Ontem, dia 22, fez anos que Quelimane foi elevada à categoria de cidade! Não poderia escolher melhor tema para o meu 100º post, o aniversário da minha terra.
Que saudades de ti. Não como estás hoje, velha, suja e cheia de cicatrizes. Há vândalos à solta pelas avenidas que eram o meu orgulho. Que fizeram contigo? A derrota é o pesadelo que ensombra hoje as tuas noites.
Cresci contigo e fiz-me menina e mulher a par, também, das tuas transformações. Confidenciávamo-nos os nossos segredos e acalentávamos sonhos para um futuro em conjunto. Mas traíram-nos com a palavra liberdade e não fomos aquilo que deveríamos ter sido. Que saudades tenho hoje de ti, do Quelimane antigo, ainda sem prédios altos e modernos, mas com as casas de madeira a zinco e as ruas de areia solta onde as crianças jogavam à bola sem medo. Do Quelimane da minha infância, misterioso e familiar, onde mesmo à noitinha, a meninada corria, saltava e ria. Do Torrone à Sinacura, do Saguar à Segura, o luar escorria em fios de prata dos palmares e a noite era quente, enfeitiçada, quase selvagem. Quando morria o dia, logo acordava o batuque e o negro vinha esquecer, na sua dança frenética, o trabalho pesado do dia. Os galos cantavam cedo em todos os quintais e o sol, como uma hóstia ensanguentada, vomitava entre renques de coqueiros as sete cores do arco-íris. E o dia deitava-se preguiçosamente nas águas serenas dos Bons Sinais, num cenário de enlouquecer até à zona bucólica do Chuabodembe. Quelimane de tempos idos, do moleque Missasse que orava quando as terras secavam pondo as mãos no peito:
- Mulungo, mio ofunam mangie! (Deus, nós queremos água!) - E os céus, como um milagre, abriam-se e a água jorrava em torrentes!
Quelimane desses tempos, de tradições imortais, de jantares pantagruélicos, das “Donas” bamboleando as suas ancas e dos meninos brincando descalços ao berlinde no pátio que nós adoptáramos como nosso. Sacolas atiradas para o chão, mãos sujas de tanto empurrar os berlindes e as orelhas moucas ao chamamento das nossas mães: “Meninos venham lanchar!” E o chamamento esmorecia de cansaço. Quando os candeeiros da rua acendiam, nós ainda estávamos com os dedos febris numa competição que não tinha fim. De repente na varandinha da casa da frente, surgia a padeira, uma mulher alta corpulenta com um enorme vozeirão e com as mãos na cintura, gritava: “Anda Maria … jantar imediatamente. Os teus colegas não têm casa?”
Tínhamos medo da padeira de Aljubarrota, como lhe chamávamos, e ela conseguia aquilo que as nossas mães vinham tentando há horas: tirar-nos da rua.
Quelimane menina, Quelimane mulher, rompendo da noite como um fruto maduro e eu contigo, em manhãs de poemas sonhando com o amor… Quelimane de outrora, que saudades… Cantavas a liturgia de uma terra que era feliz. Sê-lo-ás agora? Penso que não! O cansaço pesa-te e a desilusão também. Ontem, encontraríamos espalhados por ti, brasões e tradições. Hoje, no teu corpo desventrado, surgem cicatrizes ainda ensanguentadas. Que fizeram contigo, minha terra? Não é fácil guardar a imagem que tinha de ti, quando o cenário mudou tanto e para pior. Mas amo-te ainda mais porque sofres. Mas não deixes que te roubem todo o encanto que tinhas. Deixa as tuas lembranças e as minhas à beira do rio que, encaminhando-se para a foz, e através do mar, as levará até mim. Cidade de memórias felizes, estarás sempre aí como testemunha amiga de um outro tempo em que nascemos quase juntas!
