(História contada pelo meu pai)
O meu pai tinha várias lojas espalhadas pelo interior da Zambézia. A loja-mãe, ou a sede, era a de Namacata, a doze quilómetros de Quelimane ligada por uma óptima estrada e rodeada por uma paisagem diversificada que sempre me encantou: de um lado o extenso palmar quebrado aqui e ali por pequenas aldeias indígenas, do outro os arrozais misturados com zonas de nenúfares. Depois, quase a chegar à cidade, as mangueiras fartas, pesadas e perfumadas.
O meu pai tinha um amigo, também ele comerciante, com uma loja na Furquia, zona de boa laranja e, principalmente, de tangerinas enormes parecendo pequenos sóis espalhados pelo verde das folhas. Eram sumarentas e doces! Nunca mais vi ou comi tangerinas assim.
Um dia, o amigo telefonou-lhe numa aflição incontida.
- Meu amigo, preciso da sua ajuda e com urgência. Veja o que me aconteceu: o meu empregado, o Joaquim, faleceu esta manhã, assim de repente, sem estar doente!
O meu Pai lembrava-se do rapazito na casa dos vinte, muito dedicado ao trabalho e ao patrão. Era o seu braço direito e ficava sozinho tomando conta de tudo, quando o patrão se deslocava a Quelimane a negócios ou mesmo em lazer.
- Ó homem, para morrer basta só estar vivo… Tenho muita pena pelo Joaquim. Mas em que lhe posso ser útil?
- Acredite que é mesmo um grande favor. Já telefonei para Quelimane a dar a notícia à mãe, que vive com uma filha, e não me posso esquecer dos seus gritos lancinantes, de meter dó. Telefonei também ao Regalado para trazer uma urna e vir buscá-lo, mas acontece que ele está ausente para Lourenço Marques e eu tenho a minha carrinha na oficina. Tudo se juntou…
- Realmente é muito azar… - dizia-lhe o meu pai.
- Pois aqui é que entra o meu pedido e peço já desculpa do abuso. Como o amigo tem também uma carrinha queria que me fizesse o favor de o vir buscar e entregá-lo à família.
O meu pai não sabia negar favores destes onde se misturavam sentimentos e solidariedade.
- Vou telefonar para minha casa avisando que chego tarde e vou já para aí com o meu ajudante.
A tarde ia já adiantada quando saíram de Namacata.
Quando não havia mercadoria para transportar, o velho João era companheiro de cabine do meu pai. Era um negro alto, bem constituído, com um olhar bondoso.
- Vamos à Furquia buscar tangerinas? – perguntou ele a certa altura.
- Não – respondeu-lhe o meu pai. - Vamos buscar um morto!
- Xi, patrão, um morto… e vem connosco aqui no carro?
- Claro, já viste algum morto andar?
Quando chegaram à Furquia já era noite cerrada. O amigo andava na estrada com uma lanterna, para trás e para a frente. Quando viu o meu pai suspirou de alívio.
- Já o vesti e embrulhei em lençóis e dois cobertores. Vamos buscá-lo.
O meu pai e o João preparavam a caixa aberta da carrinha. Colocaram o morto entre duas tábuas para ir mais seguro uma vez que atrás havia apenas uma corrente a ligar os dois lados laterais.
- João – disse o meu pai – vais aqui atrás com ele, a tomar conta para que não aconteça nada!
- Xi patrão, ele está morto, não foge.
O João embrulhou-se num grosso cobertor e sentou-se o mais afastado possível da “mercadoria”, junto ao vidro que dava para a cabine. De vez em quando o meu pai batia no vidro e perguntava:
- João, está tudo bem?
- Sim patrão! Ele continua aqui…
Estrada deserta, noite escura de breu, os buracos mal se viam e era cada solavanco que o João gritava lá de trás:
- Poli, poli patrão! Devagar, devagar, patrão.
O meu pai não podia ir mais devagar. Tentava fugir dos grandes buracos e aterrava literalmente nos grandes montículos de areia solta resultado da canícula do dia. Não havia muito por onde escapar. Algum tempo depois deixou de ouvir o João.
- Deve ter adormecido. - pensou o meu pai.
Ao chegar às primeiras luzes da cidade, o João bateu com força no vidro da janela.
