Não sei se alguma vez já vos aconteceu, num dado momento da vossa estrada, encontrardes uma encruzilhada com várias direcções e sentirem o desânimo cair sobre vós. E agora, por onde sigo? Os projectos que trazíamos à partida parecem não encontrar eco em ninguém. Aquela nostalgia do “ontem” que trago sempre dentro de mim e que me fez pensar neste caminho à procura de amigos, julgo que já não existe nos outros, dissipou-se com o tempo. A saudade não encontra espaço e o silêncio passa por tantas recordações que pus à disposição de todos, numa disponibilidade de coração aberto. Será que a amizade, o tempo para os amigos agoniza impiedosamente? Os ideais foram desmantelados, murcharam pelo sol forte de uma vida difícil e já não há possibilidade daquela unidade que era bonita de se ver e, principalmente, de se sentir. O hoje, com todas as suas vicissitudes de atropelamentos, correrias loucas de sobrevivência, desencontros, tempos sem horas, amarguras, abafou a alegria e o gosto de viver de antigamente? Será que já não vos conheço, amigos de outros tempos? Já não sereis os mesmos? Tudo isto me fez pensar e parei para me organizar. Terei também eu mudado? Perdido a fé nos outros, na vida e em mim? No barco da vida quem deita fora a fé, deita também fora a esperança. Costumo ser optimista mas reconheço que marquei encontro com o desânimo e hoje estou como o tempo, enfarruscado, triste e sem brilho! A moleza tomou conta de mim… mas garanto-vos que ainda não é a capitulação. A esperança há-de voltar e levar-me mais longe ainda. A tarefa é grande, penosa e sacrificada. Não pelo trabalho em si, mas pelas respostas que não chegam. Mas este blogue continua a ser um desafio, uma luta e, ao mesmo tempo, uma responsabilidade. Abri os olhos fechados por algum cansaço, limpei a face por onde escorriam as lágrimas e pus-me de pé! Caía a noite e ouvi rumores de vozes e passos cansados de gente desanimada, cansada, perdida talvez em encruzilhadas, como eu… Olhei a mochila caída a meus pés, tantos sonhos a sair de dentro dela, notas musicais de um outro tempo, de outro céu e de outro mar. A esperança sobrevive sempre que um adulto chora, disse alguém. A noite já vai longa mas vem aí a manhã que fará cantar de novo o meu coração. Quero abrir de novo as janelas da vida e saudar: bom dia esperança! Quem caminha espera e quem espera caminha. Jamais foi proibido agarrarmo-nos a um sonho para seguirmos viagem. O sonho impulsiona-nos para a vida. Amanhã, quero sorrir e sonhar, sonhar sempre. E se eles se desfolharem silenciosamente, ao menos ficarei com a esperança. Com essa flor que quero trazer sempre nos cabelos a lembrar-me que resistir é viver e desistir é morrer; farei caminho ao encontro dos outros, da alegria e da vida. As noites servem para isto: para encontrarmos, por entre as estrelas, o nosso rumo.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Bom Dia Esperança
Não sei se alguma vez já vos aconteceu, num dado momento da vossa estrada, encontrardes uma encruzilhada com várias direcções e sentirem o desânimo cair sobre vós. E agora, por onde sigo? Os projectos que trazíamos à partida parecem não encontrar eco em ninguém. Aquela nostalgia do “ontem” que trago sempre dentro de mim e que me fez pensar neste caminho à procura de amigos, julgo que já não existe nos outros, dissipou-se com o tempo. A saudade não encontra espaço e o silêncio passa por tantas recordações que pus à disposição de todos, numa disponibilidade de coração aberto. Será que a amizade, o tempo para os amigos agoniza impiedosamente? Os ideais foram desmantelados, murcharam pelo sol forte de uma vida difícil e já não há possibilidade daquela unidade que era bonita de se ver e, principalmente, de se sentir. O hoje, com todas as suas vicissitudes de atropelamentos, correrias loucas de sobrevivência, desencontros, tempos sem horas, amarguras, abafou a alegria e o gosto de viver de antigamente? Será que já não vos conheço, amigos de outros tempos? Já não sereis os mesmos? Tudo isto me fez pensar e parei para me organizar. Terei também eu mudado? Perdido a fé nos outros, na vida e em mim? No barco da vida quem deita fora a fé, deita também fora a esperança. Costumo ser optimista mas reconheço que marquei encontro com o desânimo e hoje estou como o tempo, enfarruscado, triste e sem brilho! A moleza tomou conta de mim… mas garanto-vos que ainda não é a capitulação. A esperança há-de voltar e levar-me mais longe ainda. A tarefa é grande, penosa e sacrificada. Não pelo trabalho em si, mas pelas respostas que não chegam. Mas este blogue continua a ser um desafio, uma luta e, ao mesmo tempo, uma responsabilidade. Abri os olhos fechados por algum cansaço, limpei a face por onde escorriam as lágrimas e pus-me de pé! Caía a noite e ouvi rumores de vozes e passos cansados de gente desanimada, cansada, perdida talvez em encruzilhadas, como eu… Olhei a mochila caída a meus pés, tantos sonhos a sair de dentro dela, notas musicais de um outro tempo, de outro céu e de outro mar. A esperança sobrevive sempre que um adulto chora, disse alguém. A noite já vai longa mas vem aí a manhã que fará cantar de novo o meu coração. Quero abrir de novo as janelas da vida e saudar: bom dia esperança! Quem caminha espera e quem espera caminha. Jamais foi proibido agarrarmo-nos a um sonho para seguirmos viagem. O sonho impulsiona-nos para a vida. Amanhã, quero sorrir e sonhar, sonhar sempre. E se eles se desfolharem silenciosamente, ao menos ficarei com a esperança. Com essa flor que quero trazer sempre nos cabelos a lembrar-me que resistir é viver e desistir é morrer; farei caminho ao encontro dos outros, da alegria e da vida. As noites servem para isto: para encontrarmos, por entre as estrelas, o nosso rumo.
