro do meu peito. Mas há também uma tristeza de ter crescido num sentimento de quem ainda está fora do compasso. Talvez as cortinas do meu quarto em shantung lavrado, com imagens de fadas e duendes, já não fiquem bem…
Lembro também a angústia daquelas noites apertando-me o coração, olhando com desconfiança as manhãs que tardavam em chegar. E o médico a dizer-me: “prepare-se e ajude a sua mãe. O seu pai tem pouco tempo de vida”. Era o meu primeiro contacto com a morte. Pensara sempre que seriam necessárias muitas delongas para ela chegar. Puro engano! É muito mas mesmo muito mais simples. Ao lado festejava-se o Reveillon no Sporting e eu espantava-me como é que alguém teria vontade de rir e dançar. Entenderia mais tarde que o mundo gira a várias velocidades e nem sempre com a mesma justiça. É assim que nós crescemos e avançamos na vida. O coração da Casa continua a bater dentro do meu peito. E sou outra vez criança e faço o meu presépio e não esqueço a cartinha ao Menino Jesus. E sou outra vez adolescente e tenho os meus cadernos cheios de pequenos corações. E já sou mulher e espero uma aliança de ouro na minha mão ao som da marcha nupcial.
A Casa será sempre “a minha Casa” e ponto final!
Graça quantas recordações boas da sua Casa. Lembranças eternas. Talvez, alguns momentos vividos, ali tenham sido duros e como você mesmo escreveu em compasso diferente ao que corria lá fora, mas tenho certeza que nesse lugar você foi feliz. Pelo menos é o que passas através da sua escrita.
ResponderEliminarUm grande beijo
Oi Graça
ResponderEliminarDa minha casa não restou mais nada além das lembranças e fotografias. Hoje em seu lugar existe um prédio de apartamentos, mas ela continua guardada dentro de mim.
Beijos
Querida Graça,
ResponderEliminarObrigada por compartilhar conosco as suas lembranças! Belo texto...
Abraço Amigo...
A "Casa" fica presa em nós... Não é feita apenas de paredes a "nossa casa". Tem alma!
ResponderEliminarUm beijo
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarGraça,
ResponderEliminarQuando passamos a integrar o mundo dos adultos, não imaginamos que, já bem antes dessa passagem, a Natureza havia cravado em nossa pele, com aço quente, a marca da infancia e da adolescencia, para que essas tres fases da vida se acomodem, para que possam 'conviver' pelos resto de nossos dias. Adultos, somos salvos, muitas vezes, pelos projetos da criança ou pelo ímpeto do adolescente, que ainda somos. E assim vamos enfrentando as dificuldades do dia-a-dia, desarmando as armadilhas que querem nos aprisionar; angustiados e apreensivos à beira do abismo, quando estamos prestes a despencar, uma voz de criança convida-nos a correr pelos verdes campos; é a nossa própria voz que vem impedir-nos a realizar o voo fatal.
Um grande abraço,
Pedro.
Graça,acabei de fazer uma postagem e resolvi visitar alguns amigos.
ResponderEliminarO dia aqui em Salvador está chuvoso, ventando muito e quando isto acontece uma tristeza vai chegando de mansinho e insistindo em me fazer companhia.Não sei de onde vem, nem pra onde vai,mas me faz sentir tanta falta da minha casa,dos meus irmãos e daquela alegria constante e contagiante.Percebo que tenho vivido de lembranças,mas não quero isto mais pra mim.
Em julho,comemoro mais um ano de vida e preciso viver o presente....futuro que tem são minhas filhas.Ainda bem que hoje não é sempre, e sempre não é todo dia.
Estou esperando vc para dizer o que acha do novo layout.Fiz observando de fora,como se olhasse o filme da minha vida.
Apareça, vc sabe que a casa é pequena ,mas o coração é grande.