- Patrão, pára, pára… o morto fugiu!
- O quê? – travões a fundo e o meu pai sai esbaforido da carrinha.
- Vinhas a dormir João?
- Xi, só um bocadinho!
O meu pai olhou as tábuas que estavam afastadas e calculou que o “volume” se tivesse esgueirado com tantos saltos e caído na estrada.
- E agora? – perguntava um João muito aflito.
- Agora vamos voltar atrás a buscar o Joaquim e Deus queira que nenhum camião o tenha atropelado.
- Não faz mal patrão ele já estava morto…
- E se algum leão ou outra bicheza o atacou?
O João encolheu-se no fundo da cabine.
Na zona de maiores buracos e de areia lá estava o “embrulho” conforme tinha caído da carrinha.
O João saiu logo a correr e gritava para o meu pai:
- Tem calma patrão, ele está mesmo descansado!
Boa noite amiga Graça! Estava a ler a história do teu pai aqui tão bem narrada,que o riso veio,porque me lembrei de algo um pouco parecido.Um colega meu que foi Bombeiro e na altura era aspirante,tinha muito medo quando tinhamos que ir levantar um corpo,um dia aconteceu ir comigo,pobre do moço chegou ao hospital,parecia pior do que o morto,a vida assim é e por vezes acontecem coisas que são bem reais.
ResponderEliminarBeijinho e tudo de bom desejo
Histórias da vida real,narrativa excelente.
ResponderEliminarBeijinho.
Mais um "vasculhar" de memórias,decrito com a límpidez da tua escrita ,que prende até ao fim.
ResponderEliminarBjs.
Adoro ler suas histórias!
ResponderEliminarbjs.
Graça,
ResponderEliminarLer-te é um puro fascinio! A forma como escreves prende-nos ao texto, tornando-nos quase os próprios personagens...
Abraços!
AL
Belíssima história,muito bem narrada teve o condão de me prender até ao fim.
ResponderEliminarparabens.
Olá Graça
ResponderEliminarQue morte tão atribulada.
Estava tão embebido na história que até pensei:
Caíram ambos da camionete.....
E agora coitado do patrão tem de procurar dois em vez de um......
OBRIGADO POR TRAZERES À LEMBRANÇA MAIS UMA DAS INCONTÁVEIS HISTÓRIAS DO NOSSO QUERIDO PAI.
ResponderEliminarBEIJOCAS DO TEU IRMÃO.
Ótima história. Gosto da forma que você escreve.
ResponderEliminarabraços
de luz e paz
Graça
ResponderEliminarComo sempre as tuas histórias fluim e são tão boas de ler. Obrigada
bjos
Anne
Minha querida,
ResponderEliminarsempre que venho aqui fico imaginando como deve ser gostoso ouvir essas histórias ao lado do contador. Se ler já é perfeito, imagina ouvir?! rs...
E essas tangerinas, hein?1 Fiquei com água na boca!! rs
Beijos linda!!^^
Graça, adoro estas histórias, únicas, bem contadas e com um sentido de humor que me leva a soltar gargalhadas...maravilha!
ResponderEliminarBeijinhos
Nussaaaa que delícia de história! Só vc para fazer uma narração dessas. Eu que sou a maior preguiçosa fico esperando a linha seguinte pra ver o que vai acontecer. Você é fantástica, só poderia ter nascido de um pai que vivia histórias maravilhosas e por que não. Cômicas?! rs... Montão de bjs e abraços
ResponderEliminarElaine Barnes
Para além de parabéns merecidos, três conclusões que sendo em proveito próprio assumo como desejo:
ResponderEliminar- morrer sem estar doente e assim de repente
- que não adormeça o meu agente funerário
- que o percurso do meu cadáver seja menos acidentado...
Boa?
Querida Graça, por motivos pessoais fiquei sem visitar os meus amigos virtuais.
ResponderEliminarAgora estou retornando.
Deixo um grande beijo.
Lucimar
Cada situação que se passava naqueles tempos...rs, mas valeu a pena e rendeu ótimas historias que agora são tão bem contadas.
ResponderEliminarbeijos
Querida amiga Graça!
ResponderEliminarVoltarei para te ler, hoje ainda não fui à cama!