Não te deixes trair mais, é o que te peço neste dia do teu aniversário! Com a ternura aflita de uma filha que não voltará a ver a sua”mãe”, afirmo-te: Só morremos quando mortos na memória daqueles que nos amam.
E é por tudo isso que nunca lá mais voltei nem voltarei! Prefiro preservar na minha memória aquela terra que me viu nascer e onde vivi os melhores anos da minha vida. É essa a imagem que tenho transmitido aos meus e que um dia 'levarei' comigo.
ResponderEliminarComo nota adicional, a Vila de São Martinho de Quelimane foi Vila durante dois séculos e passou a cidade em 1942, a 21 de Agosto como bem referes. Beijocas.
Pela mesma razão, eu tanbém não voltei lá! Há um Quelimane precioso,lindo, na minha memória que quero persevar sempre. Todos os dias "passeio" na cidade do meu coração e sou feliz novamente.Beijos Migá
ResponderEliminarVenho lhe agradecer as doces palavras de carinho deixado em meu blog Curiosa. Dando força e energia para a minha cirurgia.
ResponderEliminarObrigado pelo imenso carinho.
Hoje eu sei o quanto a nossa amizade é importante e carinhosa.
Amigos assim, também é possivel de conquistar.
Muito obrigado.
Sandra
Olá Gracinha!
ResponderEliminarA saudade vence a irreversibilidade do tempo e a distância do espaço, efectua a sintese, ou mais a união do espaço e do tempo, anulando sua aparente diferença e desunião: e anulando-os finalmente como forças terrenas.
O teu texto é comovente e enternecedor...
Bj
POTT
Desculpem meus amigos mas não concordo convosco. Eu voltei tornarei a voltar. è certo que não tive tantos anos de vivência na "nossa" Quelimane. mas tendo saído de lá em 1976 e já adolescente lembro-me perfeitamente como era. E vi bem a diferença quando regressei. Numas coisas para pior (o património que ficou à mercê do tempo, da incúria e do abandono) e o muito de novo que se fez entretanto. Fiquei maravilhado com milhares de alunos nas ruas, todos fardados, com a novas, grandes escolas que se contruiram, nos novos prédios que foram aparecendo, com o desaparecimento das palhotas e com milhares de casas, pobres é certo, mas de cimento e telhados de zinco, com a expansão da rede electrica e de água )ok falta o saneamento mas...)
ResponderEliminarMas há uma coisa que NÃO mudou em QUelimane: as pessoas continuam a ser hospitaleiras, gentis e amigas. Creiam que só por isso vale bem a pena voltar. Afinal que faz as cidades são e serão sempre as pessoas.
Jorge Leite
Oi Graça, agradeço pela visita ao meu blog "Pedaços". Aquie stou eu visitando o seu!
ResponderEliminarParabéns pelo aniversário da sua cidade - Quelimane! Que nome mais interessante!
Um abraço, direto do Recife.
Alô Jorge
ResponderEliminarEste post foi escrito depois de ter visitado "Quelimane" e onde li coisas que me revoltaram e chocaram:pilhagem das caixas de saneamento, a cruz da velha igreja,os carris da linha frroviária entre Quelimane e Mocuba, vendida a peso a estrangeiros(fotos publicadas no site já referido) e outras coisas mais que lá estão. Sugeria então que postassem o novo Quelimane que está a despontar. A mim, chegaram-me apenas notícias tristes. Dias antes tinha ficado contente com o futuro progreso do Zalala..
