Tantas estrelas!
A noite estava de prata polvilhada, como se fosse magia! Os crisântemos brancos pareciam descidos do céu, aguardando num balde o dia seguinte … de Todos os Santos!
Mariana aspirou os odores da noite que lhe despertavam tantas recordações. Estava-se bem na varanda. Os seus olhos abertos sobre a verdade que pressentia humedeciam-se.
Os lábios, entreabertos numa oração, sabiam a sal. Maquinalmente compôs o cabelo enquanto se interrogava se conseguiria dormir depois de ter ouvido a voz do Pedro magoada, revoltada, dizer-lhe: “Estou a morrer aos poucos”. Olhara espantada a face que tinha na sua frente e vira uma expressão de dor.
Teria andado distraída? Aonde estaria aquela ruga, marcando uma testa habitualmente lisa, que nunca vira antes?
A frase queimava-lhe a alma. Tinha a certeza que Pedro não mentia. Conhecia-o bem!
Por isso aquele cansaço que ultimamente notara nele… Começou a juntar as peças do puzzle…
Há quanto tempo se sentiria assim tão doente? Não lhe dissera nada, nem ao Francisco.
Pedro guardara para si a sua dor e tristeza para que os dois fossem felizes algum tempo mais.
Amou-o ainda mais, se possível! Lembrava-se agora que, no ano anterior, Pedro desfiara projectos para quando chegasse o momento da aposentação e, há pouco tempo atrás, afirmara que trabalharia até morrer. Não era habitual tanta contradição em Pedro.
Mariana angustiava-se mais à medida que a verdade se tornava mais clara. Iria ficar sem o seu Pedro? Não, não poderia ser. Tinha de haver outra explicação: trabalho e dedicação a mais no serviço ficando muitas vezes fora das horas de expediente, entre papéis e mais papéis…
Era isso: um esgotamento, nada que uns dias em casa com muito descanso e uma alimentação cuidada não resolvesse.
Contudo, a tranquilidade dissera adeus a Mariana. E aquela angústia que a cercava cada vez mais, sufocando-a... Já a conhecia tão bem.
Poisou o seu olhar nos crisântemos cor de prata… Seria um presságio?
- Estás a apanhar frio, vem deitar-te. – Disse-lhe Pedro por detrás dela. - Já é tarde e o Francisco deve estar a chegar.
A noite continuava linda mas havia no ar um doloroso lamento que Mariana recusava-se a ouvir!
……
Mariana olhava fixamente a estrada doirada que o sol projectava por cima de um mar azul tão quieto. Parecia uma tarde de Verão. Observava a marcha dos ponteiros do relógio e perguntava-se : “Quando será?” Desejaria que o tempo parasse e ficasse suspenso como uma nuvem branca e fofa num firmamento onde se cruzaram vidas felizes e realizadas.
Olhou Pedro com ternura, como o amava, santo Deus! Deliciou-se com a sua serenidade… Sempre fora um homem que pisara forte na vida e parecia-lhe que o medo nunca fora seu baluarte. Seria? Recordava-se de uma cena recente e tão dolorosa que nunca mais a deixaria…
Viu Pedro, o seu Pedro, com a cabeça entre as mãos perguntando: “ Porquê a mim, meu Deus, porquê a mim?”
Mariana desfeita por dentro num turbilhão de sentimentos, de revolta, de piedade e sobretudo muito amor, contendo as lágrimas, apenas soubera dizer-lhe: “E os outros, meu querido, também fazem essa pergunta…”
Mariana dava-se conta agora de como fora pobre e esfarrapado o seu consolo. Tão esfarrapado como estava agora o seu coração. Sacudiu a cabeça tentando afastar pensamentos tão negativos; afinal, ainda havia uma esperança e a prova é que Pedro estava ali na sua frente, lendo como habitualmente o seu jornal e bebendo um café perfumado.