Um abraço, da amiga de sempre
Emilinha
Olá Graça, pois é amiga a nossa casa e as nossas recordações. A casa onde eu vivi até ás vésperas dos meus treze anos, está a caír. Também foi um primeiro contacto com a morte... nada foi nem será igual. Passo lá sempre que vou á terra e já não tem muro. Fico desolada quando olho para ela. São as nossas recordações. Beijo meu
ResponderEliminar"O sono é como uma outra casa que poderíamos ter, e onde, deixando a nossa, iríamos dormir."
ResponderEliminarBeijo.
Que casa mais mágica, mais encantada, amiga.
ResponderEliminarPasseeei pelo teu quarto da adolescência, pude ver-te na varanda a receber e despedir-te dos amigos...
Quanta emoção.
Beijinhos, cheios de ternura, Gracita
"A Casa" é um símbolo à volta do qual girou e reviveu...
ResponderEliminarBelo texto de uma memória que se mantem viva.
Eu entendo-a, porque também tenho 'a Casa', aquela de que, por motivo algum, me quero separar.
Beijo
OLÁ AMIGA
ResponderEliminarFui buscar a tua explicação sobre a Blogagem colectiva, mas desta vez não deu para te vir avisar 2 dias antes, MAS...PARTICIPEI.
No teu blog, nesses dias concorres como quiseres, postando fotos, versos, imagens, histórias, receitas de culinária...o que quiseres...desde que tenha a ver com Santo António, São João e São Pedro. Dois dias antes dastas datas...vais ao Zambeziana comunicar que participas e a Palhota...passa por aqui...para observar...no fim , no fim...há surpresas! Mais simples do que isto...não há!! Quero-te a participar!
Beijocas
Graça
BEIJOS DA TULIPA.
Que história tão bonita e tão bem contada... Sinto-me mesmo bem quando venho aqui! Parabéns!
ResponderEliminarUm beijo de mulata só para si.
P.S. - Pertencem a Quelimane essas recordações?
Minha Querida
ResponderEliminarSão pedaços da minha vida na minha CASA e em Quelimane!
Irei visitar-te!
Beijo amigo
Graça
...linda edificação!
ResponderEliminarmas a pergunta que fica é:
a casa não somos nós?
bj minha querida!
As nossas recordações são parte de nós.
ResponderEliminarA casa é uma parte dessa história.
Tudo pode acabar mas as boas recordações hão-de ficar sempre.
Graça:
ResponderEliminarMinhas mais queridas recordações ficaram na infância e pré-adolescência. Recordações da casa, de meu quarto, do jardim e de minhas brincadeiras de criança dependurada num caramanchão, querendo atravessá-lo de ponta a ponta. Foi nesta casa que descobri, após arrombar um armário na garagem, que não existia Papai Noel; lá estava sua fantasia, suas botas, sua barba... Daí em diante a criança cresceu rápido e perdeu a ilusão de que o mundo era lindo e mágico. Os meus sonhos mais lindos ficaram por lá, na casa rodeada por hortênsias. Mas à medida que a vida nos tira algo importante, nos coloca numa realidade talvez mais saudável, mais focada para outros valores. Não levou muito para que eu esquecesse o tal Papai Noel e os coelhinhos...
Grande beijo.
Suas lembranças me enternecem. Lindo texto.
ResponderEliminarbeijos
Graça.
ResponderEliminarque bela casa, e sejam lembranças felizes ou doídas, são lembranças, que ficam de tempos idos mas presentes em nossas mémoria.
certamente que será sempre sua casa, passe o tempo que passar, as lembranças de onde vivemos por por um periodo maior, nos ficará na lembrança.
beijo
Rosan
Lembranças de sua casa Graça que ficaram pra sempre, obrigada por partilhar conosco.
ResponderEliminarVc já visitou esse blog aqui:
http://meninaspoderosasdoblog.blogspot.com/
Ainda não! Está esperando o que?
Vc vai gostar!
beijoo
Como você, minha amiga, tenho também dentro de mim a casa onde nasci, cresci,vivi até o dia do meu casamento. A casa toda lembranças e saudades, a casa onde meus amores já partidos permanecem vivos, com suas tristezas e suas alegrias, suas lágrimas e seus risos, para todo o sempre, no jardim de minhas saudades...
