Setembro continua belo, conserva-se doce e temperado. Por quantos dias mais? Que importa?
“Dos meus dias fugazes, que me importa o número? Eu toco o infinito, vejo a eternidade” (Victor Hugo).
A corrente dos dias felizes afasta-se bem depressa. Sabe-se se alguma vez voltarão outras tão cantantes como outrora? Tudo se pode esperar. Há um ritmo misterioso que nunca entenderemos. Gosto deste mês de tão doces e felizes recordações. Do Setembro de um noivado, do Setembro de férias vividas um pouco por esse país fora, do Setembro que me lembra missão cumprida, tranquilidade e paz. Do Setembro que fecha com chave de oiro a festa da natureza começada em Março passado. Do Setembro que me convida a uma reflexão mais intensa para o período que está já aí: o Outono!
Mas este também tem as suas virtudes e Setembro deposita-nos nesse claustro onde podemos fazer desabrochar melhor a nossa alma um pouco aturdida pelo movimento deste últimos sete meses. Tal como a terra, precisamos de descansar depois das últimas colheitas. Terei semeado?
Saí cedo de casa, a pé! Gosto de caminhar sentindo as folhas secas a estalarem sob os meus pés. Os castanhos misturam-se com amarelos fortes e vermelhos como sangue. A natureza despede-se em festa e, embora sinta alguma nostalgia, vislumbro transparências que não quero perder. Nada acontece por acaso e como dizia alguém o “ porquê é sempre infinito”. Mergulho neste oásis de folhas de todas as cores e de ramos a desnudarem-se… Hoje colherei tâmaras, dormirei debaixo das palmeiras e, talvez, olhando o céu, encontre a estrela que me guie quando de novo estiver no deserto. A brisa sopra suavemente, ainda quente e faz-me viver a plenitude deste momento. Que mais será preciso?
Um novo caminho se abre à minha frente… esqueço as cruzes que ficaram para trás, esqueço os lugares onde deixei ficar pedaços de mim própria… Acredito no mistério que me faz partir cada dia como se fosse começar tudo de novo…
Maravilhosa capacidade que Deus me deu de voltar a ser árvore, depois de ser folha rodopiando com o vento, apodrecida no meio da terra e…. voltar a ser Primavera!
Poesia escolhida para este fim de Verão.
Chuvinha de Setembro
(Eugénio de Castro)
Chuvinha miúda… Chove, chove
Molhando a eira, molhando a uva…
Mãos de anjo tecem rendas de água,
Prendem-me aqui grades de chuva….
Chuvinha miúda… - Chove, chove
Nos pinheirais, dentro de mim….
Lembra-me agora aquela tarde
Em que também chovia assim…
Quanto chorámos nessa hora
Que já de nós tão longe vai!
Chuvinha miúda… chove, chove….
Sonhos de amor chorai, chorai….
Em Uma Tarde de Outono
(Olavo Bilac)
Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono... Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto...
Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?
A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos...
Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!
E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
Banhado no clarão nascente do arrebol...
(Eugénio de Castro)
Chuvinha miúda… Chove, chove
Molhando a eira, molhando a uva…
Mãos de anjo tecem rendas de água,
Prendem-me aqui grades de chuva….
Chuvinha miúda… - Chove, chove
Nos pinheirais, dentro de mim….
Lembra-me agora aquela tarde
Em que também chovia assim…
Quanto chorámos nessa hora
Que já de nós tão longe vai!
Chuvinha miúda… chove, chove….
Sonhos de amor chorai, chorai….
Em Uma Tarde de Outono
(Olavo Bilac)
Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono... Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto...
Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?
A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos...
Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!
E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
Banhado no clarão nascente do arrebol...
Confiança
(Miguel Torga)
O que é bonito neste mundo,
E anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra ventura...
E que a doçura
Que não se prova,
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova...
(Miguel Torga)
O que é bonito neste mundo,
E anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra ventura...
E que a doçura
Que não se prova,
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova...
Boa tarde Graça.