A única nota diferente era o seu gorro de lã a tapar uma cabeça rapada fruto de duas quimioterapias recentes. Quem o diria? Ali estava forte e são parecendo o dono do mundo.
Do outro lado da mesa, Francisco, o filho de ambos, estava também mergulhado na leitura. De vez em quando, poisava o olhar no pai como que a dizer-lhe: ”Aguenta-te, meu velho, afinal és tu o meu herói e estes não morrem.”
Mariana reparava pela milésima vez nas suas parecenças físicas… e não só! Ambos teimosos, introvertidos mas com um coração maior que o mundo.
Era importante este encontro dos três. Voltaria a repetir-se? Aquietou-se absorvendo até ao infinito todo o encanto daquelas horas.
As janelas do café enquadravam uma paisagem maravilhosa: o sol mergulhava sobre o mar espalhando reflexos doirados. Respirou fundo. O cheiro a maresia, de que tanto gostava, trouxe-lhe recordações longínquas e felizes. Afinal onde ficaria África? Lá ao fundo, do outro lado do mar? Sentia sempre que o oceano era um elo de ligação. Conhecera Pedro lá nessa África inesquecível que lhe servira de berço e onde vivera os anos mais felizes da sua vida. Ali casaram também.
- Mãe, Mãe – Era a voz de Francisco – Desperta, perece que não estás cá... – E fazendo um pequeno sinal discreto apontava o pai.
Mariana ficou feliz ao reparar a segurança com que Pedro pagava os cafés, deixando a habitual gorjeta. Apeteceu-lhe chorar tal como dias antes quando se dera conta que Pedro não conseguira coordenar as moedas e precisara da ajuda do filho.
Estava-se tão bem ali que não lhe apetecia voltar para casa. Quereria eternizar aquela comunhão silenciosa dos três. Acreditava que Pedro desejaria o mesmo.
Francisco conduzia o carro e Pedro, a seu lado, bebia com avidez toda a paisagem do caminho.
Mariana, atrás, enrolada no seu agasalho, não tirava os olhos de Pedro. O que pensaria? Que pensamentos contraditórios não iriam na sua alma? Desde que fizera a primeira quimioterapia, Pedro nunca mais conduzira. Mas até aí, nas loucas corridas para os hospitais e especialistas, o volante nunca lhe saíra das mãos, talvez para se convencer, a si e à família que ainda era ele que tinha o controlo sobre a vida.
Quando chegaram a casa já estava frio. Silenciosamente Pedro acendeu a lareira como sempre o fazia quando chegava o Inverno. Pouco depois já a fogueira crepitava dando vida à sala.
As chamas dançavam tornando os rostos coloridos. Terrível e benéfico simultaneamente, o mistério do fogo em todos os tempos pareceu aos homens uma coisa sagrada. Sentiam-se unidos num silêncio que era angustiante e ao mesmo tempo a certeza de ainda estarem juntos. Tantas perguntas que os três gostariam de fazer; para além das recomendações e dos pedidos que Pedro não deixaria de fazer. Mas talvez não fosse ainda o momento.
O fogo estalava fazendo revigorar a esperança. De pé, junto à janela, Mariana olhava as dálias flamejantes que haviam conseguido resistir ao frio. Fora o Pedro quem as plantara. E uma lágrima teimosa descia-lhe pela face… Para o ano estariam ali a colorir aquele recanto do jardim? Mariana retirou-se para a cozinha a pretexto de fazer o jantar. Chorou convulsivamente e receou que Pedro a ouvisse da sala. Depois de pôr a mesa, passou pela casa de banho para lavar o rosto e retocar a pintura.
-Vamos jantar? - Disse num tom o mais alegre que pôde.
Pedro comeu bem e até elogiou o guisado. Mariana não conseguia comer, um nó demasiado apertado instalara-se na garganta. Não poderia falar sem que o dique rebentasse de novo.
Iria sucumbir? Mariana tinha fé e sabia que Deus seria paciente e misericordioso com todos. Nos píncaros da alegria e no fundo do poço de tantas cruzes, sempre sentira a sua mão de Pai.