ResponderEliminarObrigada por esse lindo texto que veio despertar em mim um caminho no tempo para chegar ao que foi meu primeiro ninho.
Beijos
Realmente, há coisas que marcam a vida da gente quando na infância, e que afloram à mente quando na fase adulta.
ResponderEliminarBeijos,
Furtado.
Olá Graça
ResponderEliminarA "casa" são pedacinhos de nós, retalhos da nossa vida que recordamos sempre com nostalgia...
É um "bom recordar".
Bjs.
Graça
ResponderEliminarE muito linda esta casa, tanto o físico quanto as memórias que tão bem sabes nos contar. Os sentimentos que brotam dos teus "dedos" com tanto carinho. É muito bom termos essas memórias!
Grande beijo
Anne
As lembranças são eternas e quando crescemos e vivemos nela ficam sempre ativadas.
ResponderEliminarA casa é linda e suas lembranças também, apesar dos momentos difíceis, que fazem parte de uma vida normal.
Bom dia Graça!
Xeros.
Minha querida Graça
ResponderEliminarUm belo texto como sempre...pedaços de vida, recordações que ficam para sempre.
beijinhos com carinho
Sonhadora
Feliz Metade do Ano Graça.
ResponderEliminarÓtima tarde.
beijooo.
Sabes Graça, já gosto da tua casa como se também lá tivesse vivido, imagino como seria agradável aquela varanda...obrigada por me levares a sonhar com uma infãncia que não foi minha.
ResponderEliminarBjs
Sou um admirador do teu estilo pessoa(l)...
ResponderEliminarO mundo é a nossa casa, a nossa casa é o nosso mundo, o nosso reduto.
Numa linda "casa/navio" como a tua, os teus sonhos poderão vaguear, por mares alterosos, ou por mares calmos onde verás o teu "navio" espelhar-se e cada um dos teus sonhos realizar-se...
bj
J
Graça.
ResponderEliminarMuita saudade de ti, passei para um café.
Beijo em ti e na casa.
Renata
Querida amiga Graça,
ResponderEliminarA cada texto teu reajo da mesma maneira...um nó na garganta e as lágrimas que teimam em aflorar aos meus olhos.
O tema é simultaneamente belo e triste, nostálgico e alegre (nas recordações boas).
Minha querida, a tua casa guarda tudo o que é mais sagrado para ti.
Felizmente tens todas essas memórias e podes (re)vivê-las sempre... mesmo que doa.
Um abraço grande e beijinhos
Ná
Na casa do Rau
Graça querida,
ResponderEliminarsuas lembranças me emocionam, fazendo-me voltar às minhas, enchendo o coração de sentimentos misturados.
saudades as nos fazem chorar, às vezes rir, mas sempre fica algo dolorido (mesmo quando de alegrias)
adorei tudo e até lembrei o perfume da dama da noite, que eu amo demais e tão raro encontrar.
fica com DEUS - beijokas em seu coração....
Que lindo!
ResponderEliminarAgradeço por me permitir mergulhar nesse mar de lembranças, onde navega o seu belo e inesquecível "navio".
Deixo um fragmento...
Minha casa
é esperança com jardim;
minha casa sou eu
dentro de mim...
Me sabe pela raiz
quem conhece minha casa...
Um beijo, Graça. E inté!
Oi Graça,
ResponderEliminarA casa é o nosso lugar no mundo, onde guardamos nossos sonhos, nossas emoções. A casa é que nos abriga e nos protege.
Adorei seu comentário sobre as bananas, lá no "Guardados".
Bsj.
As memórias são companheiras constantes, elas ultrapasam a barreira do tempo e são presentes.
ResponderEliminarNão se leva em conta seu passar, apenas o existir. E por isso, o aroma da dama da noite, refrescou a minha. Cada um de nós possui a sua nave, o seu leão rompante. Nem tão bela quanto a sua, mas sempre se dá lá um jeito. Meus parabéns, beijos e um ótimo final de semana.