Obrigada pelas tuas doces palavras.
Poucas pessoas me entendem como tu, nós sabemos porquê.
Beijo e abraço ternos.
Ná
Oi Graça,
ResponderEliminarSó você mesmo para dar esse toque de humor a situações desse tipo.
Você deveria escrever um livro, já tens uma compradora e leitora fiel. Pense nisso.
Beijocas.
Oi Graça
ResponderEliminarCoitado do João. Perder o "embrulho" na estrada.
Ri muito imaginando o medo que ele passou, por isso mesmo deve ter dormido.
Estas histórias são muito boas sempre.
Bjs no coração!
Nilce
Rsrs...
ResponderEliminarOlá, Graça.
Quem esteve em África sabe bem o que é isso! Rsrs...
É bom reviver "memórias" como essa.
Abração do
A.Rui as alone
Graça querida.
ResponderEliminarEstou viajando,mas ,hoje resolvi acessar alguns blogs para deixar meu abraço e dizer que estou com saudade.
Perfeita a sua narrativa, e vc teve a quem puxar,não é mesmo?
Estou de volta no início de fevreiro,mas ontem fiz uma postagem sobre a festa do Senhor do Bonfim,que é uma reunião de fé, sincretismo, tradição e cultura...Li o seu comentário,obrigada.
Um abraço da amiga que lhe quer muito bem.O Nuno gostou dos postais que mandei?
Sempre Emilinha
Minha querida amiga Graça,
ResponderEliminarNo meio desta desgraça toda, com o embrulho a desaparecer por negligência do João e das fracas condições da estrada, fiquei a rir-me com a tua natural capacidade de bem narrar e ainda a pensar que eu tenho umas tangerinas "quase" iguais que gostava muito que provasses.
Obrigada amiga, só tu para me fazeres rir :)
Beijinhos
Ná
Oi, Graça, ler esta história do mortinho valeu, porém estas tangerinas aí em cima...Além de dar água na boca dá um belo quadro! Que luminosidade!
ResponderEliminarDeixo pra você meu outro blog que penso que você não o conhece ainda:
http://taisluso.blogspot.com
Beijos, amiga.Pra você também um lindo fim de semana.
Oh, Sublime Amiga de Excelência:
ResponderEliminarUm belo conto. Daqueles a que já nos habituou.
Narrado com um encanto, beleza e hilaridade dos grandes Contadores de Histórias.
Coitado, ele tinha razão, mortos não fogem, só que este...?
Excelente!
Presenteia-nos com uma literatura de sonho, a sua deliciosa e divinal escrita de magia ortográfica.
Parabéns sinceros. MUITO OBRIGADO pela sua simpatia no meu blogue que adorei.
Abraço amigo de respeito profundo pelo que concebe de maravilhar e deslumbrar.
Sempre a admirá-la
pena
Bem-Haja, amiga fabulosa na arte da escrita.
Adorei.
É Extraordinária.
Só mesmo a Graça para nos contar, de forma tão vernácula, uma história como esta! Quase me senti "culpado" da vontade de rir que me deu, ante a aflição, primeiro do patrão do Joaquim -felizmente que não fui eu... :)- depois do João adormecido!...
ResponderEliminarParabéns, amiga, é um gosto ler as "suas" histórias, tão bem contadas são!
Beijinhos
História engraçada e, como sempre muito bem descrita. Isto fez-me lembrar uma parecida, só que o morto não fugiu. Quando era criança, portanto há mais de 40 anos o meu pai que era um taxista de aldeia fazia de tudo, pois necessitava de ganhar dinheiro; naquele tempo a fiscalização era pouca e alguém lhe pediu que trouxesse um senhor morto para casa, penso que do hospital, não me lembro; o meu pai aceitou e lá veio o cadáver sentado, com o parente ao lado para disfarçar e não ser apanhado pela polícia. Este veio mais confortável, sentadinho e não caíu. Beijinho e tenha um bom fim de semana
ResponderEliminarEmília
Ai Graça, só tu para contar estórias tão pitorescas! Divirto-me vindo aqui. Qq coisa que escreves é tão interessante. Podem ser poemas, prosas, estórias como essa...me lembro de uma que contastes uma vez sobre a mulher na menopausa que jogava as comidas pela janela...ai como me ri daquilo...a pobre estava com depressão e tome-lhe de jogar tudo pela janela! hehehe Tens um humor maravilhoso e um jeito de contar que é só teu. Adoro vir aqui. beijos,
ResponderEliminaro João era corajoso
ResponderEliminardigamos que dormiu com os anjos e não reparou nos buracos...
fiquei com vontade de comer uma tangerina!
um beijo Graça e obrigada pelas histórias
manuela
As tuas estóris continuam a ser uma delícia.