Uma coisa é certa e aí dou-lhe toda a razão:Quelimane tem um filão de oiro ,a simpatia das suas gentes.Um abraço e vá dando notícias e boas, com fotos para as colocar aqui. Graça
Nasci em Quelimane no não muito longínquo ano de 1961. Cresci na Avenida de Lisboa, mesmo diante da Escola Técnica. Por força da revolução e das teimosias totalitárias aos dezasseis anos de idade fui obrigado a partir, com a família, tendo LISBOA como destino. Aqui cresci, aqui cuidei da minha educação, conheci privações comuns aos mortais do planeta TERRA e aqui estou… VIVO e Inteiro! Onde fui, por onde passei e não foram poucos os lugares por onde passei, levei sempre comigo as recordações de QUELIMANE, das terras do outro lado do rio dos BONS SINAIS, DA PRAIA DO ZALALA, de todas as terras até Nicoadala, de todos os colegas e professores da Escola VASCO DA GAMA, da Escola Preparatória e da Escola Técnica, dos amigos de escola que classifiquei sempre de amigos íntimos apesar de não haver correspondência, do Rui Jorge Domingues, Pele, Ismael, Higino, dos irmãos Guterres, Taibinho e seus irmãos, Hipólito, dos amigos das corridas de carros feitos á mão com rodas de rolamentos, dos amigos que nas tardes de sexta-feira iam comigo ver a construção do então novo aeroporto de Quelimane, dos amigos que iam comigo à praia do Zalala de bicicleta, e muitos outros que recordei sempre e posso dizer que não encontrei igual em mais parte alguma do planeta. Como as pessoas da Zambézia, como as pessoas de Quelimane, com os seus usos, com os seus costumes, não encontrei igual. Há um tesouro natural que se aliena à sua própria cultura, que podemos à boca cheia chamar de ENCANTO e que está adormecido e não estragado e que compete às suas gentes a missão de cuidar, de o acordar. Ao contrário de muita gente que se zangou com a terra e que afirma sempre não querer nunca mais a ela regressar, eu digo o contrário. Eu hei-de voltar a Quelimane com o firme propósito de acordar o tal ENCANTO. Nas várias capitais importantes por onde passei, vi com os meus olhos que a Zambézia e em particular Quelimane, nunca foi uma terra isolada, com encantos guardados exclusivamente aos naturais. Zambézia dá nome e gosto do seu Chá, mundialmente conhecido e apreciado pelas muitas famílias reais europeias, vi e ouvi Reis e Rainhas bajularem-no, do seu coco, da água de coco, da sua copra que serviu para fabricar loções de beleza usadas pelas mulheres mais belas do mundo, do seu sisal que fui encontrar em Los Angeles nos tapetes e peças de parede, do seu capim de 3 metros de altura que em mais nenhuma parte do mundo nasce igual e que gratuitamente serviram para alimentar as infindáveis manadas de gado, da deliciosa cana-de-açúcar, da deliciosa laranja, da doce tangerina, da famosa castanha de caju, da deliciosa manga, da boa papaia, do doce ananás, da melhor banana do mundo, da galinha assada à moda da Zambézia, das suas iguarias, etc. Por toda a miséria que eu já vi no mundo eu interrogo-me se Deus teria nascido em Quelimane, pelo manancial de riqueza que a terra pode dar, inigualável em mais parte alguma do planeta. Este ENCANTO, acordar-se-á com trabalho, com empreendimento, com vontade política e com vontade pessoal de fazer qualquer coisa e nunca com a renúncia. QUELIMANE, EU NÃO RENUNCIO, EU NÃO QUERO RENUNCIAR, LOGO EU NÃO TE RENUNCIAREI NUNCA.
ResponderEliminarOlá Humberto
ResponderEliminarPenso conhecer-te se a memória não me atraiçoa.És filho do Chico Leal?
Estou de acorco contigo no mesmo amor pela nossa terra.Eu tb não renuncio a Quelimane porque a amo demais. Fiquei triste,isso é verdade com notícias quwe chegaram até mim,vendo a minha terra transformada naquilo que esse site já mencionado, pinta. Qualquer zambeziano, ficaria.
Agradou-me a tua explanação sobre a riqueza da nossa terra e é como dizes. Volta sempre. Gostei desta "conversa" que no meu blog, aconteceu e ainda bem.AbraLOS gRAÇA
OI, GRAÇA!!!