Olhava o marido, bem constituído, peito largo de atleta onde a saúde morara sempre. Era invencível, quase imortal. Saía das quimioterapias como se nada fosse e ria-se ao ver as caras enfiadas da mulher e do filho. Lembrava-se de um pensamento de Adolfo Esquível: “ Creio na força dos fracos. Eles são um sinal de esperança”.
Pedro tornara-se mais calado do que habitualmente. Não parecia o lutador que fora sempre. Teria deposto já as armas esperando apenas pelo tempo? Não era o seu género. Quando caísse, cairia de pé, como as árvores. Não, Pedro ainda não enrolara a sua alma e sorria com aquele sorriso de criança com uma covinha na face que Mariana adorava. Sorria-lhe sempre quando não queria ou não conseguia falar (saberia algum dia?). Parecia dizer-lhe: “Acalma-te miúda, está tudo bem”
Sempre se refugiara em Pedro e não seria agora que ele lhe iria pregar a maior partida das suas vidas… A miúda, era a sua miúda e pronto. Pedro lembrar-se-ia dos medos nocturnos de Mariana e jamais a deixaria dormir sozinha.
“Vá Pedro, vamo-nos deitar. Precisas de descansar.” E já Pedro olhava Francisco com ar suplicante que este entendeu. O filho aos poucos tomava o lugar do pai. Era ele quem agora fechava as portas, tratava dos animais e das contas. Era ainda um jovem que Pedro adorava.
- Não te preocupes pai está tudo sob controle…
Na cama, Mariana apertou-se contra o Pedro que não se voltou para ela, talvez para esconder as lágrimas e a tortura que não lhe queria mostrar. Mariana acariciou-lhe a nuca e depositou ali um beijo e depois outro. Passou-lhe a mão pelos cabelos e trouxe uma mão cheia deles.
- Sim, já começou a cair. Pedro virou-se devagar e olhou-a sem dizer nada. A alma dos dois assomou-se naquele olhar cruzado e abraçaram-se em silêncio, misturando as suas lágrimas.
Mariana, muito depois, acreditava que aquele fora o momento das suas despedidas.
Desde o dia em que fora brutalmente desenganada por uma só palavra a vida dos três mudara totalmente, talvez em planos absolutamente diferentes. Entre eles não havia apenas a próxima distância mas sim a hipótese quase verdadeira de uma separação definitiva para um mundo desconhecido e do qual se sabia apenas ser sem regresso.
Mariana não conseguia dormir. Com os olhos marejados de lágrimas fixava o tecto, olhando sem ver os arabescos que o candeeiro de mesa ali desenhava todas as noites. Lembrava-se de outros Invernos em que, abraçada a Pedro este lhe dizia:
- Coitados daqueles que não têm aonde dormir e nós aqui tão quentinhos.
Admirara sempre a alma generosa de Pedro e amava-o mais por isso. Um dia, as suas almas estariam frente a frente, despidas de tudo e saberiam então que o seu amor tinha sido a coisa mais perfeita e bonita das suas vidas.
O martelar da chuva nos vidros tornava-se irritante. Já tinha perdido a poesia de antigamente. O vento rodopiava em torno da casa. O vaivém do pêndulo do relógio de parede marcava as brechazinhas que implacavelmente fazem os segundos e os minutos no tempo que ainda nos resta para viver. E Pedro? Quanto tempo mais seria? Um ano? Um dia? Precisamente um mês!
Pedro começara a alternar a quimioterapia com a radioterapia. Foi uma via-sacra dolorosa.
Deixou de falar ou pouco falava. Enfraquecia a olhos vistos.
- Levem-me para casa, estou farto de hospitais…
A casa era para Pedro o lugar seguro onde nada nem ninguém o atacaria. Mas houve necessidade de fazer uma transfusão de sangue e Pedro foi hospitalizado contrariado. Quando Mariana o foi ver o seu coração estalava de alegria. Voltara a ser o seu Pedro, desinchado, bonito, falando conscientemente.