ResponderEliminarO que mais admiro são os pormenores com que as polvilhas, e a fluência e graça da narrativa.
Repito-me, mas...
...é com um prazer sempre renovado que te agradeço!
Beijo,
Antóinio
Olá minha amiga!
ResponderEliminarAdoro ler-te!
E fico a pensar como seria bom ouvir-te a contar esta mesma história!
Quem sabe um dia!!!
A história com todas as envolvênvias, não deixa de ser hilariante.
Jinhos amiga e continua a deliciar-nos com a tua escrita.
Bom fim de semana.
Narrativa interessantíssima....Reviver de histórias passadas com um pingo de humor e tudo
ResponderEliminardesde o início....com um cheiro e um gosto a
tangerinas, maravilhosos.
Beijo
Graça, amada!
ResponderEliminarComo já disseram suas histórias são uma delícia de ler, bem humoradas e que nos fazem ir degustando a cada linha. Sabe como por aqui nas minhas Gerais chamamos tangerinas? MEXERICA!
Beijuuss n.c e um fds ótimo procê
Graça... Eu só sei que não deve ter sido fácil levar a encomenda... Coitado do seu pai.
ResponderEliminarMas vc me fez rir um pouco...
Bom Fim De Semana
Excelente, até imagino a cara do João quando ficou perto do defunto, tentando manter certa distância.
ResponderEliminarParabéns por essa excelente postagem, sua narrativa é impecável.
Um abraço
Você é quem decide o que vai ser eterno em você,
ResponderEliminarno seu coração. Deus nos dá o dom de eternizar
em nós o que vale a pena, e esquecer
definitivamente aquilo que não vale.
D.A
BOM FDS..........Beijos meus! M@ria
Mais uma história que me deixou "agarrada"
ResponderEliminaraté chegar ao fim. Infelizmente de morto não
passou...
Não sei se já lje disse que criei um novo blogue
ainda muito incipiente http://sinfoniaesol.wordpess.com
Tenha um exclente fim de semana.
Bj./Irene
Querida Graça, tens uma maneira de contar histórias, que até com situações deprimentes consegues fazer poesia. Desculpa, a minha indelicadeza, mas, acredita, consegui sorrir com a história do morto... perdoa, companheiro!
ResponderEliminarUm beijo, muito amigo, Graça, querida.
Carlos
Querida Graça!
ResponderEliminarMais uma linda história, contada com esse dom especial, que só tu tens, embora falando de mortes, não deixa de ser engraçada.
Morreu o pobre do Joaquim
assim de um momento para o outro
a sua vida chegou ao fim
e um certo dia apareceu morto
e o pai da Graça
então em que posso ajuda-lo
o que eu quero que me faça
é vir aqui bus-calo
Lá foi o pai da Graça Pereira
sempre solidário com os amigos
andou quase uma noite inteira
enfrentando mesmo alguns perigos
O pai da graça levou o João
que era um seu empregado
e como não havia caixão
o morto foi num lençol enrolado
Xi, patrão, eu ter pouca sorte
para quê eu ter que subir
se o morte tá memo morto
agora já não vai fugir
Mas o morto desapareceu
porque o chão estava torto
porque o João adormeceu
em vez de velar o morto
Um bom final de semana,
beijinhos,
José.
Mas que história, minha amiga!.. .
ResponderEliminarComo sempre uma narrativa que prende o leitor que vai imaginando qual seria o desfecho...
Beijos
Querida Graça...
ResponderEliminarToda vez que aqui, mesmo que não comente, mudo-me com " armas e bagagens" para seus posts e suas imagens. Foi assim, especialmente, no Natal ( lindoooo!) e , agora, com mais uma história imperdível.