ResponderEliminarTENHA UMA OTIMA SEMANA.
"DENTRO DE CADA UM DE NÓS OCULTA-SE UMA LINDA SINFONIA REGIDA PELA MÃO DE DEUS, NUNCA ESTAMOS SÓS, É NO SILENCIO QUE OUVIMOS MARAVILHAS."
BEIJOS
ÂNGELA
Obrigada pelo carinho amiga.
ResponderEliminarÉ sempre bom ter vc. lá em casa.
Um grande beijo.
Obrigada pelo jardim. Vc. é que são as minhas flores.
Sandra
Primeiro, parabens pelo seu l00º POST. É obra! Gopstei muito do que escreveu, como sempre,mas fiquei na dúvida: então o dia da cidade, não era a 22 de Janeiro? Obrigada Monhé
ResponderEliminarMonhé
ResponderEliminarSeja benvindo! Era sin,mas no tempo da "outra senhora":lembrava-se a chegada de Vasco da Gama a Quelimane. A 22 de Agosto de 1942, Quelimane ,oficialmente foi elevada à categoria de cidade, portanto administrativamente ,esta data é a correcta. Obrigado pelos parabens pelo 100ºpost Graça
Texto maravilhoso, bem escrito, demonstrativos da sua saudade e amor pela sua terra.Conheci Quelimane,onde vivi apenas dois anos e cativou-me para sempre. Era uma cidade encantadora e as suas gentes, as mais simpáticas de Moçambique.Compreendo a sua saudade. Parabens pelo seu l00ºPost e... continue, gosto do que escreve e como escreve. Abraço Antunes
ResponderEliminarBom dia Graça;
ResponderEliminarComovente homenagem que prestas à tua cidade,... Não conheç0 Quelimane nem Moçambique, embora tenha amigos que moram lá e já tenha sido convidado a visitar.
A nossa terra, a terra onde nascemos e crescemos, é e para sempre será a nossa, a única, a mais bela, o nosso ninho primeiro, porque foi ela que nos recebeu quando viemos ao Mundo. Foi nela que vimos os primeiros raios de sol, nela nos molhamos com as primeiras gotas de chuva e na poeira das sua ruas demos os primeiros passos. Foi dela que bebemos a primeira água que nos saciou a sede e foi nos bancos da sua escola que ficamos maravilhados e orgulhosos quando conseguimos pela vez primeira escrever nosso nome... foi provávelmente a nossa primeira vitória.
Por isso, sinto a dor que lhe vai na alma ao pressentir que Quelimane sofra com as cicatrizes com que bandos de imbecis a flagelam.
Talvez, nesses momentos, Quelimane chore por seus filhos que partiram...
bjs, Graça.
Osvaldo
Passei só para lhe dar os parabéns pelo texto e pelos 100º Post. Não posso comentar o conteúdo do texto porque não conheço nada da sua cidade, mas sempre ouço falar maravilhas das terras africanas e das saudades que deixaram nos que delas tiveram que partir. Bjo
ResponderEliminarO 'romantismo' das considerações não apaga a realidade dos factos. Podemos reconhecer os defeitos dum filho sem deixar de o amar.
ResponderEliminarMunhamade
ResponderEliminarBem visto o teu comentário! E quantas vezes os filhos mais necessitados, são os mais amados! Migá
Parabéns pelo teu 100º post!
ResponderEliminarQuem poderia adivinhar, há apenas 5 meses atrás, o sucesso que virias a conseguir?
Lembro-me dos primeiros, tímidos, passos. Dos medos, da dúvidas, dos momentos perdidos entre miragens e oásis, neste mundo digital por vezes semelhante a um deserto.
Mas aqui nasceu vida, nasceu amizade, uma realidade incontornável que construíste, palmo a palmo, post a post, sem desistires nunca, parabéns também por isso.
Mas lembra-te que há ainda caminho a percorrer, muito para a prender e inúmeros momentos a saborear...