ResponderEliminarAí chega o outono, aqui seria primavera, mas o calor é de verão, talvez pelo aquecimento terrestre haja uma espécie de loucura climática, no sul do Brasil houve uma catástrofe, Tornados devastaram casas, arrastaram animais. No nordeste onde moro o calor e sufocante, abafado, a água do mar aqui é morna e com este aumento na temperatura esquenta mais um pouco. Mas quem ainda tem o privilégio de ver as quatro estações, deve agradecer a Deus, e acho maravilhoso quando leio textos com uma poética das folhas castanhas, amarelas, todo encantamento que a natureza pode oferecer me tornando repetitiva lindo texto. Você e Manuela escrevem tão bem que tenho por vezes vergonha de ser simplista na minha escrita.
Tenha uma boa semana e eu lógico voltarei.
Beijos.
Renata Vasconcellos
Renata:
ResponderEliminarSó encontra poesia nos textos, quem já a tem dentro de si, entendes? Beijocas,minha querida Graça
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCheira a Outono, e gosto mais do que o Verão... e gostos não se discutem
ResponderEliminarBjos___fotografados
Que linda esta postagem.
ResponderEliminarparabéns. Fim do Verão para vc. Inicio da Primavera para nós.
Amei a sua postagem.
OLA!
VIM AGRADECER A SUA VISITA E CONVIDAR PARA...
Amanhã, 22 de setembro, conto com a sua presença na CURIOSA, para comemomorarmos juntos esta data, tão importante para mim.
Pode vim. TE ESPERO.
Vai ser uma linda FESTA.
O CONVITE convite está feito.
DATA: 22.de setembro.
LOCAL::BLOG DA CURIOSA.
COM MUITO CARINHO.
SANDRA
Sabes, Graça, penso que é por haver pessoas que nascem "inquietas". O teu texto soube-me mesmo bem, diz-me muito sobre mim mesmo, sobre sentires na maturidade. Dos dias em que o espírito acorda com 20 anos e outros com 95. E, o mais engraçado é que não há contradição ou disfunção (pelo menos acho eu que não...bem...).Entendo como natureza inquieta (incurável, pelos vistos). E o teu texto vem de encontro com estes meus sentires,e tu sempre com uma abordagem extremamente transparente e delicada. Gostei muito, minha amiga. Um beijinho muito especial pra ti.
ResponderEliminarEsse texto é um escandalo de belo..
POTT
Graça
ResponderEliminarQue texto lindo! E feliz fiquei em saber que abres caminho para o novo, enterrando o que ficou... É isso que faz com que andemos pra frente!
O poema do Torga lindíssimo - adoro Miguel Torga!!
Beijos
Olá Graça,
ResponderEliminarComo estás virada para a poesia vou por aqui este poema dum amigo meu espero que não te importes
Eu arvore
Nasci num chão moreno dum país
na hora em que a manhã era alvorada
aos poucos fui crescendo e fui raiz
e tronco na planura da chapada
A arvore que fui e em que me fiz
fui rama fui flor e fui ramada
fui semento que afundou sua matriz
na vida onde fui onde fui nada
fui verde como a esperança deste mundo
fui sombra neste chão onde me afundo
fui lenha que acendeu tanta fogueira
e agora ao arrebol da tarde finda
neste circulo terminal falta-me aida
ser folha que apodrece na poira
João Batista Coelho
continuação de boa semana
um beijinho, José
Lindos poemas, sobre uma estação que por acaso gosto bastante. Gosto das múltiplas cores...do frio ligeiro, gosto do som do vento nas folhas no Outono...enfim...venha ele!
ResponderEliminarbeijinhos
Me vi muitos em tuas linhas minha querida amiga....lindas...maravilhosas...me falando desse mes que alem de ser o mes que completo mais um ano de vida...am...por ser uma porta para outra estação tão bela...
ResponderEliminarParabens
Ademerson Novais de Andrade
José:
ResponderEliminarNão me importo nada que espalhem versos pela palhota toda! Tu e todos os amigos que baterem á porta...Haverá coisa mais bonita que a poesia?!
Um beijo Graça
O Outono é uma estação que mexe particularmente comigo: nostalgia, saudade, nostalgia... Um manto atapetado de folhas e a serenidade que o embriagado verão nao tem.
ResponderEliminar"Maravilhosa capacidade que Deus me deu de voltar a ser árvore, depois de ser folha rodopiando com o vento, apodrecida no meio da terra e…. voltar a ser Primavera!"
