Porque hoje é domingo vamos passar o dia na FAE!
Foi inaugurada no dia 15 de Agosto de 1969 com pompa e circunstância. A Zambézia inteira derreteu-se de orgulho e vaidade com a sua primeira Feira de Actividades Económicas. Era a montra possível e exaustiva de todo o distrito. De todo o país, da vizinha África do Sul e não só, chegavam visitantes ilustres e desconhecidos. A cidade parecia um intenso formigueiro com pensões e hotéis esgotadíssimos. O Governador Geral de Moçambique, Dr. Baltasar Rebello de Sousa, presidiu à sua inauguração, percorrendo depois toda a Feira, visitando em pormenor cada um dos mais de vinte pavilhões do certame. A FAE, para além do interesse mostruário que muito bem representou, trouxe também uma promoção turística às nossas belíssimas praias com relevo para a de Zalala que, na altura, começava a ter um desenvolvimento no plano de valorização.
A FAE só por si representou uma enorme propaganda, com benefícios para toda a Zambézia, num empreendimento audaz e grandioso. No dia da sua inauguração e nos fins de semana posteriores foi difícil arranjar espaço para tantas viaturas. Estacionava-se até ao velho aeroporto. Entrava-se pela estrada privada do Dúlio Ribeiro. Fazia-se cordão pelo bairro dos pescadores e ruas adjacentes. Só faltava mesmo estacionar em cima de uma palmeira… Era a loucura total! As noites também eram convidativas. Para além das visitas aos pavilhões, que demoravam horas, de alguns simpáticos bares e restaurantes, a boîte UAIA-UAIA funcionava permanentemente com um conjunto privativo e shows de bom cartaz. Berta Laurentino, vedeta do RCM, foi o primeiro chamariz bem acolhido pelos clientes da noite. Seguiram-se as Irmãs Muge e Zito que vieram da capital propositadamente para actuarem na boîte. Durante a semana a prata da casa fazia a festa: Emília Duarte, Tété, Firmino Teixeira, Luís Guimarães e o Duo Pérolas, acompanhados pelo conjunto residente The Blue Twisters. Também outros programas lúdicos e desportivos seguiam a par e passo de toda a vida da FAE, como a exposição da escultora Arminda Oliveira, concursos de dança e fotografia, o torneio de tiro aos pratos, a presença do Circo Mariano que constituiu outra oportuna atracção e ainda o pequeno comboio infantil que, carregado de crianças, ziguezagueava pelos arruamentos da Feira. O programa desportivo encerrou com um importante Torneio de Ténis onde participaram os maiores valores da modalidade em Moçambique: António Trindade, Victor Carvalho e Marina Pimentel de Lourenço Marques; Dino Zolezzi, Ramiro Rodrigues e Maria José Silva da Beira; Manuel Nascimento e José Maio de Quelimane e três dos melhores tenistas do Malawi.
Quando o simpático porteiro da FAE, José Macedo Sequeira, fechou as portas do certame, já os seus organizadores pensavam com certeza, e em grande, a Feira das Actividades Económicas da Zambézia - 1970! E foi mesmo!
A seguir à Fonte Luminosa, que dava as boas vindas aos visitantes, ficava um espaço colorido emoldurado pelo verde das palmeiras e com que, gulosamente, os nossos olhos se deleitavam.
1-O pavilhão da Kruger, moderno na sua concepção, situava-se quase logo à entrada do recinto.
2-O pavilhão das Comunicações, com um sol, símbolo muito significativo do seu conteúdo. As assistentes do mesmo: Graça Pereira e Regina.
3- Visitando o pavilhão da Câmara Municipal, interessante no historial da cidade e com recantos agradáveis para receber as suas “visitas”.
4- Junto ao “meu” pavilhão, com as palmeiras sempre por fundo. Por todo o lado, para além das flores, existiam pequenos apontamentos arquitectónicos que tornavam o visual da Feira muito arrojado e bonito de se ver.
5- O Pavilhão da Kodam; para mim, dos mais bonitos e imaginativos.
6-Marinheiras em terra… Outro apontamento com algum significado que agora já não me recordo. Por detrás o pavilhão maravilhoso, imitando uma grande palhota, da Boîte UAIA-UAIA!
7-Em frente do pavilhão do RCM - Emissor Regional da Zambézia.
E muitos outros pavilhões ficam por mostrar, entre eles o que alcançou o 1º lugar no concurso. Fica para uma segunda parte deste tema: FAE!
1-O pavilhão da Kruger, moderno na sua concepção, situava-se quase logo à entrada do recinto.
2-O pavilhão das Comunicações, com um sol, símbolo muito significativo do seu conteúdo. As assistentes do mesmo: Graça Pereira e Regina.
3- Visitando o pavilhão da Câmara Municipal, interessante no historial da cidade e com recantos agradáveis para receber as suas “visitas”.
4- Junto ao “meu” pavilhão, com as palmeiras sempre por fundo. Por todo o lado, para além das flores, existiam pequenos apontamentos arquitectónicos que tornavam o visual da Feira muito arrojado e bonito de se ver.
5- O Pavilhão da Kodam; para mim, dos mais bonitos e imaginativos.
6-Marinheiras em terra… Outro apontamento com algum significado que agora já não me recordo. Por detrás o pavilhão maravilhoso, imitando uma grande palhota, da Boîte UAIA-UAIA!
7-Em frente do pavilhão do RCM - Emissor Regional da Zambézia.
E muitos outros pavilhões ficam por mostrar, entre eles o que alcançou o 1º lugar no concurso. Fica para uma segunda parte deste tema: FAE!
Anonimo disse:
ResponderEliminarassisti á inauguração da fae. Foi un espectáculo.Não sei se temfotos dos pavilhões Grecha e Refeba. Eram muito bonitos, Obrigado
Monhé
Talvez um dia destes eu a surpreenda (pelo meu blogue) com fotografias da FAEQ. Isto porque me lembrei que tenho por aí uma das “revistas” (suponho que de 1973) da Feira da cidade que partilhámos. Lembro-me que nessa “revista” é dado um grande relevo à “Miss FAE”. Espero não demorar a reencontrá-la.
ResponderEliminarAté já.
Olá Duarte,
ResponderEliminarQue bom ter essas revistas da FAE! Lembro-me do Concurso de Miss FAE e até da mocita que o ganhou. Era filha do administrativo Morais, se não me engano, de Inhanssunge. Estive com ela num convívio de Zambezianos, penso que foi no que teve lugar em Cernache do Bonjardim. Vive no Maputo ou pelo menos nessa altura vivia. Obrigado por todas as dicas que me vai dando.
Um abraço
Graça.
Que saudades eu tenho... Sonorizei a Feira no primeiro ano e no segundo. Que saudades, meu deus, eu tenho dessa linda terra!
ResponderEliminar