Sem dúvida , a história é muito boa, mas você sabe fazer dela algo melhor, deliciosa. Já li algumas suficientes para serem preservadas em um livro.Será que vc já o tem ?
beijos. Obrigada por partilhar preciosidades da sua vida com a gente.
Querida amiga como sempre uma narrativa brilhante.
ResponderEliminarHoje vim especialmente para repartir consigo um miminho que recebi e que quero partilhar, pois representa o “Prémio da amizade”. Não tem regras nenhumas, tem apenas todo o meu carinho, amizade e o meu sincero obrigado por fazer parte da minha vida. Está no meu cantinho Especial “SELINHOS – Presentes dos AMIGOS” (http://maria-selinhos-presentesdosamigos.blogspot.com/)
Um maravilhoso Fim-de-semana
Beijinhos
Maria
Graça
ResponderEliminar0 mundoé mesmo de todos mas há quem pense que não...
Linda história Amiga.
Da hollanda um beijinho
Querida Graça, como são doces as tuas histórias de vida, e como deves ter muitas!!!
ResponderEliminarAdoro as tuas narrativas.
Beijo e boa semana
Mi querida amiga Graça, que historia mas interesante desde su principio hasta su final, por la historia vivida por su papa devio ser un gran Señor y con muchas esperencias,
ResponderEliminarpor eso no me extraña que su hija escriba tan maravillosamente, me ha encantado como la has narrado, mis felicitacones para tí querida amiga,
te dejo besos y abrazos de siempre tu amiga Lola, feliz fin de semana,
Vim visitar a amiga do José, também meu amigo e agora Graça amiga minha também.
ResponderEliminarGostei de tudo por aqui, a começar pelo clima de Natal que ainda paira no ar, Mostafar homenageado, O ano novinho ao raiar de 2011, senti aqui a tua alegria, mesmo funebre a tua real história.
Senti por aqui um clima gostoso, como se estivesse em minha própria casa.
A presença do nosso amigo, com sua narrativa perfeita à contar as tuas memórias.
Amiga Graça eu agradeço, a tua gentil e agradavel visita.
Terás em mim mais uma seguidora, e com certeza mais uma amiga.
Beijos meus pra tí.
Obrigada José, por tua mensagem amiga que nos aproximou, carinhos aos dois amigos queridos!
Seja bem vinda em minha vida querida amiga Graça.
Retribuindo a tua visita amiga com imenso prazer.
Terno abraço,
Jady
Perdoe, retificando a homenagem ao "Mostafat"
ResponderEliminarE teu belissimo soneto, inspiradíssimo e lindamente escrito.
Parabéns Graça!
Abraços e carinhos meus.
jady
Graça,a minha gata Kika está apromover uma blogagem mundial para ajudar os amiguinhos,não sei se queres ajudar?
ResponderEliminarVai lá ao blog para ver se queres ajudar
Beijinhos da amiga
Graça
Estas narrações que aqui nos trazes estão tão bem contadas que engancham desde a primeira frase.
ResponderEliminarUm relato empolgante, que comove, pela ingenuidade do personagem chamado João...
Uma imagem com rasgos bem valencianos.
Um grande abraço, querida amiga
Ah!Dorei! Imaginei toda a cena, principalmente do ajudante de seu pai a saculejar junto com o morto atrás - acho que venho assistindo muitos cartoons e lembrei de uma cena de Scooby Doo e Salsinha, ambos medrosos! Mas seu pai foi valente! Carregar um morto não é para qualquer um! :) Beijus,
ResponderEliminarDELICIOSA ESTA HISTÓRIA, da vida e da morte em....ÁFRICA! Aquela gente é poeta por natureza......não aprendem na escola...mas têm dentro de si o que a escola não ensina!
ResponderEliminarOBRIGAD AMIGA, por reviver consigo mais um momento da minha vida de África,
HELENA
Olá querida, como você e seu blog são muito especiais, compartilho com você um selinho que está no meu blog, no último post.
ResponderEliminarBeijos coloridos!
.
ResponderEliminar. nem sei o que dizer desta vez, graça .
. :) .
. retalhos da vida de um morto .
.
. ainda que,,, des.cansada.mente .
.
.