Resta-me apenas um voto, um pedido, para aqueles que não conhecem a Zambeziana (blog), mas que amam o Chuabo, eles que merecem, talvez, mais que todos, conhecer-te a escrita e a alma. Por esses ultrapassa as fronteiras tecnológicas que te limitam e dá à luz, a papel e tinta, a tua descendência literária.
Kanimambo
mac
Parabéns pelo 100º post.Compreendo que tenha muitas saudades da terra onde viveu e cresceu,tive várias colegas que também vieram de África e notava-se a mesma saudade da terra onde tinham nascido e crescido!Bjs Zé Al
ResponderEliminarParabéns à tua cidade, Graça! Tão perto da minha terra/berço. Beijinhos. Tá-tá
ResponderEliminarQuerida amiga de Portugal: muito obrigada pela sua visita, como tudo que vem de Portugal me interessa, já estou te seguindo.
ResponderEliminarbjs do Brasil
tais luso
Olá Graça, que saudades dessa Quelimane que descreves, mas que infelizmente hoje já não existe! Hoje,... é só um sonho para quem lá viveu, principalmente para os mais novos que tanto ouviram falar a seus pais da terra onde nasceram!
ResponderEliminarMas o que mais me dói são aqueles inocentes que estão a passar por toda a especie de infortunios,.. desde a fome a toda a especie de doença! Tal como nós, eles não pediram nem mereciam ter a vida que tem! Só quem não lê as noticias (no blog da zambézia-quelimane) pode dizer que aquilo está a melhorar! As ruas com buracos enormes(em frente á ex-riviera e ao cinema águia) fotos que recebi recentemente vindas de lá! Uma terra onde se dava tudo, com frutos 2 vezes por ano! e hoje?
Que Deus ponha a Sua Mão sobre a Zambézia!
Peço-te desculpa, mas tomei a liberdade de copiar o texto para o enviar a amigo(a)s que nasceram lá e o que mais desejam é ir visitar Quelimane!
Um beijo, Lena
Parabéns, Graça! Não conhecendo a tua terra, o que lamento, posso apenas imaginar a sua beleza.
ResponderEliminarParabéns pelo teu 100º post e pelo aniversário da tua terra. Adorei todo o texto, nota-se que ainda sentes um carinho muito especial.
ResponderEliminarJinhos e uma optima semana
gostei muito
ResponderEliminare não te esqueças ...há sempre tempo para o reencontro :)
beijinho
Ola Graça Pereira
ResponderEliminarChico Leal é meu tio, entretanto falecido.
olá Humberto
ResponderEliminarE a Lídia? Mãe do Xandinho e da Helena?
Foi para isto que eu pensei neste blog: recordar a minha terra e saber de tantos amigos que eram o meu mundo.À mãe da Lidia, nós, eu e o meu irmão, chanavanos-lhe "Avó Irene" e foi defacto uma avó para nós. Talvez um dia conte histórias com ela- é a minha maneira de homenagear todos aqueles que foram importantes na minha vida. Um abraço Graça
Linda Amiga:
ResponderEliminarQue sentimento tão puro e maravilhoso possui ao sonhar com a sua bela cidade tão mudada, outrora deslumbrante, de Quelimane, elevada a cidade.
Que paixão imensa e dceliciosa das suas recordações extraordinárias.
Linda...!
Faz o que escreve com talento, fascínio, pureza e beleza.
Encantos mil.
Bem-Haja, fabulosa amiga.
Beijinhos e tudo de excelente.
Adorei! Uma descrição plena e gigantesca de um sonho vivido que preenche de fascínio.
Majestoso.
Com cordialidade imensa...
pena
MUITO OBRIGADO pela ternura deixada no meu "cantinho" da escrita.
Adorei!
Só tenho a agradecer-lhe a maravilhosa pessoa que é.