Nob eterno ciclo do perdao e do amor.
Aqui primavera, com sua paisagem brindando as cores e aí o outono, aconchegante e nostálgico, um contraste q não poderia ter sido melhor criado pela natureza, o vai e vem, o recomeçar, os pés pisando as folhas e estalando recordações...é a beleza da vida.
ResponderEliminarGrande beijo, amiga!
Amiga, o teu Outono está uma maravilha.
ResponderEliminarÉ uma estação que eu gosto.
Traz paz, calma e descontracção.
E das cores ocres do Outono
Se faz uma aguarela de vida...
Tenho um miminho para ti, no meu blog mimos e desafios, gostava muito que o aceitasses.
A amizade é um bem precioso
Infelizes aqueles
Que nunca provaram o seu sabor...
Jinhos amiga e uma excelente semana
Gostei muito do seu blog, tão romântico quanto eu. De uma fotografia atraente, deixa-me com "inveja" de passear no outono e relembrar de setembros que já não voltam. Um abraço.
ResponderEliminarO bom das estações é que elas não morrem. Só dormem por três quartos do ano.
ResponderEliminarJá, já, as folhas fibram de novo.
Esta chuvinha é prenúncio de outono tristonho. Vamos agarrar o sol e tentar conservá-lo o ano inteiro... pelo menos na alma!
ResponderEliminarSe,
ResponderEliminarpudesse ter rosas no jardim da minha casa, para oferecer-te,
eu gostava do Outono;
Se,
pudesse ver no mar a cor do céu, a cor dos teus olhos,
eu gostava do Outono;
Se,
pudesse ver a Lua quando, na noite escura, te beijo com paixão,
eu gostava do Outono;
Se,
pudesse ver estrelas, numa tarde de Sol, quando te sonho,
eu gostava do Outono;
Se,
pudesse ver em ti a minha musa, na inspiração da tua imagem, quando nos perdemos nas ondas do mato verdejante, na serra da minha terra,
eu gostava do Outono;
Se,
pudesse pintar a beleza do teu corpo desnudado, num campo de flores,
eu gostava do Outono;
Se…
(Prólogo da minha prosa 'Outono', a inserir no meu blog logo à noite, hora da chegada do Outono).
Um beijo.
Carlos
Que completo! Que belo! Para mim, os dias de Outono são a esperança do sol quando a manhã arrefece a pele.... Beijinhos, Graça! Tá tá
ResponderEliminarGraça, minha querida!
ResponderEliminarque lindo, adoro setembro, sem grandes explicações, apenas adoro, para nós aqui do hemisfério sul é a entrada da primavera, e talvez, por isso goste tanto, as cores ficam mais intensas, as flores desabocham, a vida se renova.
seu testo, para variar, é lindo, coloriste a estação nos tons de terra e amarelo, que são lindos, usaste fotos magníficas...bem nada mais é preciso dizer....
também, vim responder ao seu comentário: bem-casado é doce e é prenda dos noivos para seus convidados - é um bolinho, geralmente, recheado com doce de leite, e com calda doce.
no Brasil, tem sido oferecido, com bem casados, bem nascido, bem vivido, bem sucedido e, por aí afora.
minha família - e, até a netinha, adora esses bolinhos e, eu também, é claro, pois adoro bolos, doces, festas, comemorações, e as tantas alegrias da vida.
que sua semana seja ma-ra-vi-lho-sa.
bjkinhas no seu coração, dessa amiga virtual, do outro lado do mundo, mas que te gosta muito!
olá, voltei - parece que não prestei muita atenção ao que escrevi - texto é com "x" - preciso aprender a revisar o que escrevo - rsrsrs
ResponderEliminarbjkinhas....
lindo post, deixei um selinho para teu Blog lá no meu Canto Graça, um abraço!
ResponderEliminar... mas os encantos do outono são únicos...
ResponderEliminarBeijo querida amiga.
Gosto muito do Outono.
ResponderEliminarTenho um poema que começa assim:
Também é belo uma folha caída sobre a terra(...)