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Olá!
ResponderEliminarTem um comentário no "seu" Café
POTT
Olá Feiticeira!
ResponderEliminarNão sabe quanto me custa senti-la nesse estado..
Então companheira?
Há momentos assim.Mas vamos ter calma.
Os amigos estão lá.Não acredite que se afastaram.
Nem sempre as coisas correm como pretendemos.
Portanto,animo.
A propósito, vou-lhe contar uma coisa.
Temos que desanuviar.Veja o seguinte...estou aqui,porque embora não a conheça, gosto de si...
Penso que não é tão derrotista como hoje se pretende fazer passar.. provavelmente até será bem divertida.
Não fique chocada com os disparates que por vezes digo.Tento levar isto da melhor forma, e é muito possível que lhe venha levantar o astral.
Hoje,por exemplo,não estou nada preocupado com o mau tempo ou com algum problema que devo ter por aí.
Já reparou que não podemos levar esta droga de vida a sério?
Então veja;tomando por base uma idade média de 75 anos,segundo o Instituto Gallup,temos:
Para dormir,despir e vestir-se,26 anos,25 dias,14 horas.Para comer e beber,5 anos,346 dias,5 horas.para esperar lugar no autocarro/ filas de transito,no cinema,quer dizer,para estar nas bichas:5 anos,302 dias,16 horas.Para as férias,4 anos,12 dias,15 horas.Para viajar:3 anos,273 dias,18 horas.
Para assoar o nariz-desculpe mas não sou o autor da estatistica-133 dias,8 horas,28 minutos.Para
barbear,no caso dos homens,depilar no caso das mulheres:140 dias,23 horas,28 minutos.Para bocejar,4 diass,2 horas,26 minutos.Para rir:1 dia e 22 minutos.Para fazer amor:3 meses 42 horas e 33minutos.
Não verifiquei a soma ;apego-me à esperança suprema de que a conta não esteja certa.Caso contrário seria humilhante estar neste mundo.
Imagine,por mera hipótese,que as diferentes acções da vida,em vez de serem alternadas, misturadas,intercaladas,se distribuissem na ordem em que as dispôs o autor da estatistica, isto é,que tivessemos que comer seis anos seguidos e ,deixando a mesa,fossemos obrigados a estar 6 anos na bicha,aguardando o autocarro que tem que nos levar a casa,onde nos deitariamos para um sono de vinte e sete anos,do qual despertariamos para iniciar uma actividade que durante 21 anos,sem interrupção,empregando para nos barbearmos/depilar-nos,isto é,para nos tornarmos apresentáveis,140 dias.Dariamos uma queca duarante cerca 90 dias,finalmente bocejariamos,4 dias,2 horas e 23 minutos,para termos-conclusão das conclusões-a alegria de rir
pouco mais de um dia.
Seria caso para imitar o rapaz que se suicidou,explicando a razão do seu gesto numa carta ao delegado do Procurador da República: "botões demais para abotoar e desabotoar...!"
Um beijo para si minha querida amiga...
Olá meu Amigo
ResponderEliminarAfinal, vale a pena guardar a esperança… O dia brindou-me com sol que tanta falta me faz e um amigo preocupou-se comigo, deixando-me uma mensagem que me fez sorrir. É para isto que servem os amigos: para nos dar a mão quando nos sentimos um pouco perdidos ou baralhados.
Mas essa estatística, caramba, é estonteante! Não é que eu estou em todas as bichas (salvo seja) menos na do autocarro porque tenho um “azulinho” no qual me desloco para todo o lado!
Quanto ao “meu” café, já pouca gente sabe fazer tertúlias. No entanto o ambiente é óptimo, se bem que hoje, os leões (como eu) e as águias entrassem de orelhas murchas porque os dragões faziam a festa. Apesar de tudo, o rei da selva não de deixa intimidar. Levanta a cabeça, dá um urro e impõe respeito. E esta leoa, faz o mesmo…
Mil abraços
Graça.
Magnífico o artigo sobre a FAE. Tanto por ali andei e... dancei naquela 'boîte'.
ResponderEliminarContinua a fazer-nos crer que continuamos 'jovens'. 'Tátá? e Beijocas
J.P.Pereia