Graça
ResponderEliminarMuito lindo esse amor, essas recordações que em nosso coração jamais se apagarão.
A vida nos ensina várias idas e voktas, várias injustiças aos nossos olhos e desapercebidas aos olhos dos outros... é uma verdade que vivemos.
Beijos
Graça, minha casa de infância vive em mim. Quando quero, fecho os olhos e passeio pelos seus cômodos, reconheço cada canto, cada cor, cada quarto. Ah, como é bom visitá-la tantos anos depois e descobrir que permanece, permanecerá intácta. Para sempre!
ResponderEliminarBjs
Que bela casa :) As casas coloniais eram mesmo bonitas e diferentes!
ResponderEliminarGosto muito das suas histórias e relatos, mas este é, sem dúvida e até agora, o meu preferido :))
Um beijinho e bom fim-de-semana!
Maria joão
OLÁ GRAÇA
ResponderEliminarTou triste!!!
Desta vez não foste dizer nada do meu post do S. Pedro...
Fiquei à tua espera....
Beijos
Boas recordações da nossa casa antiga,momentos passados lá que não voltam
ResponderEliminarBom fim de semana
bjs
Graça
Querida amiga adorei, a sua narrativa é vinda do fundo do seu coração e levou-me até junto de si, até á sua casa. Obrigado por partilhar as suas memórias de uma forma tão intensa e extraordinária.
ResponderEliminarAproveite ao máximo o fim de semana.
"Nada vale mais do que o dia de hoje. Você não pode reviver o ontem. O amanhã ainda está além do seu alcance." (Goethe)
Bjs do tamanho do infinito
Maria
nós somos
ResponderEliminara casa que mora no nosso coração
e sei da buganvília e da varanda
do barco e da festa
da tristeza e da alegria
de tanta chegada e outra tanta partida
as casas não morrem nunca
mesmo que ninguém as possa já ver!
obrigada Graça
pela tua Casa!
um beijo
Manuela
Lindo, minha amiga, como sempre.
ResponderEliminarUma beijoca e bom fim de semana
Gostei muito,
ResponderEliminarExcelente final de semana,
boas energias sempre!
Bjs,
Mari
Olá Graça!
ResponderEliminarMuito bonita a sua história e obrigada por partilhar as suas memórias tão queridas.
A casa onde eu nasci e vivi até aos 22 anos situa-se num prédio,numa rua movimentada de LISBOA,e apesar de ter bem mais de 100 anos não a deitaram a baixo,mas reconstruiram-na.
Quando lá passo,não deixo de olhar para o 3º andar,para a janela do meu quarto e aí é um jorrar de recordações....umas boas...outras más.....é assim a VIDA!
Muitos beijinhos.HELENA
Graça, claro que sim, só faltaria que também nos tirassem o dom de crer naquilo que mais feliz nos faz.
ResponderEliminarGostei do modo como abordaste o tema, fui-me sentido enganchado e até diria que reconhecia a narração: belo, sendo triste em algum dos matizes, aliás algo obvio.
Beijinhos
QUERIDA GRAÇA
ResponderEliminarMuito obrigada pelo seu carinho,pode crer que me deu muito animo.
De facto a Princesa já volta hoje,sábado e não tenho nada de especial feito,comecei um vestidinho mas não acabei.Tenho andado em arrumações,oque já é qualquer coisa....e tenho alguns trabalhos começados.
Talvez o SOL comece a sorrir para mim!...
Beijinhos.HELENA
Amiga querida,
ResponderEliminarEu tive uma casa assim, a varanda não era redonda, mas tudo que nela havia ainda habita dentro de mim...
Adoro te ler e caminhar por entre os corredores da tua escrita memorialista, graciosa e terna.
O primeiro contato com a morte sempre nos deixa marcas muito dolorosas.
Um adorável final de semana!!!
Beijos e ternura!!!