Cumprimentos meus
Olá Graça,
ResponderEliminarbonitas poesias para um fim de verão. Outono há porta :)
Beijinho
Graça
ResponderEliminarde um texto em pedaços de si
castanhas ainda em picos fechadas
promessas de fumo de assadores de barro
o estalar de uma folha
o quebrar de um galho
a paz de quem misteriosamente acolhe
a gratidão da sua vida
em tons de siena e terracota, se eu fosse pintor, cantava
Um beijo sentido
Manuela Baptista
Manela:
ResponderEliminarSerá que eu ainda devia ficar surpreendida? Penso que não..no entanto, quelindo este quadro sobre o Outono e a vida!! Tenho a certeza que um dia, de visita ao teu cantinho, verei uma tela pintada por ti!! Que bom ter-te encontrado... de coração aberto! Beijo amigo Graça
Olá Graça,
ResponderEliminarSem dúvida, seria um belíssimo título para a fotografia. Como é que eu não pensei nisso?!.. Obrigado pelo teu elogio, ainda bem que gostaste. Fico contente!
Ser guia turístico? Bem, se fosse do tipo eco turismo até que era uma excelente ideia! Juntava o útil ao agradável. Quem sabe, se um dia surge essa oportunidade...
É normal que venhas feliz, pois qualquer circuito pelo velho e belo Douro é sempre agradável.
Olha, adorei a tua “Poesia de Fim de Verão”, à qual tomei a liberdade de acrescentar um PEDAÇO meu:
“Em Setembro o verão foi!
Com tristeza, separo-me dele;
Que nem mexelhão arrancado à sua concha,
O verão foi e o Outono ainda não!”
E com este PEDAÇO, despeço-me de ti com um grande ABRAÇO,
CR/de
www.carlosribeiro-photos.blogspot.com
Graça, minha querida Graça, que vês o Outono chegar serena...gosto de ler o que sentes. A graça do teu texto, complementado pelas belas escolhas poéticas, reforça o que já penso do teu canto. Um jardim, de todas as estações, onde nos cruzamos, revemos, reaprendemos. Gosto do Verão, sou solar e feliz quando o calor me invade o rosto.Outono é sinónimo de recomeço, nem sempre sereno, nem sempre o que esperamos, mas sempre cheio de promessas. Cada momento da vida é, so por si, um ciclo. E a verdade é que estamos aqui, vemos o tempo passar, ajuízamos sobre ele. Existimos.Existe maior dádiva do que essa? Não creio...passem as estações por nós. Passemos nós igualmente,por elas.
ResponderEliminarBeijos
Susana
Escrevi a mesma mensagem para minhas queridas – Isabel, Graça e Manuela.
ResponderEliminarAntes gostaria de agradecer a Manuela pelo carinho e o conselho, quando li seu recado tomei a decisão de apagar o desabafo que tinha feito, afinal seria dar atenção a uma pessoa que sequer nome tem. Quem precisa de anônimos se tenho as três Mosqueteiras e suas canetas, ou melhor, seus teclados, a vocês agradeço de coração. E aprendi uma lição hoje que quem tem amigas do outro lado do mar, nunca estará só.
Boa Noite as Três Mosqueteiras da escrita portuguesa.
Renata Vasconcellos, do outro lado do mar.
Beijos.
Oi Graça!!!
ResponderEliminarEu acho as cores do outono lindas, essas folhas castanhas têm um cenário inesquecível.
Linda esta postagem, amiga.
Beijinhos
Ângela
Graça
ResponderEliminarNesta mão aberta, o meu eu...
porque tenho sempre amão aberta de verdade.
um beijo
Olá Graça bom dia:
ResponderEliminarOutono, o cair da folha onde é como um entristecer do coração e como uma alma despida de alegria.
É a lei da natureza onde tudo se pode ver a cada gosto e sentimento dentro de cada coração.
Uma árvore, nunca se devia despir mas, com o fulgor da força da natureza, todas as árvores do mundo serão o oxigénio que nos dão muito de nossas vidas.
Adorei este teu post que como sempre, é um fascínio para mim vir aqui.
Bjos, felicidades um novo dia nasça em tua vida com o sol da esperança igaul ao de terras tão distantes que ficaram no meu coração.
