quinta-feira, 5 de março de 2009

OLÁ AMIGOS ZAMBEZIANOS, EX-COLEGAS DO C.N.A. (COLÉGIO NUNO ALVARES DE QUELIMANE) E COMPANHEIROS DE UMA VIDA!


Os anos rolaram como um rio, da nascente à foz. Ora calmos e pacíficos como os verdes anos da nossa infância e juventude, ora tumultuosos e agrestes quando o caudal, engrossado por lágrimas de perdas e dores, alagou as idílicas margens dos nossos sonhos e projectos. Quem se lembra deles? O tempo encarregou-se de fazer a sua subtracção e de tantos nomes dos que foram nossos companheiros e amigos, ficaram apenas rostos e histórias. E há palavras que continuam a correr como este rio, até ao fim.
Quantos foram capazes de fazer caminho? Quantos foram capazes de ultrapassar cansaços, desilusões, derrocadas e começar de novo?
Com o tempo, demo-nos conta que, afinal, o futuro não era tão risonho como esperávamos à partida… Com o tempo, verificámos que o caminho foi feito, muitas vezes, na solidão e na angústia… Com o tempo, aprendemos que a vida é um fio tão frágil que não tem fronteira com a morte. Com o tempo… e à medida que os nossos cabelos embranqueciam, ganhávamos em tolerância e tranquilidade. Com o tempo… aprendíamos a viver o dia de hoje porque o amanhã é incerto e inconstante e não sabemos se o colheremos. Mas ainda assim, trazemos agarrado a nós, o fogo das planícies africanas onde moldamos o nosso espírito e coração. Felizmente, somos daqueles que não desistem. Por isso a razão deste Blog onde, espero, pelo menos é essa a esperança, nos encontraremos outra vez para recordarmos os 1O, 15, 18, 20, 25, 30 anos, isto é, toda uma vida. Quem disse que o tempo não volta para trás? Já oiço as gargalhadas de quando éramos estudantes… Livros debaixo do braço à espera do toque para entrarmos nas aulas… Audaciosos, com um olhar que se perdia num horizonte sem fim, a vida tinha cheiros de mangueiras a cajueiros. Dávamo-nos por inteiro, por tudo e por nada. Tínhamos o mundo a nossos pés. Onde foi que nos perdemos uns dos outros? Não sabemos! Foi a um dado momento... As luzes apagaram-se sobre a ponte que nos unia. Mas, volvidos tantos anos, há um violino que toca uma melodia que conhecemos: saudade!! Ainda há um punhado daqueles que fizeram caminho juntos, depois da colheita do agricultor! Talvez não nos lembremos dos rostos uns dos outros… ou talvez sim mas com a dimensão da juventude. Não importa! Uma coisa é certa: houve um tempo que foi comum a todos nós… Quem sabe se, todos juntos, não encontraremos aquela estrela que ardia no céu de Quelimane à temperatura das nossas vidas? Vamos ser capazes de colocar o passado no presente de hoje. Vamos ser capazes de nos rirmos como perdidos… Vamos ser capazes de descobrir que a memória é a seiva que nos mantém vivos e unidos… O colégio fica ali ao virar da esquina… há aulas, há risos, há esperanças que nos aguardam. AMIGOS de ontem e de SEMPRE, vamos reinventar o belo das coisas maravilhosas que moram no fundo do nosso coração. Vou abri-lo com todos! Vamos ser capazes disso?

AQUELE ABRAÇO

GRAÇA PEREIRA (MACHADO)

2 comentários:

  1. Ola Gracinha, lembras-te da Mize Costa? Gira o tempo,gira a vida,e agora estou no Canada :)
    Beijinhos

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  2. Quantas vezes me tenho lembrado da Mizé! e agora vejo que está no Canadá! Se tiveres mais noticias diz-me!
    Um bj. Lena

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