Estás zangado comigo, querido? Eu sei que não gostas de hospitais mas não havia outra solução.
- Porque haveria de estar zangado? - E Pedro acariciou a face da mulher que se inclinara para o beijar.
Era um domingo de Março extremamente quente e Pedro tinha muita sede. À noite não quis jantar e pediu que o não obrigassem. Queixava-se com dores nas costas e Francisco compôs-lhe as almofadas, enquanto Mariana, abafada em lágrimas, pedia à enfermeira que lhe desse uma injecção de morfina.
Por deferência ou por pena, deixaram-nos ficar mais tempo. A despedida foi um “até amanhã querido”.
Mariana e Francisco passaram pela capela do Hospital e, abraçados, pediram ao Criador que Pedro não sofresse.
Manhãzinha cedo o telefone tocou, estridente. Mariana atendeu de imediato. Do outro lado da linha chegava-lhe a notícia mais terrível de toda a sua vida. Laconicamente disseram-lhe:
- O seu marido morreu às sete menos um quarto. - E desligaram.
Como é que um telefonema pode modificar assim a vida de uma mulher e de um jovem?
Francisco saíra do seu quarto e abraçado à mãe, dizia-lhe:
- Eu já estava à espera. Um dos médicos da equipa disse-me o que iria acontecer, alertando-me para que te preparasse porque tu estavas completamente alheia à verdade.
- Porque não me disseste? Eu teria ficado lá até ao fim!
- O que adiantaria Mãe?
O Pai teria a sua miúda a seu lado.
Mariana engoliu as lágrimas, tudo lhe parecia mentira.
Na Capela pediu para ficar sozinha com Pedro. Parecia adormecido. Estava lindo; as pestanas compridas sombreavam-lhe a face. Abraçou-se a ele e beijou-o infinitamente.
- Porquê Pedro, porque me deixaste? Não tinhas o direito de me fazer isto…
Mariana pareceu-lhe ouvir a voz de Pedro dizer:
- Afinal casei com uma mulher ou com uma miúda?
Francisco entrou e abraçou a mãe e com aquele sorriso de covinhas igual ao de Pedro disse-lhe:
- Não o podemos deixar ficar mal.
O tempo rolou e Mariana jurou que nunca mais poria crisântemos na campa dos seus amores. A mãe costumava-lhe dizer:
- Não gosto de crisântemos… São flores dos mortos.
E Pedro… Pedro adorava rosas, muitas rosas!
É preciso amar muito para escrever assim. Há amores que não morrem. Somente vão mais cedo.
ResponderEliminarQue mais dizer? Vc já disse tudo no seu belo texto.
Desculpa. Não consigo comentar.
ResponderEliminarChoro, ao correr pela tua escrita sentida de um amor tão grande!
As lágrimas ainda aqui estão.
Um beijo, Graça
Comovidamente
ResponderEliminarentrego uma rosa branca
a quem muito amou, ama e continuará a amar.
Não existe preparação possível para a rendição final
em que duramente percebemos, que estar aqui de passagem não é uma imagem ou figura de retórica.
Como explicar o inexplicável?
Possam assim, os braços amorosos de um filho que nos sustenta à beira do abismo, serem um dia e por sua vez sustentados por quem ele muito amar.
Também não gosto de crisântemos.
Um beijo aos dois
Manuela Baptista
¡Hola Gra! El amor puro es como las rosas blancas...saludos y un fuerte abrazo,
ResponderEliminarCarmen
Mas é mesmo, menina!
ResponderEliminarPois, mas agora acabou. Pelo menos por uns tempitos.
Calhou de serem duas viagens seguidas.
Agora é voltar ao trabalho, cheia de gás.
Um abraço grandão, minha amiga!
Como podemosassociar tão belas flores à morte?