Passando para te desejar uma semana linda como a primavera que começou hoje no Brasil
ResponderEliminarAbraços
Oi, Pereira, muito obrigado pela Graça de me levares à tua terra, teu canto, tua pena. Voltarei aqui quando puder. Os meu votos de êxitos e viva o Blog
ResponderEliminarO Outono e os seus mil cheiros e mil cores... É tão bom sentir todos estes encantos!!! :) Beijinho Graça
ResponderEliminarP.S. miminho no meu blog!!! ;)
De tanta saudades que estava de ti,que assim q voltei vim lhe ver.
ResponderEliminar..........................
Comentando o comentário
Tem meu carinho e minha gratidão pelas palavras lá no blog ,enquanto a tempestada passava em mim.
De
O Outono é sem dúvida a estação dos poetas.
ResponderEliminarNão sei se da luz, se das cores na Natureza. Não sei... Mas a poesia "rebenta" por todo o lado como flores na na primavera.
Lindo o texto!
Um beijo
Amiga, achei que tinha comentado este post ontem quando vim aqui, mas afinal parece que se perdeu. Olhe, esteve no meu tasco mas aparentemente nao desvendou a origem da sombra :-)
ResponderEliminarNo post abaixo. Jocas
Gosto dos tons de Outuno, apesar de ficar com saudades do Verão.
ResponderEliminarMaravilhoso texto, como sempre.
Bjs
Boa tarde, Graça.
ResponderEliminarMandei esta parte da biografia de Cecília Meireles para Manuela e agora para você. Espero que goste.
"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.
(…) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.
(…) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."''
Beijo
Renata
Um bonito texto acompanhados de maravilhosos poemas de grandes poetas!Venha o Outono e por mim não mude este tempo maravilhoso que tem estado!
ResponderEliminarBjs Zé Al
A minha contribuição:
ResponderEliminarOutonal
Caem as folhas mortas sobre o lago;
Na penumbra outonal, não sei quem tece
As rendas do silêncio... Olha, anoitece!
- Brumas longínquas do País do Vago...
Veludos a ondear... Mistério Mago...
Encantamento... A hora que não esquece,
A luz que a pouco e pouco desfalece,
Que lança em mim a bênção de um afago...
Outono dos crepúsculos doirados,
De púrpuras, damascos e brocados!
- Vestes a terra inteira de esplendor!
Outono das tardinhas silenciosas,
Das magníficas noites voluptuosas
Em que soluço a delirar de amor...
Florbela Espanca, in "Charneca Em Flor"
Beijo
Ainda a Chuva em Alegria Incompleta, 1988:
ResponderEliminarChove a cântaros
*
temos chuva
*
chove que o céu a manda
*
está cerradinha
*
já não despega
*
chuva civil não molha militares
*
molha tolos
*
mete-te aqui debaixo que te constipas
*
e chove hem
*
rai's partam (deus me perdoe) a agricultura
Beijinho
João
Querida, tenho me dado super bem nos estudos. Matemática - que era minha matéria mais difícil -, tô conseguindo aprender direitinho. Acho que vou me sair bem!
ResponderEliminarObrigada pelos seus comentários. Adoro!
Setembro é belo, a vida é bela e por momentos até nos esquecemos do que o homem é capaz de fazer para estragar o que a natureza nos vai dando. Nem tudo é mau, para meu consolo.
ResponderEliminarAbraço do Zé
Graça...que texto maravilhoso,o que me motiva é isso saber que nenhuma estação em nossa vida é eterna, e acabamos sempre "voltando a ser primavera".
ResponderEliminarMuito lindo.
(Vou linkar seu blog lá no meu humilde canho posso?)
Abraços.
OLÁ GRAÇA
ResponderEliminarJá te agradeci a divulgação da minha exposição, mas fico triste por ver que "ninguém" comentou esse post, apenas eu...
Escreveste que ias divulgar tambem a um núcleo de amigos que vivem nas redondezas e que gostam de fotografia...sera que foram lá ver?
E tu, amiga Graça, já foste ver a exposição?
Quero ler umas palavrinhas tuas lá no livro que está à entrada.
Sempre achei...como tu afirmas que:
..."A gente do Norte é extremamente acolhedora...".
Assim espero que esta vez não fique decepcionada com o povo do norte.