Tem os que passam
ResponderEliminare tudo se passa
com os passos já passados
tem os que partem
da pedra ao vidro
deixam tudo partido
e tem, ainda bem,
os que deixam
a vaga impressão
de ter ficado
Alice Ruiz
Bom Fds com amor e poesia...M@ria
Olá Graça, linda casa.Gostei muito do texto.A vida é mesmo assim, feita de alegrias e de tristezas.Mas recordar é viver.Beijocas.
ResponderEliminarQuando começamos a desfiar o rosário das recordações há sempre memórias tristes a meio de outras bem alegres e felizes.
ResponderEliminarE penso que África deixou marcas muito mais fortes do que qualquer outro lugar.
Adorei o teu texto.
No meu blog "A CASA DA MARIQUINHAS" tenho publicado alguns posts sobre África (Angola, Moçambique e Cabo Verde) com a etiqueta "Saudosa África distante". Se quiseres dar lá um saltinho... o último post, de domingo passado (lá pubico aos domingos) é precisamente sobre Angola. És capaz de gostar...
Votos de um óptimo fim de semana. Beijinhos
Bom dia, amiga.
ResponderEliminarPassei para agradecer a carinhosa visita e deixar um beijo desejando um ótimo fim de semana com paz e harmonia.
Renata
Graça, quantas recordações a Casa nunca deixará de o ser porque já não é a arquitectura que conta, mas os sentimentos e as emoções que passaste lá dentro.
ResponderEliminarUm beijinho grande
Bom fim de semana
Lembranças são sempre maravilhosas, paz.
ResponderEliminarBeijo Lisette.
Minha casa é bem pequena e ñ tem muitos atrativos,mas eu gosto de estar nela embora algumas vezes meus filhos me deixam louca rs.
ResponderEliminarGraça,seu comentário lá na minha concha foi linnnnnndo,que belezura de palavras enobreceu meu coração q anda sensível por demais,obrigada amada.
Adorei a sua postagem,os textos são longos sim mas bem gostosos de acompanhar.
Parabénsssssssssssss minha flor.
Já morei em tantas casas, fosse na infância, na adolescência e já adulta que não consigo eleger "a minha casa". Deste-me um bom pretexto para contar em quantas casas morei. Ora, vejamos, desde que nasci.
ResponderEliminarCom os meus pais:
Casa da minha avó de cima, Vila Nova de Famalicão - Nascimento e férias
Casa da minha avó de baixo, Vila Nova de Famalicão - Férias
Porto - até aos 2 anos
Com os meus pais e o meu irmão, entretanto nascido:
Duas casas em Vila do Conde - até aos 4 anos
Duas casas em Viseu - até aos 5 anos
Lisboa - até aos 7 anos
Por morte do meu pai, com a minha mãe e irmão:
Casa da minha avó de cima - até aos 10 anos
Duas casas no Porto - até aos 13 anos
V. N. de Gaia até aos 25
Já com marido e um filho:
Outra casa em V. N. de Gaia, já com 2 filhos, até aos 38 anos
Ainda com marido e os 2 filhos:
Uma casa em São Tomé e Príncipe por 2 meses
Finalmente, sem marido:
Outra casa em São Tomé e Príncipe, mais 2 meses
Três casas na Cidade da Praia, em Cabo Verde, por 6 meses, aos 39 anos
Uma barraca na Amadora, 4 meses, ainda 39 anos
Duas casas em Viseu, até aos 41 anos
Com os filhos e os pais já velhotes:
Porto, até à actualidade
Ah, desde há 2 anos para cá, estou de noite e aos fim de semana na casa do meu companheiro, em V. N. de Gaia
ah ah ah Que Tal???
Uma explicação:
Estas mudanças deveram-se essencialmente à profissão do meu pai que era polícia, depois da sua morte, aos contratos de trabalho da minha mãe e, mais tarde, aos meus. Depois de chegar a um sítio novo, acabávamos sempre por descobrir outra casa melhor...
Não consegui ficar agarrada a nenhuma casa, fiquei agarrada, sim, às pessoas que me rodearam em cada uma delas.
