Enquanto a praia do Zalala não passou a ser a coqueluche da moda, a juventude (e não só) frequentava a do Mundimo pela simples razão de ser muito, mas mesmo muito, mais perto da cidade: apenas 17Km. A estrada não era grande coisa mas, serpenteada pelo palmar e cajueiros, tornava-se deliciosa e cheia de perfumes do caju às mangas maduras. Na Feira da Madal fazíamos a nossa primeira paragem para nos abastecermos de bebidas numa das lojas existentes naquele lugarejo. Depois seguíamos pela estrada particular da companhia, bem cuidada e apetecível, não só por esse motivo mas também para comprarmos castanha de caju e o seu fruto e ainda grandes mangas suculentas que a garotada negra vendia, por uma tuta-e-meia, nas antigas latas de gasolina ou nos habituais “tarragos” feitos de folha de palmeira. Por mais de um quilómetro os cajueiros bordavam a estrada dos dois lados, carregadinhos do fruto vermelhinho e perfumado, enquanto as abelhas se deliciavam em autênticos banquetes. Quando retomávamos a estrada oficial o trajecto já era curto e os buracos menos sentidos. Passávamos pela “estação” comercial do Mundimo, contornando a casa onde passei férias maravilhosas na minha infância, e descíamos em linha recta até á praia. O barulho do mar chegava depressa aos nossos ouvidos e aquela linha azul e quente do Índico parecia-nos o paraíso.
Passeando pelo extenso areal, a perder de vista, depois do primeiro banho da manhã:
Neves, Detinha Salgado Freire, Jojó, Felisbela Borges, José Augusto, Bébe Salgado Freire, Maximiano Santos Melo, Betty Antunes e Mário Augusto Salgado Freire que nos deixou saudosamente o ano passado.
Aqui, apenas o fotógrafo foi substituído: saiu o José Augusto e entrou o Vasco Malheiro.
Anonimo disse:
ResponderEliminarDo que tenho mais saudades das nossas praias, água quentinha todo o ano e o areal extenso até perder de vista.
Monhé