Olá Graça
ResponderEliminarLi e reli este excelente texto,e vi as doces recordações de uma infância feliz, e é isso o fim e ao cabo que marca a nossa vida para sempre.
E depois ouve as feridas e as cicatrizes mal curadas, e agora há uma mistura de coisas boas e más. E como alguém disse quem faz as cidades serão sempre as pessoas.
Parabéns pelos cem posts
Um abraço
José
Ola...através de sua visita em meu blog,me destes a oportunidade de conhecer esse cantinho que amei e com certeza virei mais vezes passear por aqui e saborear-me de tuas escritas.
ResponderEliminarObrigada por tua visita e ja és minha amiga, seja sempre bem vinda ao meu blog e aceite sempre a visita dessa mais nova amiga ao seu.
Beijos e um lindo dia!
Rosane marega
Gostei imenso da sua narrativa. E gostaria muito de assumir a voz daquela Quelimane de então, para conversar contigo.Para te dizer que, agora estou, é verdade, cheia de cicatrizes, mas de uma natureza diferente, pois elas não permanecerão. São resultados das dores do crescimento e tal como a padeira de Aljubarrota, sou e serei sempre forte o suficiente para me transformar e transformar a ti, que vi se tornar adulta. O amor que nos uniu é perene, as lembranças são daquelas que se transformarão em outras, melhores, piores ? Não, diferentes. Digo-te que a receita da felicidade é saúde perfeita e má memória. A minha saúde está boa e a minha memória é fraca. Recomendo-te o mesmo, em nome deste sentimento tão estreito que nos liga. Hoje, ontem e sempre. Beijos.
ResponderEliminarDjabal:
ResponderEliminarAchei curiosa a sua maneira de comentar o meu blog tomando a "voz da minha cidade". Sim, eu sei que ela há-de vencer um dia com o amor de todos os seus filhos espalhados pelo mundo. Mas sei tambem que esta "nossa relação é especial". E sei ainda que, se agora voltasse a pisar as pedras da rua, neste momento, ela dir-me-ia:" Não sofras, fomos tão felizes juntas e isso, ninguém nos pode tirar. Vive a tua vida" mas, baixinho, muito baixinho, acrescentaria: Mas não me esqueças"!
Amigo Djabal, este post é uma pequenina homenagem a Quelimane, o mmnímo dos minímos que posso fazer por ela.
Prometo escrever também sobre outros temas, afinal:Há vida acima do Equador!! Um beijo Graça
Nossa linda cidade, Graça obrigada por sempre visitar meu cantinho, e mais ainda por apreciar meus trabalhos, fico muito feliz com isso... Não te conheço pessoalmente, mais já me afeiçoei por ti... boa semana beijos Mônica
ResponderEliminarGraça! que maravilhoso o seu blog! Descobri depois que você deixou um comentário no meu. Você tem razão, é difícil estar longe das nossas raízes e eu felizmente volto sempre que posso, mas também já vivi em terras distantes e experimentei na carne a dor da saudade. Parabéns mais uma vez pelo trabalho. Karina Minto
ResponderEliminarparabens a terra linda e humida hehehehe
ResponderEliminarJokas
Paula
Lindo...lindo...lindo...
ResponderEliminarParabéns a Quelimane e parabéns para ti.
Bela homenagem, adorei.
Gostei muito também, deste belo dialogo entre pessoas com um amor em comum...Moçambique.
Ou mais especificamente a cidade de Quelimane.
A tua narrativa ´consegue levar-me, por essas ruas, jogar ao berlinde e ouvir a Padeira a chamar...
Obrigada amiga pela visita e pelo carinho.
Jinhos grandes e continuação de boa semana
È tão bom quando visitamos uma pagina assim e vemos alguem falar com tanta paixão...tanto amor de sua terra....o modo que vc desfia suas historias sempre me leva para as minhas...no nordeste...de minhha familia hulmilde...no meio do mato...casa sem luz...sem agua encanada....mais sempre com um sorriso de felicidade deitada nos labios...