. um bom resto de domingo . e uma boa semana .
.
. um beijo meu .
.
. paulo .
.
Olá, Graça!
ResponderEliminarHistória falando de mortos, supõe-se que deveria ter alguma coisa de triste e mórbido, mas esta, de tão bem contada que está é simplesmente deliciosa, tem imensa graça; consegue fazer-nos sorrir sem sentimento de culpa.
Então para os que já estiveram em África -paternalismo à parte - diálogo entre Branco e Negro tem sempre um sabor muito especial, que imediatamente traz à memória outros episódios lá vividos, e aquele "Xi patrão" é certamente a frase mais retida na memória, uma saborosa imagem de marca dos tempos lá vividos.
Gostei muito, fiz todo o percurso acompanhando o morto ... e fico aliviado por nada de mau lhe ter acontecido.
Beijinhos; boa semana!
Vitor
Graça, minha amada!
ResponderEliminarHistórias de pai são sempre maravilhosas!
Bom dia!!!
Desejo nesta semana...
Paciência para as dificuldades
Tolerância para as diferenças
Benevolência para os equívocos
Misericórdias para os erros
Perdão para as ofensas
Equilíbrios para os desejos
Sensatez para as escolhas
Sensibilidades para os olhos
Delicadezas para as palavras
Coragem para as provas
Fé para as conquistas
E amor para todas as ocasiões
UMA FELIZ SEMANA PRA VOCÊ!!!
Beijinhos, muitos!
Sônia Silvino's Blogs
Minha flor essa história foi hilária rs.
ResponderEliminarO morto caiu do carro!!!
Eu achei que ele estivesse vivo rs.
Muito bom relembrar.
Parabéns minha flor.
Beijokas e uma boa semana.
Olá bom dia acompanhe o futebol portuguêm e o brasileiro e também noticiário cultural no meu blog Folhetim Cultural
ResponderEliminarinformativofolhetimcultural.blogspot.com
Magno Oliveira
Folhetim Cultural
Querida Graça!
ResponderEliminarOntem quando li o teu comentário fiquei a cismar, não cheguei lá :)
Também estava a morrer de sono e o raciocínio já estava a falhar.
Amiga, enviei-te uma comunicação que era para a outra minha amiga Graça que será uma das minhas alunas :))
Não que não mereças saber, mas nem reparei nos apelidos,e aí vai disto.
Desculpa.
Obrigada pelos votos.
Sei que vou adorar e é algo que já estou habituada a fazer.
beijinhos
Ná
É, minha querida Graça...
ResponderEliminarContas histórias como ninguém!
E, depois, não é só o estilo espetacular: é o conteúdo!
Estes relatos que fazes, de um tempo, de um lugar, são fascinantes!
É sempre um prazer imenso vir aqui.
Enorme abraço da
Zélia
Olá Graça.
ResponderEliminarDeve ser muito bom lembrares das histórias do teu pai.
Que o ano de 2011 seja bom e com muitas iguais a esta.
Bjinhos
Venho trazer-te um beijinho
ResponderEliminarcom muita simplicidade
aceita-o com carinho
porque dou com amizade.
De coração, com luz e paz.
Amiga querida,
ResponderEliminarO que poderia ser um conto de terror transformou-se em uma história de refinado humor. Ri mesmo com o "descanso" desse morto atrapalhado. Sabe, tem um filme que me veio à cabeça agora e que trata desse tema com todos os requintede uma interessante comédia, chama-se "Um Morto Muito Louco", já ouviste falar?
Graça,
Uma semana florida, perfumada e tão doces como tuas tangerinas do passado! (a imagem salta aos olhos e quase as toco).
Te gosto demais e tu sabes!!!Bjssss
Querida amiga Graça
ResponderEliminarTemos o prazer de convidar-te para comemorar connosco, a partir de hoje e durante três dias, o aniversário do nosso blog. A festa ocorrerá no nosso Farol.
Contamos com a tua presença.
Um grande abraço
Argos, Tétis y Poseidón
P.S. Como prova do carinho, apoio e amizade que sempre recebemos de ti, gostaríamos que aceitasses e levasses para o teu blog o selo comemorativo do 2º aniversário do nosso “Um Farol Chamado Amizade”.