Veijios
Mais outra coisa, quando digo pais velhotes, refiro-me à minha mãe e padrasto, com se casou aos 40 anos, tinha eu 20. Depois de grave doença, morreu no mês passado, o nosso Augusto.
ResponderEliminarE como mão há 2 sem 3, omais importante não cheguei a dizer...
ResponderEliminarEscrevi aqui, porque efectivamente, só quem esteve em África percebe o que aquilo é. Fiquei apaixonada para sempre... e foram apenas uns 9/10 meses, entre 1994 e 1995.
Mais veijios
Narrativa intensa,acerca casa tua,saudosista e poética,me amalgamou em ternura essa,de digitos através,sussurradas de cardíaco abissal teu,através!
ResponderEliminarLindo ,intenso e inesquecível!
te amamos,pessoa escriba!
Viva La Vida
Dedicado à Voce ,Graça Amiga:
ResponderEliminarA Copa Da Arrogancia
A Resposta
Percebendo um contra comentario seu,acerca de seguidora brasileira irreverente e arrogante,já vontade tinha de te essa escrever:a maneira técnica e irrepreensível com que a nobres seleção portuguesa atuou com dignidade e transparencia,e a honrosa desclassificação por que passou,e a resposta dessa copa arrogante e milionária,desclassificando duas seleções,tidas como as favoritas,me faz cada vez ,melhor pessoa sentir,provando a vida que a sensibilidade,honradez e transparencia,derruba qualque arrogancia e qualquer copa del mondo!
Viva a seleção portuguesa
viva a simplicidade e transparencia
bzus girassolicos
viva la vida
Querido Amigo
ResponderEliminarObrigada pela tua opinião sobre a minha Seleção!
Este Campeonato está a ser uma surpresa...os "deuses" estão a cair dos seus tronos... Hoje, foi a Argentina!
Fica uma lição ou duas: Não se deve deitar foguetes antes da festa e a humildade fica bem aos GRANDES!
Beijocas
Graça
Da minha casa na Beira restam umas ruínas bem decadentes, onde faltam as janelas e a tinta que cobria a fachada. Lembro-me da minha casa e da infância mas nem quero ver uma imagem actual do que dela resta que me dói o coração.
ResponderEliminarAbraço do Zé
Encontrei seu blog atrevez dos bolgs amigos meus .
ResponderEliminarAmei de todo coração sua postagem estou seguindo vc e espero vc com muito carinho nos meus blogs.
Um feliz final de semana,beijos Evanir..
www.fonte-amor.zip.net .
www.meudeusetudo.zip.net
Lembranças divinais...
ResponderEliminar... passei p'ra desejar óptimo Domingo.
Bjoooooo
Um feliz domingo pra vc Graça.
ResponderEliminarbeijooo.
Oiiii, boa noite, meu anjo!
ResponderEliminarVim trazendo muitas beijocas para você!!!
Tenha um domingo lindo!!!
Sônia Silvino's Blogs!
Vários temas & um só coração!!!
PEDAÇOS DE AMIZADE
Amizades são feitas de pedacinhos.
Pedacinhos de tempo que vivemos com cada pessoa.
Não importa a quantidade de tempo que passamos com cada amigo,
mas a qualidade do tempo que vivemos com cada um.
Cinco minutos podem ter uma importância muito maior do que um dia inteiro.
Assim, há amizades que são feitas de risos e dores compartilhados;
outras de escola; outras de saídas, cinemas, diversões;
há ainda aquelas que nascem a gente nem sabe de quê,
mas que estão presentes.
Talvez essas sejam feitas de silêncios compreendidos,
ou de simpatia mútua sem explicação.
Hoje em dia, muitas amizades são feitas só de e-mails
e essas não são menos importantes.
São as famosas "amizades virtuais."
Diferentes até, mas não menos importantes.
Aprendemos a amar as pessoas sem que possamos julgá-las
pela sua aparência ou modo de ser, sem que possamos
( e fazemos isso inconscientemente às vezes) etiquetá-las.
Há amizades muito profundas que são criadas assim.
Saint-Exupéry disse:
" Foi o tempo que perdestes com tua rosa que fez tua rosa tão importante."