ResponderEliminar...talvez porque são belas, exuberantes, cheias de vida, como esperamos que tenha sido a vida de quem nos preencheu a vida.
Um abraço sentido de alguém que-sabes-admira profundamente a tua forma de escrever.
Beijo amigo
Susana
Graça, minha amiga,as palavras me faltam...
ResponderEliminarQue pureza de expressão!!Tem 4 meses que perdi a minha mãe, e a medida que ia lendo o seu texto ia vivenciando tudo que passei.
Confesso, que estava louca para chegar ao fim, pois já me falta o ar...é terrível perder as pessoas queridas.
Como vc escreve lindo....Emilinha
O cheiro das brancas rosas ficaram em mim.
ResponderEliminarQuanta emoção!
Beijos em teu coração
Você tem um talento brilhante viu. Gostei do texto.
ResponderEliminarabraços
Hugo
só é amor quando ...é assim puro ...
ResponderEliminaradorei Graça
beijo
teresa
Querida Graça.Tanta sensibilidade no texto,fraterno e amoroso,puro e sem limites.As rosas sempre embelezerão o amor de diversas formas.
ResponderEliminarBeijinhos amiga
Lisa
Agora quem ficou com o nó na garganta fui eu !!! Afinal, Pedro tinha razão, és uma "miúda" excepcional, Graça...Quero que saibas que tenho uma enorme admiração por ti, por todo esse teu amor incondicional, carinho, e toda essa nobreza de sentimentos.
ResponderEliminarBeijo-te comovido.
Norberto
Graça
ResponderEliminarFico sempre fascinada com os teus contos.
Pergunto :
_Para quando um livro...
estes textos não deveriam ficar por aqui...
espero que digas alguma coisa...
beijos
So quem nunca amou conseguiria ficar indiferente a esta maravilha. Parabens
ResponderEliminarGraça.
ResponderEliminaro amor, não tem fronteiras, só dimensões diferentes....
e um breve separar...
porque almas que se amam se reencontram se buscam, se completam...
as rosas enfeitam os amores verdadeiros.
abraço forte.
Rosan
Minha querida pelas histórias maravilhosas nomeei-a para um selo lá no blogue. Um beijo
ResponderEliminarQue texto tão bonito!! Emocionei-me*
ResponderEliminarBOA NOITE AMIGA ESTOU COM SAUDADES...SUMIU!
ResponderEliminarESTÁ ZANGADA COMIGO? GOSTO MUITO DA PESSOA QUE VOCÊ TRANSMITE...POR TUDO QUE ESCREVE...COM TANTO CARINHO!
ESTOU PASSANDO PARA TE OFERECER "SELINHOS COM CARINHO"...PASSA NO BLOG "GRAÇA COM GRAÇA" ESPERO QUE ACEITE É DE CORAÇÃO!
PAZ NO SEU CAMINHO...
BJ
GRAÇA
Llenan la sensibilidad necesaria tu escrito..
ResponderEliminarme gusta la creatividad que de ellos nacen..
Excelente..
Un beso
Un abrazo
Con mis
Saludos fraternos de siempre...
Graça,
ResponderEliminarNão consegui ler até ao fim...tanto amor, tanta dor... ainda estou a chorar... um grande beijo
Graça, tem um selinho no blog para vc.é só copiar , tá?
ResponderEliminarBeijos Emilia
Lindíssimo texto.
ResponderEliminarA todos os ventos
eu peço coragem.
A cada estrela e estrada
Ao mar que não morre nunca
eu peço coragem.
E ao sol e à lua
E a todo o firmamento.
A cada pássaro
A cada pedra
A cada bicho da terra e do ar
Peço coragem a tudo o que vive agora
E ainda viverá
Coragem para cavalgar os dias
Navegar nas horas
E a cada minuto e segundo Sonhar.
(Roseana Murray)
Tenha um lindo final de semana com muito amor e carinho.
Abraços
Sensível e linda história!