Graça
ResponderEliminarMais uma história para encher nossa cabeça com as imagens possíveis do acontecido.
Um fato que seria cômico se não fosse trágico.
beijinhos
GRAÇA QUERIDÍSSIMA,QUE BOM TER VOCE EM CAMPOS MEUS DE GIRASSOIS, O TEMPO E O VENTO, ENTRE TRILHAS E PEDRAS EM CAMINHO MEU, ME AFASTARAM UM PEU DE AMIGAS E AMIGOS COMO VOCE,ESTOU EM REGRESSIVA CONTAGEM,PARA ME SUBMETER À UMA SÉRIE DE CIRURGIAS EM ETAPAS,EM QUADRIL E FEMURES MEUS,DESTRUIDOS PELA CORTIZONA ,APLICADA EM MIM SOB MACIÇAS DOSAGENS,QUANDO DE MINHAS CIRURGIAS ANEURISMATICAS CEREBRAIS.
ResponderEliminarBOM SABER QUE MESMO ENTRE MONTANHAS,VALES E MARES TENHO LUZ EMANADA,DOCÊ ATRAVÉS!
BAZU MÃOS SUAS
VIVA LA VIE
Que bom! Encontrei uam escritora de traços raros por aqui. Uma perfeita contadora de histórias. O morto é o mais vivo dos personagens. bjs
ResponderEliminarGraça, minha querida. Que história mais interessante. E que morte!!! Lembranças deliciosas que nos fazem rir e chorar de alegria. A foto das tangerinas, meu Deus!!! me encheram a boca de água. Beijos e saudades.
ResponderEliminarGraça, voltando aos poucos...
ResponderEliminarObrigado pele visita.
Um grande beijo!
Olá Graça,
ResponderEliminarUma narrativa comovente, com grande humor e escrita de uma forma maravilhosa...deliciei-me e acabei a rir.
Um grande abraço
canduxa
Olá Graça,
ResponderEliminarFui lá no blog que você me indicou. Bastante lúcido e verdadeiro.
Aqui, como em outros lugares do mundo, essas coisas se repetem a cada ano. Enquanto o homem não mudar... isso também não vai mudar.
Bjs.
Olá amiga! Adoro como narra suas histórias, chego a imaginar rostos, cheiros e lugares, você me faz lembrar Monteiro Lobato, era o único escritor que conseguia fazer eu sentir como se estivesse presente em suas histórias, sentia os cheiros das frutas e doces de tia Anastácia, o cheiro da mata, li todos os seus livros quando era adolescente, obrigada por nos proporcionar coisas tão interessantes e gostosas de ler. Mil beijos, Virginia.
ResponderEliminarque delícia de história, toda vez que venho aqui é sempre uma viagem. bjs querida
ResponderEliminarLindo, como sempre, amiga Graça!
ResponderEliminarBeijinhos
Maravilha de história, contradizendo dores de partida, quando tanto se fez engraçada...
ResponderEliminarMuito bom os teus textos Graça e a gente fica com vontade de mais e mais...
Mta Paz pra ti
Bjs
Livinha
Graça, tens que publicar em livro os teus escritos, amiga. Já podes reservar desde já o meu exemplar. A sua prosa é única.
ResponderEliminarMuito me diverti lendo esse conto inspirado nos guardados da memória.
Bjs, querida. Inté!
Fui muitas vezes à Furquia com os meus pais em passeio e acabavamos sempre por trazer tarragos e tarragos com tangerinas, enormes e suculentas. Que saudades!
ResponderEliminarRi-me com a tua história e sei que África naquele tempo, era assim mesmo: a morte e o riso de mão dada.
Beijo
Teresa (Quelimane)
...de la
ResponderEliminarflor
el azahar
y de ti
graca
la luz
para meditar...
un abrazo graca :
j.r.s.
Olá, Graça
ResponderEliminarO teu relato fez-me lembrar «De como o mulato Purciúncula descarregou seu defunto» de Jorge Amado.
Tratando-se de um assunto tão sério e logicamente triste, não temos como evitar o riso, porque consegues imprimir um fino humor a um acontecimento trágico.
Muito bem descrito, como é habitual.
Uma semana feliz. Beijinhos
Oi
ResponderEliminarQue historia incrível.