E eu digo que é o tempo que ganhamos com cada amigo
que faz cada amigo tão importante.
Porque tempo gasto com amigos é tempo ganho, aproveitado, vivido.
São lembranças para cinco minutos depois ou anos até...
Um amigo se torna importante pra nós, e nós para ele,
quando somos capazes, mesmo na sua ausência, de rir ou chorar,
de sentir saudade e nesse instante trazer o outro bem pertinho da gente.
Dessa forma, podemos ter vários melhores amigos de diferentes maneiras.
O importante é saber aproveitar o máximo cada minuto vivido
e ter depois no baú das recordações horas para passar com os amigos,
mesmo quando estes estiverem longe dos nossos olhos.
Letícia Thompson
querida graça,
ResponderEliminarlinda casa e que boas recordações.
lindo seu texto..
fiquei feliz em poder andar pela sua casa.
Beijo e bom fim de semana.
até segunda-feira...
As tuas recordações estão tão nítidas nas tuas palavras que também fiquei a conhecê-la...
ResponderEliminarÉ bom ter memória e, ainda melhor, compartilhá-la...
Beijo,
Antóno
Minha Boa Amiga Graça,
ResponderEliminarAs minhas desculpas por esta ausência tão demorada. Gostei deste seu texto onde recorda a sua casa onde teve as suas alegrias e também as suas tristezas. Mas como o povo diz "recordar é viver" e por isso enquanto o escreveu foi recordando e vivendo tempos idos que não voltam mais! Todos nós temos a "nossa casa" e é sempre bom recordá-la.
Um bom Domingo e muitos beijinhos amigos.
Agora peço desculpas...Graça.
ResponderEliminarEu estava triste...precisamente porque achava que não era normal tu "esqueceres-te" de mim...
Era esse o meu problema de tristeza...
Agora quero as tuas rápidas melhoras.
Diz-me se está tudo bem...
Atenção: eu não estou zangada, só disse que estava triste.
Beijos de amizade.
GRACINHA: nada , mas mesmo nada! poderá, alguma vez substituir "A CASA"...
ResponderEliminarAO ler o teu texto, conhecendo como sabes que conheço, a poesia de SOPHIA DE MELLO BREYNER, vem-me à ideia o poema "OS ESPELHOS".
(...)
2ª estrofe
"PORÉM É SÓ NA PENUMBRA DA HORA TARDIA/
QUANDO A IMOBILIDADE SE INSTAURA NO CENTRO DO SILÊNCIO/
QUE À TONA DOS ESPELHOS AFLORA/
A LUZ QUE OS HABITA E NOS APAGA/
LUZ ARRANCADA/
AO INTERIORDE UM FOGO VIVO E VÍTRIO/
BEIJOS
LUSIBERO
Deixo poesia... e um beijo
ResponderEliminarCORAÇÃO
Dentro do meu peito, pequenino
Não há só veias, artérias ou sangue.
Dentro do meu peito, abrigado
Existe um coração que vai batendo...
Batendo, contra tudo e contra todos
Batendo e amando tudo, ao redor
Mas batendo e sofrendo a toda a hora
Pois ama e suspira por amor...
E será que vale a pena ele suspirar?
Será que vale tanta pena e tanta dor...
Porque haverá o coração de ser sempre
A peça que dentro de nós mais sente a dor?
Porque haverá o Amor que é tão belo...
De ser o que de pior no mundo existe?
Porque será que com tanta dor
Eternos amantes serão sempre o coração e o amor...
LILI LARANJO
TENHO SELO PARA TI...
Oi GRAÇA .-
ResponderEliminarGosto das suas histórias, que se aproximam das minhas!
A desrição leva-nos ao local! Uma escrita juvenil, enternecedora, escreve assim, quem sente a saudade, e a transmite com toda a sua ingenuidade para o papel.
Até breve
Hernminia
Tenha uma linda semana.
ResponderEliminarTomara que essa semana seja
para você um ínicio de vida
inteiramente azul...