ResponderEliminarAdemerson Novais de Andrade
Nossa memoria, nossa historia,
ResponderEliminaré o que temos de mais valioso.
É o que levaremos pela vida.
Grande prazer em ler-te.
Lindas as imagens.
beijos
Olá, Graça
ResponderEliminarParabéns pela tua escrita. Transporta-nos a todos a um tempo que guardamos na saudade. Tornei-me teu seguidor e voltarei cá sempre.
Um abraço
Daniel Monteiro
Bom Dia Graça querida!!! Amei, pra variar, seu belo texto. Passeei por Queliname, joguei bola, comprei pão na "padeira"(interessante, aqui no Brasil é + comum "o padeiro") e senti a boa energia do lugar. Parabéns pelo niver da sua cidade e pelos seus belíssimos 100 posts!!!
ResponderEliminar"Mulungo,mio ofuno os seus textos diariamente"!!!rs
Um beijo e obrigada por suas carinhosas e "sutis" palavras no meu post "Sutilmente".Deixei um recadinho pra você,lá.
Obrigada a todos aqueles que vieram comigo festejaro 100º Post e o aniversário da minha terra. Este blog, só é possível com a convivência de todos com a amizade que começa a surgir e que nos vai envolvendo. Um abraço aos 3 ou 4 comentaristas de base, desde a primeira horam que me animaram a prosseguir e todos os outros que vieram depois... Hoje, já preparo o meu coração para vos receber, tal como o principezinho fazia com a sua raposa... e noto a falta dos que não estao presentes. Um abraço muito especial ao meu filho, precioso suporte nesta aventura. Do fundo do coração: KANIMAMBO!! Graça
ResponderEliminarQue bom estar na tua palhota.
ResponderEliminarvim da minha cubata...
sentei no morro de salalé e li o teu recordar
que é mesmo igual ao meu...
Também por isso gosto tanto de passar por aqui..
LUANDA
Luanda...
Tão linda...
Tão mágica...
Com a tua cor...
Com as tuas gentes...
Com a tua luz...
Ao reflectir-se na baía...
O teu sonho...
O meu amor...
És mesmo tu...
Luanda...
LILI LARANJO
Parabens pelo centésimo post, e pela bonita homenagem à
ResponderEliminarnossa terra.
Até manguana, minha amiga chuabo.
Paula
Olá Graça!
ResponderEliminarTive a oportunidade de ler apenas alguns desses cem posts. Porém, pela amostra deu pra perceber a consistência literária contida em todos eles.
Sua cidade natal, apesar das feridas promovidas pela modernidade, com certeza deve oferecer também belas paisagens, um variado cardápio cultural e um inconsciente coletivo composto por fortes tradições. Além de proporcionar-lhe estas aprazíveis memórias.
Realmente você coroou brilhantemente o centenário. Parabéns, minha amiga!
Um beijo!
Caros conterrâneos de Quelimane, como escreveu o Jorge no seu post supra, eu também sai de lá adolescente em 1977, e o Jorge foi meu companheiro de "aventuras", passei a minha infância por lá, ia muitas vezes ao Muirrua por razões profissionais do meu pai e ia à caça com ele, a Nicoadala, Mopeia, Mocuba, etc.
ResponderEliminarGuardo imensas e boas recordações dessa terra maravilhosa e das suas gentes simpáticas, bem como de todos os meus amigos que numca mais encontrei e gostava imenso de revê-los, entre a Paula Reis.
Do cinema Àguia, onde vi muitos filmes, da Reviera, da piscina onde muitos mergulhos.
Ainda não tive oportunidade de voltar à bela cidade do Rio dos "Bons Sinais", mas faço questão de voltar a estou a programar para fazê-lo entre 2011 ou 2012.
Abraços a todos e um Bom Ano de 2010 a todos chuabos.
Jorge Bexiga