Dia 6 de Maio de 1950!
Nesta época ninguém ia a um casamento sem ser de chapéu (as senhoras claro), de vestido comprido e grande toilette. Os homens foram sempre mais discretos nestas ocasiões. E que dizer dos “quatro rodas”? Grandes máquinas!
Casava-se a Olívia Freire com o Nelson Ubach Respeita. Famílias muito conhecidas em Quelimane. Ao lado da noiva, sua irmã e madrinha, a Arminda que, anos mais tarde casou com o Paulino André Moreira. Perfilado e pronto a abrir a porta do Cadillac à noiva, estava o irmão e padrinho, o Alfredo. Atrás, o menino das alianças (o meu irmão) a Lurdes Gomes e eu - andaria por ali nos meus seis anitos irrequietos. Juntamente com a Lurdes éramos as caudatárias. A família Freire vivia nessa altura ao lado da Câmara, numa pequena casita que juntamente com outra no outro extremo da Câmara, formava um conjunto curioso. Lembravam a casa feudal, grandiosa e importante com os seus dois “anexos”. No primeiro, funcionou durante muitos anos a Polícia. No segundo, julgo que estava destinado a funcionários da edilidade porque, posteriormente, foi também habitada pelo Guilhermino Gonçalves, Bibliotecário camarário, e sua família. A família Freire foi sempre visita da nossa casa e velhos amigos dos meus pais. Por isso não foi estranho que, na véspera da boda, a minha mãe e muitas outras amigas fossem para casa da noiva a ajudar na confecção de bolos e não só. Apesar da minha pouca idade recordo-me deliciada os odores adocicados que enchiam a casa toda. No chão de uma sala foram colocados grandes lençóis que iam sendo literalmente tapados à medida que os bolos saiam das mãos das artistas. Deitada entre a infindável doçaria, não sei se pensaria num dia assim, só meu, no futuro ainda longínquo, ou se estaria já a pensar qual seria o primeiro bolo a que eu deitaria mão no dia seguinte… Vou mais por esta última hipótese!
Casava-se a Olívia Freire com o Nelson Ubach Respeita. Famílias muito conhecidas em Quelimane. Ao lado da noiva, sua irmã e madrinha, a Arminda que, anos mais tarde casou com o Paulino André Moreira. Perfilado e pronto a abrir a porta do Cadillac à noiva, estava o irmão e padrinho, o Alfredo. Atrás, o menino das alianças (o meu irmão) a Lurdes Gomes e eu - andaria por ali nos meus seis anitos irrequietos. Juntamente com a Lurdes éramos as caudatárias. A família Freire vivia nessa altura ao lado da Câmara, numa pequena casita que juntamente com outra no outro extremo da Câmara, formava um conjunto curioso. Lembravam a casa feudal, grandiosa e importante com os seus dois “anexos”. No primeiro, funcionou durante muitos anos a Polícia. No segundo, julgo que estava destinado a funcionários da edilidade porque, posteriormente, foi também habitada pelo Guilhermino Gonçalves, Bibliotecário camarário, e sua família. A família Freire foi sempre visita da nossa casa e velhos amigos dos meus pais. Por isso não foi estranho que, na véspera da boda, a minha mãe e muitas outras amigas fossem para casa da noiva a ajudar na confecção de bolos e não só. Apesar da minha pouca idade recordo-me deliciada os odores adocicados que enchiam a casa toda. No chão de uma sala foram colocados grandes lençóis que iam sendo literalmente tapados à medida que os bolos saiam das mãos das artistas. Deitada entre a infindável doçaria, não sei se pensaria num dia assim, só meu, no futuro ainda longínquo, ou se estaria já a pensar qual seria o primeiro bolo a que eu deitaria mão no dia seguinte… Vou mais por esta última hipótese!
Anónimo disse:
ResponderEliminarViajei muitas vezes nos machibombos dos Moreiras.
A dona Arminda era uma mulher de armas. Não sei se ainda é viva. Estou deliciado com este blogue. Um abraço.