Que o mau humor e as coisas
ruins fiquem bem longe de
você...
Que você comemorar cada novo
dia...
E aceite cada momento como um
presente especial da vida para
você.
Você possa declarar, demonstrar
e receber muito amor...
Que sonhe e voe cada vez mais
alto, e alcance seus sonhos!
Que você possa e saiba trabalhar
e estudar, e fazer tudo com prazer.
Que saiba descansar, se divertir
e fazer o que você gosta!
Seja sempre essa Pessoa Especial
que é!
Que você tenha uma Linda Semana!!!
(texto da net).
beijooo.
As tuas palavras agarram do principio ao fim, um regresso ao passado sempre presente. É sempre um prazer regressar a casa...
ResponderEliminarUm beijo Graça por tanta partilha...
Chris
Amiga,
ResponderEliminarO tempo passa mas estas são recordações que ficam gravadas para sempre.
Aqui nesta outra tua casa, enorme, mas que cabe nesse teu coração maravilhoso, nos acolhe tão bem a todos e tem os perfumes da nossa África.
Já tinha saudade de aqui vir!
Kandandos.
Graça,
ResponderEliminarque bacana suas lembranças
Nossa primeira casa, aquela que nos viu nascer e nos aqueceu, nos viu rir e chorar, dela jamais esqueceremos...
A casa da minha infância já foi demolida, mas as lembranças são eternas.
bjs
"Que o sussurrar do vento te leve um beijo carinhoso e eterno e me deixe em seus pensamentos para que a distância não apague em ti minha existência."
ResponderEliminar(Autor desconhecido)
Obs:Tem selinho aqui prá voce, pegue o seu......Beijos!!
A Casa
ResponderEliminarbasta ser a tua casa,
a tua infância,
a saudade e o encanto
do local,
de onde vieste.
Há destinos que se cumprem...Tu o disseste
quando estiveste na minha casa.
Mas na minha casa,
há apenas meus versos...
Na que foi a tua casa, há uma orgia de cor e beleza. Como foi possível deixá-la para tráz e
caminhar em frente.
Com ternura, pela maravilha do que escreves.
Maria Luísa
Boa tarde Graça...
ResponderEliminarLendo seu texto recordei a minha infância, tão feliz e que sempre me alegra quando recordo.
Um beijo querida!
Oi amiga
ResponderEliminarGostei do seu blogue.
Recordações quem não as tem?
Lindo o seu texto.
Bjos
Maria
Boa noite minha querida amiga,
ResponderEliminarcomo poderia deixar de ser a sua casa, se foi lá que cresceu e se fez Mulher, que riu, brincou, chorou e até viveu a dor da perda do seu Pai. Como a entendo, se bem que era ainda uma menina, imagino o quanto terá sido difícil e doloroso.
Mudando de assunto, há na minha Galeria de Selos um selinho para si, quando puder passe lá.
Beijinhos,
Ana Martins
Ave Sem Asas
A CASA fica tão entranhada que mais parecemos caracóis...
ResponderEliminarGraça.
ResponderEliminarSaudade de ler tuas histórias, resolvi então voltar a ler uma da África e do batizado, amo esta história.
Beijo
.
ResponderEliminar. uma bel.íssima casa . re.canto do afecto .
. hoje tecto de uma memória maior . a Sua .
.
. a e.ternizar os dias que acrescentam a ascese da vivência maior .
.
. um beijo, Graça .
.
Olá Graça.
ResponderEliminarHá umas semanas que não passo aqui e hoje não pude evitar tantas EMOÇÕES... Impossível esquecer a nossa cidade e aquela casa...
"As recordações são aquilo que nos aquece a alma, mas também despedaçam o nosso coração." palavras de Murakami (escritor japonês) Desejo-lhe muita saúde e paz interior. Um abraço Adélia
Olá.
ResponderEliminarTudo que li, teve o condão de fazer lembrar, a minha infãncia por terras Africanas... colegas de colégio e... a minha casa.
OBRIGADA.
Bjnhos
alice