ResponderEliminarbeijos
Graça, é forte, muito forte. Nem consigo dizer mais nada.beijinhos
ResponderEliminarGraça, desta vez é forte. Eu só vou dizer para um amor tão grando, porquê uma dor assim. e vou buscar outro lenço.
ResponderEliminarum beijo
Graça, esta história faz-me lembrar aquele verso:
ResponderEliminar'...tudo isto é triste, tudo isto é fado, tudo isto é vida!'
É muito ténue a diferença entre a vida e a morte, já nascemos com a morte às costas e por muitas mistificações com que a vamos tentando enganar, ela acaba sempre por vencer.
Também não gosto de crisântemos, estou mesmo a pensar, quando chegar a minha vez, e como derradeiro pedido, pedir a plantação de uma roseira na minha última morada, para ficar comigo o êxtase do eterno perfume da minha paixão.
Um beijo com muito carinho, Graça.
Carlos
Apesar de toda dor deste amor, a historia é linda e sensivel...
ResponderEliminarbjs amiga...
monica
Graça querida, mesmo com uma lágrima querendo rolar,insistentemente,( e rolou) não despreguei os olhos do seu lindo texto.
ResponderEliminarBeijinhos
Lembrei de minha querida e saudosa mãezinha. A exemplo da "Mãe de Mariana", também odiava crisântemos.
Quanta emoção!
ResponderEliminarAdorei o texto
Beijinhos
Carmo
Essência pura,um bem haja para quem assim escreve.
ResponderEliminarAbraço querida Graça.
Escrever assim é um dom! ainda bem que te encontrei por aqui amiga, bons momentos de leitura me tens proporcionado, obrigada
ResponderEliminarBjs
Flores não é o meu forte, mas nao custa nada desejar um bom f-d-s
ResponderEliminarNão sei se é uma história verdadeira ou de ficcão, de qualquer forma, é uma história escrita brilhantemente do melhor que tenho lido aqui. Tambem reparo que lhe perguntam muita vez, a que eu junto também a minha voz:
ResponderEliminarPorque não publica um livro??
Com apreço
Anonimo
miminhos no meu blog!!! :)
ResponderEliminarADOREI, GRAÇA!TAMBÉM GOSTO MAIS DAS ROSAS por os crisântemos estarem associados À morte.SINTO, AMIGA, que viveste um grande amor... mas, na verdade, continuas a vivê-lo com ajuda da MEMÓRIA que revive a saudade e na SAUDADE. ASSIM SENDO, o teu amor não morre... perpetua-se em ti!
ResponderEliminarBEIJITO DE LUSIBERO
Graça,
ResponderEliminarNo Reveillon o povo se veste de branco por dois motivos:
*Alguns por que acreditam que o branco é a cor da paz e por isso, no Reveillon se veste de branco para o mundo de passagem de um ano para outro.
*Outras pessoas se vestem de branco para agradecer a rainha do mar e aproveitar levar flores pra ela.
Graça, amanhã vou postar no meu blog algumas curiosidade das religiões africanas;
abraços minha querida.
Hugo
Observação: a rainha do mar é Iemanjá;
ResponderEliminarPelo imenso respeito à tua sentida dor e ao mais privado do teu íntimo, calo-me em silêncio por ele, por ti e pelo Francisco que, sabendo da sua particular sensibilidade, muito lhe terá custado remexer nesses momentos dolorosos.
ResponderEliminarConseguiste no entanto emocionar-me.
Beijocas.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarGraça, o amor de Mariana e Pedro vem para acalantar a 'alma brasileira' (que na próxima segunda-feira reverencia seus finados). Apesar de toda a densidade, a trama extrapola o tênue - e nebuloso - limite entre a vida e a morte. Com a originalidade ímpar da autora.
ResponderEliminarSomente hoje vi o selo que comemora as vinte e cinco mil visitas ao Zambeziana. Ficará estampado com muito carinho lá nocantinhodacurva.
Agradecendo e desejando um agradável domingo, deixo-lhe um grande beijo!