Um beijo
Fluvio
ResponderEliminarConcerteza que pode linkar meu blog no seu cantinho, com todo o gosto. Vou passando por lá .Um beijo Graça
Graça
ResponderEliminarMinha amiga
Do lado de lá...
Deixo um beijo e poesia...
CORES
Amarelo verde azul...
Cores e mais cores...
Lindas e garridas...
Mas cada uma...
Com o seu encanto...
E com o seu significado...
Com o seu querer...
Com a sua força...
E nestas três cores apenas...
O inìcio de muita coisa...
Do Amor, da Esperança, e da vida...
E depois outras cores virão...
E do amor...
E da junção das suas cores...
Outras cores vão surgir...
E então olhamos...
E vemos que nasceu o arco-íris!...
LILI LARANJO
Tulipa:
ResponderEliminarNo dia da inauguração da tua Exposição, por motivos particulares e familiares, não pude estar presente, com muita pena minha. Mas sei de amigos de Matosinhos que estiveram lá e que gostaram muito. Conto, até dia 2 de Outubro apreciar a tua belissima Exposição e deixar umas palavras de apreço no teu livro de visitas.
Continuação de sucesso. Graça
Olá amiga.
ResponderEliminarComo o fim de semana está à porta.
Vim desejar-te, um excelente fim de semana.
Jinhos grandes
Minha amiga,como te invejo...
ResponderEliminarDeves ter o blogue mais bem sucedido da peninsula.
Um beijo enorme
POTT
Parabéns pelo conceito do blog, misto de poesia e sensibilidade! abs e te sigo!
ResponderEliminarOi Graça,
ResponderEliminarEste espaço é de se perder dentro dele e não mais sair. É de se encontrar nas leituras, é de emocionar com histórias, com o seu modo de contá-las.
No post que você fala da Simbologia dos objetos, vi que temos muita coisa em comum ... o prazer de receber.
Bjs.
Obrigado pela visita e pelo belo comentario que me deixou.
ResponderEliminarAbraços
Bom dia, Graça.
ResponderEliminarAqui ainda são 6.44 da manhã, mas o sol já brilha ainda morno, um vento vem do mar e eu estou chegando a teu espaço para te visitar e tomar um café que trouxe do Brasil, um tantinho forte, seu aroma por si só mostra sua negritude. A homenagem é sincera, pois meus avôs e meu pai me fizeram amar Portugal, como posso esquecer-me dos meus antepassados. Meu nascimento foi da união de sangue Lusitano e uma mistura de índio e com francês sangue de minha mãe. Sou a prova que não existem fronteiras e nem diferenças raciais ou culturais, a amizade e o amor transpõem qualquer preconceito.
Beijos.
Renata Vasconcellos (do outro lado mar)
Como é bom começar o dia lendo um post tão lindo e sensível. Aqui estamos vivendo uma primavera camuflada de inverno. A chuva trouxe muito frio. Quando voltar o sol, o cinza for embora, com certeza, apreciaremos melhor as flores. Todas as estaões, todos os tempos têm o seu encanto. Basta abrir os olhos da alma e sentir. Parabéns pela beleza dos seus posts.
ResponderEliminarBjs
Graça
ResponderEliminarVenho aqui deixar um abraço e um espirro!
Este Outono quente e seco deixou-me a cabeça zonza e uma gripe! (não é A, e este vírus não contamina computadores...)
Um beijo
Manuela Baptista
Graça,
ResponderEliminarA retribuição da visita chegou com atraso. Ainda não tinha parado por aqui.
Quanta ternura nesta postagem de Setembro.Versos e imagens se completam. Também gosto muito de Bilac.
Tem resposta pra ti lá no blog.
Voltarei mais vezes.
Abraços,
Aqui fica um abraço e parabéns
ResponderEliminarpela originalidade do seu blog
Vóny Ferreira
Olá GRAÇA!!!
ResponderEliminarAdorei os TEXTOS escolhidos para sua "POESIA de FIM de VERÃO"!!!
Quanta inspiração!!! Belas FOTOS!!!
Agradeço seus COMENTÁRIOS lá no Cantinho da Libélula!!!
Uma SENSACIONAL SEXTA-FEIRA!!!
ABRAÇOS e BEIJOS