Descobri, sem surpresas, que era rara a semana que não tínhamos uma ou duas festas. Havia condições misteriosas para o encontro de amigos e companheiros. Talvez por isso fossemos mais felizes. Sentíamos prazer em compartilhar as nossas alegrias e ilusões. Sabíamos ser solidários no riso e na lágrima. A hospitalidade, a cortesia e a amizade eram trunfos de quem recebia. E quem chegava trazia primaveras nas mãos e aceitava com emoção a porta aberta para si. Éramos mulheres e homens ainda em formação mas revelávamo-nos uns aos outros sem pedir nada em troca. Reconhecia-se a amizade pelo facto de não enganarmos nem ofendermos ninguém. Se procurar entre as minhas recordações que me deixaram um doce sorriso na alma, se fizer o balanço dessas horas felizes, acho que nenhuma riqueza me teria servido. Não se compra a amizade de um companheiro de jornada. Toda a minha vida tive um verdadeiro luxo: o das relações humanas. A amizade não é um tesouro de que nos apoderamos mas sim um compromisso de todas as partes. São meus amigos verdadeiros aqueles que estão na minha vida e se confundem nela e aqueles que comeram e comem comigo o mesmo pão.
Maio de 1964. Festa de aniversário da Felisbela Borges que era de uma simpatia e simplicidade incríveis. Tinha mais dois irmãos. O Sérgio foi meu colega, era um loiraço de olhos azuis todo “borracho” (o segundo a contar da direita). Deste grupo, só o Zeca Campos já não está connosco. Felizmente todos os outros andam por aí, Canadá, Moçambique e por toda a “aldeia global”.
A aniversariante com o grupo feminino: (contando de cima da esquerda para a direita) ?, Detinha Salgado Freire, ?, Graça Pereira (eu), Zé Bacelar, Bebé Salgado Freire. Em baixo: Lucinda Canas, Teresa Mouga, Tábita Mendes, Ilda Bacelar, Felisbela, Regina Vale Costa, ?, Rosário e ?(esta moça era de Mocuba, chamavam-lhe “ovo estrelado” e lembro-me perfeitamente dela mas não é que me esqueci do nome… Minha querida, se visitares este blogue, perdoa-me e refresca-me a memória. Combinado?)
Anónimo disse:
ResponderEliminarO nome da rapariga era Mifá, julgo que Fátima.Tenho pena só hoje encontrar o seu blogue para a ajudar VIREI TODOS OS DIAS-
Monhé
Graça, na 2º foto a 1ª do lado esq. é a Candida,(neste momento não me lembro do nome de solteira) que casou como o Renato Silva k trabalhava no Manuel Nunes. Ele faleceu á cerca de 1 ano!
ResponderEliminarbjs. Lena
Lena
ResponderEliminarAjudaste-me a recordar.. Era sim a Cândida! Tb não me lembro do apelido. Do marido, não me lembro mesmo nada. Um bj Graça
Em cima antes da Salgado Freire está uma das irmãs Morais
ResponderEliminarSim senhor, este anónimo está atento<.não mencionei o nome da dadita Morais (Eduarda) TKS.Graça
ResponderEliminarGrande elogio que me fazes. Muitas recordações neste teu blog, que vi com saudades. Felicidades a toda a família. Um beijinho boneca.
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