Emocionei-me muito a ler o teu lindo texto; amanhã é o dia de reverenciar as pessoas queridas que fizeram já a sua última viagem; quando era criança ficava espantada e não entendia o por quê, mas todo o cemitério se cobria de crisantemos brancos; hoje a vaidade das pessoas nota-se até neste dia que deixou de ser um dia de oração pelos que se foram para se trnsformar num concurso para o túmulo mais bonito; flores raras e caríssimas vieram substituir o lindo crisantemo branco; não havia essa vaidade no cemitério da minha aldeia; todos os tumulos eram iguais, o dos ricos e o dos pobres; hoje nem lá vou neste dia; fico triste, porque a vaidade impera e dificilmente se vê um crisantemo; se aparece, é aquele já mais raro, colorido e não aquele simples que nós crianças desfolhavamos e cobriamos as campas com as pétalas. A minha mãe também não gosta de crisantemos porque se lembra da morte e ela tem muito medo de morrer. Eu acho lindos os crisantemos; acho belas todas as flores.Só não gosto do que agora vejo no cemitério da minha aldeia; arranjos caríssimos a enfeitar campas de pessoas que, quando vivas nem sempre tiveram o carinho que mereciam; conheci-as; sei que não tiveram aquilo que precisavam em vida; agora, têm arranjos caríssimos no tumulo, para quê? Parabéns pela bela escrita e pelo emocionante texto.
ResponderEliminarUm beijinho
Graça;
ResponderEliminarSerá que é uma vergonha um homem chorar?...
bjs, Graça,
osvaldo
Maravilhosa e Doce Amiguinha Linda:
ResponderEliminarUm texto de prosa poética fascinante, numa descrição inigualável.
Lida com a vida, com a morte, com o amor com um encanto mil.
Já lhe disse que é, pura e simplesmente, DIVINAL!
É notável a sua forma de escrever que maravilha.
"...As chamas dançavam tornando os rostos coloridos. Terrível e benéfico simultaneamente, o mistério do fogo em todos os tempos pareceu aos homens uma coisa sagrada. Sentiam-se unidos num silêncio que era angustiante e ao mesmo tempo a certeza de ainda estarem juntos. Tantas perguntas que os três gostariam de fazer; para além das recomendações e dos pedidos que Pedro não deixaria de fazer. Mas talvez não fosse ainda o momento..."
Quanto talento e doçura.
Perfeito. Extraordinário. Celestial.
Beijinhos mil de agradecimento, pela honra que é lê-la.
É fabulosa.
Adorei. Inacreditável de pureza e beleza imensos.
Parabéns sinceros.
Sempre que "entro" aqui fico maravilhado, acredite?
Bem-Haja, pela sua amizade.
MUITO OBRIGADO, amiguinha linda.
MARAVILHOSO! Choro...mas continuo a achar maravilhoso!!
ResponderEliminarAnónima de Lisboa
Uma história,onde o amor dominou completamente os corações...estou emocionada e não consigo dizer mais nada.
ResponderEliminarum grande beijo e ótima semana prá vc!
Oi Graça.
ResponderEliminarAmanhã é finados e meu coração deixa-se tomar pela saudade.A ausência dos amados é dolorosa .
Este conto ,tão amoroso,humano,me tocou profundamente.
Com carinho,
Cris
Olá Graça.
ResponderEliminarSimplesmente maravilhoso,gostei muito mas sem que ao acabar ela tenha corrido pela face a...lágrima.
Muita coragem.
Um beijinho.
Angelino
gracias por tus comentarios en mis blogs. Siempre paso a visitarte. Besos desde Argentina.
ResponderEliminarQuerida amiga.
ResponderEliminarEstou emocionada demais, com o que acabei de ler.
Tu e a tua escrita maravilhosa, fizeram-me chorar...
Jinhos grandes amiga
Graça, minha querida!
ResponderEliminarme deixaste engasgada - sem palavras.
bjkas no seu coração,