Gosto do teu jeito
de contar como aconteceu
parece que estou vendo,
o defunto esperando pela carona.
Beijos...
Lúcia.
Amiga, que maravilha ter vindo te ler hoje, tive um bom momento de descontração com essa historia pra lá de interessante e que no final me fez dar boas risadas... Simplesmente amei!!! Deixo carinhos pra ti com muito gosto, viu? Bjsss
ResponderEliminarÉ Graça, parece que mesmo descansado, o Joaquim não deu descanso a ninguém.
ResponderEliminarBeijos,
Furtado.
A lágrima com o brilho do cristal,
ResponderEliminarbanha o teu rosto, a tua história;
a maior força do bem sobre o mal,
traça as honras da tua vitória...
Oswaldo Genofre
Amor & Paz no seu dia...M@ria
Ri-me e voltei a rir. Uma história bem contada, como sempre.
ResponderEliminarMonhé
rsrsrsr que legal Graça, como sempre muito bem escrita.
ResponderEliminarBeijossssssss
Graça, que história envolvente!
ResponderEliminarVocê consegue prender o leitor com clímax surpreendentes.
Eu me vi lá, naquele carro, ajudando a segurar "a mercadoria".
Quando comecei a ler, associei o título ao trabalho árduo do rapaz que morreu, pois ele deveria ter vivido mais do que se dedicar em demasia ao trabalho.
Mas quando os meus olhos foram percorrendo a história, vi em meio a algo triste um toque de humor, um texto muito agradável de se ler e que arranca risadas, mesmo se tratando da morte.
Parabéns por conseguir transformar as memórias do seu pai em arte literária!
Bjs
Chris
Minha amiga espero que se encontre bem.
ResponderEliminarObrigada pela gentileza das suas palavras
sobre a "minha declaração de amor".
Beijinho
Irene
África e as suas vivências algo estranhas para quem lá não viveu. Tudo com uma narrativa que nos envolve, como é hábito.
ResponderEliminarAbraço do Zé
Olá Querida amiga Graça, adorei os "causos do senhor seu pai!
ResponderEliminarComo estou por aqui lhe visitando, deixo minha mensagem do dia a você:
O murmúrio da chuva ecoa na cidade encharcada, nuvens escuras esvoaçam no céu, bandeiras de guerra do exército natureza. Mas a vida segue seu rumo, é preciso reconstruir, construir, impossível silenciar o ciclo do progresso, parar as novas conquistas, aquietar o espírito humano que se lança na grande aventura de projetar o futuro.
Acredite nos seus sonhos, avance, tenha um ótimo dia.
Edward de Souza
Uma história engraçadíssima, apesar do morto, e muitíssimo bem contada.
ResponderEliminarGostei imenso.
Querida amiga, bom resto de semana.
Beijos.
Fazer de um acontecimento trágico uma história cómica! Bravo!
ResponderEliminarE pobre João! Ter a responsabilidade de guardar um morto que aproveitou para fugir enquanto ele passava pelas brasas;o)
Obrigada amiga por tua deliciosa narrativa, e obrigada também por tuas visitas fiéis ao meu cantinho;o)
***
Um abraço grande, grande****
Graça!
ResponderEliminarVocê é mestra na arte da narrativa.
Excelente história a nos prender a atenção em cada frase...ainda bem que o morto estava descansado,rsrs!!!
Beijo,vivos!
Sonia Regina.
Minha boa amiga Graça obrigada pela sua visita.
ResponderEliminarÓptimo que tenha gostado do vídeo.
Desejo um bom fim de semana, apesar do frio.
Bj.
Graça, é sempre uma delícia ler as suas histórias.
ResponderEliminarbjs
Graça ! Obrigada pelo elogio no Blog SER POETA... fiquei muito feliz...
ResponderEliminarQueria te dizer que , as vezes, não consigo entrar nos comentários do teu Blog... Eu não encontrei teu email no perfil... Que bom que hoje consegui deixar comentário...
Bom início de semana !
Beijo
Olá Graça,
ResponderEliminarÉ fácil uma pessoa "perder-se" por aqui!
Histórias de vida...histórias reais!
Abraço e obrigado por compartilhar