Olá a todos. Estou estupefacta com o que acabo de ver. Uma foto do casamento da minha tia Olivia. Quem diria? Eu sou a Aida Moreira, que casou com o Rogério Moreira, filho do Paulino André Moreira. Um muito obrigado a quem permite que relembremos tempos antigos. Estou maravilhada com este blogue. Para quem me conheça e queira contactar, o meu mail é: aida.moreira@gmail.com Um saudoso abraço para todos.
ResponderEliminarOlá Aida
ResponderEliminarEste blog nasceu para reviver a minha terra e a minha vida por lá durante 33 anos e ainda para encontrar todos aqueles amigos do Chuabo que me viram crescer. Conto com os comentários de todos, já que vocês, são "artistas" do mesmo palco da vida. Um bj Graça
Olá Graça! Sou o Quim, único filho dos noivos e
ResponderEliminarquero agradeçer esta homenagem que fazes aos meus pais. Hoje já não são vivos. A minha mãe morreu em Ermesinde ainda nova,devido ao cancro
da mama e passado pouco tempo vim viver para Loulé com minha mulher, filho e meu pai, já há 25 anos onde também passados alguns anos morreu
meu pai por AVC já depois de ter nascido a minha filha que me deu um neto que já fez sete anos. Dos mais velhos já só existe a minha tia Rosa viúva tio Alfredo; viveu em Gouveia e agora vive com um dos filhos próximo de Ágeda.
É assim a lei da vida. Um abraço e um grande obrigado Quim.
Quim
ResponderEliminarFiquei contente que tivesses visto esta foto do casamento dos teus pais. Apesar de pequenita, nunca esqueci este dia pela importância que me deram de ser a menina que pegava no véu da noiva... depois, havia a amizade já antiga dos teus avós e teus pais com os meus... e isso era "coisa" que se prezava em Quelimane!!
Quando quiseres vem até aqui matar saudades...
Um beijo
Graça
Olá Graça !
ResponderEliminarEu sou o Xico Moreira , sobrinho do Paulino Moreira !
Gostei muito de ver o teu blog e com muitas saudades.
Gostava de saber onde pára o meu amigo Leitão? Se souberes algo diz-me!
Um abraço para toda a malta do chuabo!!!
xico.moreira69@gmail.com
915232050
Olá a toda gente, eu sou Andre dias moreira neto do Paulino Andre Moreira. Estava aqui na net e fiquei fiquei espantado por encontrar o nome do meu avo aqui... É engraçado porque a cada dia que passa eu descobro cada vez mais sobre o meu avo... No outro dia eu estava a passear pela casa da minha avo materna (a avo rosa) e estava lá um senhor que guarda a casa agora e esteve-me a contar historias sobre o avo que eu nunca conheci como por exemplo de um barco em que tinha escrito alfena nele...é incrível o que o meu avo paterno fez... Só tenho pena de n o ter conhecido... Beijinhos e abraços
ResponderEliminarandrediasmoreira@hotmail.com
bom, depois de ouvir as vossas histórias, gostaria que me dissessem, se souberem, quem é o senhor, de apelido Freire, que estará sepultado no cemitério de Gouveia - a lápide tem aposta a estrela de David? Será irmão da dona Rosa Freire? Tina Viegas
ResponderEliminarOlá Zambezianos. Eu sou o Horácio filho de Paulino André Moreira, que saudades, dos "machibombos barulhentos", mas,... que nunca paravam.O motorista Antunes. vinha à cidade atender as encomendas que lhe pediam pelo caminho, belos tempos, que saudades, aproveito para perguntar à M, da Graça, se os encontros acabaram? certo dia, dei a ideia de se fixar um dia por ano no mesmo dia, e, no mesmo restaurante, para que não seja necessário fazer convites anualmente para o almoço dos Zambezianos. Bem, fica a ideia. Cumprimentos e continuação de boas festas. Em tempo: uma triste noticia: O Manuel neves, iniciou, há dias a sua viagem eterna, que Deus o acompanhe
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